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Cerveja poderá ser liberada nos estádios mineiros a qualquer momento

Só lamento é que não teremos lá dentro as ótimas cervejas artesanais mineiras, como a Falke Bier, por exemplo, dos irmãos Ronaldo, Juliana e Marco Antônio Falcone. No futebol mandam as gigantes da indústria mundial.

* * *

O portal do jornal O Tempo apresenta reportagem com o secretário de Estado de Defesa Social, Bernardo Santana de Vasconcellos, que fala da possibilidade. Sempre fui contra mais essa proibição nos estádios, por entender que quem abusa tem é que ser punido e não acabar com o prazer de quem gosta de uma cerveja e bebe de forma responsável. Mas o assunto vai continuar rendendo já que, quem defende a proibição, vai recorrer a instâncias federais para continuar barrando.

“Secretário de Defesa Social adianta que governador vai sancionar lei aprovada na Assembleia”

A venda e o consumo de bebidas alcoólicas em estádios de Minas Gerais será liberado pelo governo do Estado. O Projeto de Lei 1.334/2015, que autoriza a comercialização até o fim do intervalo dos jogos, foi aprovado pela Assembleia Legislativa (ALMG) em 14 de julho, e o Executivo tem prazo legal para se posicionar sobre o assunto até amanhã. Em entrevista a O TEMPO, o secretário de Estado de Defesa Social, Bernardo Santana de Vasconcellos, confirmou que o governador Fernando Pimentel (PT) deve sancionar a proposta.

O Estado vai permitir a venda de bebida em estádios?

Claro. O Estado respeita a soberania do Parlamento. Lá está a real representação popular.

O projeto

Tramitação. O Projeto de Lei 1.334/2015 autoriza a venda e o consumo de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol de Minas da abertura dos portões até o fim do intervalo. 

Consumo. O texto depende da sanção do governador e passa a valer na data da publicação no “Diário Oficial do Estado”.

Venda. Caberá ao responsável pela gestão dos estádios definir locais onde a comercialização e o consumo dos produtos serão permitidos, sendo vedada a prática nas arquibancadas e cadeiras.

Em Sete Lagoas o vereador Caramelo (PT, à direita), é o autor do projeto de lei aprovado que libera a venda da cerveja na Arena do Jacaré, mas a venda ainda não recomeçou. Interessante é que ele não bebe nada alcoólico. Com ele na foto, o Túlio Thales, do site www.setelagoas.com.br , no bar “Pão com Bola” do Didi, na Rua Santa Catarina/Boa Vista.

TULIOCARAMELO

A reportagem completa está no:

http://www.otempo.com.br/cidades/bebida-ser%C3%A1-liberada-no-est%C3%A1dio-1.1080226

 


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Comentários:
25
  • Flavio Souza Motta disse:

    Deixa eu ver se eu entendi direito…

    O Estádio do Mineirão é um bem público que está cedido para a exploração de um particular (Minas Arena), através de um contrato de concessão, via parceria público privada, na modalidade patrocinada (modalidade esta na qual o Estado complementa a renda da Minas Arena com aportes mensais de recursos públicos).

    Sendo assim, um bem público, EM QUALQUER SITUAÇÃO, deve atender ao interesse da coletividade, ao interesse da maioria. O bem não deixa de ser público somente pelo fato de estar cedido.

    Cabe a pergunta: O Estado promoveu alguma pesquisa com o público frequentador do Estádio do Mineirão para saber se eles são favoráveis ou contrários a volta da venda de bebida alcoólica ?!?

    Infelizmente, nessa roça grande e iluminada que é Belo Horizonte, os interesses de alguns se sobrepõem aos da maioria. São sempre os mesmos, sempre as mesmas famílias, sempre os mesmos sobrenomes, sempre os mesmos interesses: viver as custas do estado com sua prebendas e sinecuras.

    Os 30 donos de bares no mineirão agradecem a volta da cerveja.
    Os 30.000 torcedores lamentam o fato de voltarem a ser reféns dos alcoólatras.

    Essa conta não fecha.

    A cerveja entra por um portão do Mineirão eu saio por outro.

    • Alisson Sol disse:

      Flavio,

      Sou contra a venda de bebidas em estádios, mas tenho que registrar sua proposta de “pesquisa para saber se o público é contra ou a favor da venda de bebidas” não pode ser levada a cabo. Se o poder público for pautar sua atuação por pesquisa, fica difícil. A primeira pesquisa a ser feita é se a população quer pagar imposto. Todo mundo vai votar contra, e acaba o orçamento do governo. Pronto: nem precisa da segunda pesquisa… A sociedade simplesmente volta à anarquia…

  • ita disse:

    O problema da violencia nao é o alcool, mas a impunidade.

    Proibamos o álcool e esqueçamos a responsabilidade das autoridades? Um corinthiano que agrediu vascaino no aeroporto em Natal, era condenado a estar presente na delegacia em dias de jogo, mas estava viajando, o rapaz, fazia parte da turminha acusada de matar Kevin na Bolívia. O problema é o alcool.

    Nao simpificamos, pra nao tomarmos medidas equivocadas, e quem sabe, inócuas.

    Num link abaixo sobre a defesa da proibição achei outro link dentro da matéria que discorda do próprio artigo, ou seja, lemos o que nos convém, nossos a geração onde 60% das pessoas se informam por wazzap e facebook, o cego levando outro cego, sem argumentação

    Nao acho que é a verdade mas cito o link só pra ilustrar que existem argumentos de todos os lados
    http://noticias.uol.com.br/opiniao/coluna/2014/08/08/cerveja-nao-tem-relacao-com-violencia-e-deve-ser-liberada-em-estadios.htm

    Esse assunto é prato cheio para aquelas pessoas que adoram se vangloriar de que ‘aqui em casa ninguem bebe’ como se isso fosse atestado de caráter em si. Pessoas que nao bebem e acham que ninguem deveria exercer esse direito.

  • Raws. disse:

    Lembrando o kafunga, “no Brasil o errado que é o certo”.
    É certo punir a maioria, por culpa de uma minoria de imbecis?
    É certo generalizar, como se todos que bebessem se tornassem mal educados e anti sociais?
    É certo o poder público se fazer de omisso e inoperante, transferindo responsabilidades?
    Realmente o errado é o ato de beber e a invenção da bebida.

    • Alisson Sol disse:

      Por esta lógica, não deveria existir leis. Praticamente toda lei cria uma limitação baseada em comportamento errado observado em uma minoria. Ninguém “antecipa comportamento errado e proíbe antecipadamente”, ou cria cadastros ou licenças para items não existentes.

      Não há ainda em nenhum lugar do mundo o projeto de lei propondo a licença para operação de items na realidade virtual. Não há projeto de lei proibindo dirigir o carro voador fora da “faixa”. Toda regulamentação na sociedade existe para proteger a maioria da imbecilidade da minoria. Fosse o contrário, a espécie já estaria extinta. O potencial de danos dos imbecis é sempre maior que o potencial construtivo dos que inventam items que permitem a sobrevivência humana. Basta um sujeito com uma arma e descontrole para se fazer uma tragédia. Basta um bêbado na direção de um carro para se fazer outra.

      Assim como o cigarro, grande parte das bebidas tem origens em aplicações médicas. A deturpação da finalidade original na sociedade atual é fruto exatamente da fraqueza da minoria. O índio nos alpes que consome a folha de coca não está procurando “tupor mental”. Muito pelo contrário…

  • Alisson Sol disse:

    Por que então não vender armas nos estádios?

    Seria convenientíssimo: a Polícia, que já deve estar presente nos estádios mesmo, abre nos estádios um escritório para receber o requerimento preenchido, e já faz o exame do sujeito na hora!

    Com o requerimento preenchido, o sujeito pode se dirigir ao restaurante e pedir um tropeiro, com cerveja e metralhadora. Ou pede um mero sanduíche, com um copo de vinho, e uma Taurus RT044CP?

    Afinal, bebidas não causam violência. E armas de fogo, na mão de pessoas “certificadas”, são seguras. E por que proibir no estádio algo que já pode lá fora? Vamos ao pacote completo: bebidas, armas, e camisas e bandeiras de torcidas organizadas. Quem sabe o problema não se resolve sozinho…

  • Pedro Vítor disse:

    Eu só acho que o sujeito que quiser tomar uma cerveja, irá tomar de qualquer maneira. Nos arredores, nos bares, nos restaurantes, no estacionamento.

    Essa medida da cerveja dentro do estádio, é politica. Vão colocar a marca da Brahma, patrocínio, e irá vender lá dentro.

    Entendo que não tende a piorar ou melhorar índices de assalto, briga ou ocorrências, porque isso é uma hipocrisia.

    “Eu não bebo dentro do estádio, mas quando acaba o jogo, a primeira coisa que faço é ir no Peixe Vivo, pagar 5 conto numa lata de cerveja!”

  • Gilberto Assunção disse:

    Hoje, sem bebida, é muito mais perigoso ir ao estádio.
    Pior de tudo, quem disse que o torcedor não entra no estádio, já “mamado”?
    Não confio nos dados, todas as instituições, inclusive a melhor polícia do Brasil, forjam números pra vender seu peixe. O que tem de ocorrências que não são publicadas.
    Os entendidos “doutores” do futebol, PHD do esporte bretão, padrão Fifa, nos deixaram sem futebol ontem. Com certeza, lá na frente o calendário arrocha e alguns clubes terão que jogar 3 partidas em 8 dias. Quanta falta de planejamento!
    Quem viu Gilvan falar do Cabral, pensa que o Dr. já o conhece a mais de 500 anos.

  • Igor disse:

    Estou desconfiado que assim que for liberado o estádio do Atlético ganhará um nome e será publico todo o cronograma de construção e alguma coisa me diz que começa ainda neste final de ano, mais tardar no início de 2016. Ah! Com um detalhe com mais de 95% dos recursos necessários garantidos.

  • Julio Cesar disse:

    Escreveria alguma coisa mas, Paulo de Souza ja disse tudo.
    Concordo.

  • Manoel Vicente disse:

    Eu entendo que a proibição não diminuiu acidentes, brigas ou assaltos, continua como antes. Acho que, quem tem juízo não se envolve em confusões. É até redundante falar sobre isso, porque o que falta é cadeia para os delituosos.

    • Paulo de Souza disse:

      Caro Manoel Vicente, por favor, não brigue com os números!!!

      O Estado de Minas Gerais, após proibir o álcool nos estádios, teve diminuição de 75% das ocorrências.

      Informe-se meu caro…informe-se:
      http://www.abead.com.br/site/?p=1604
      http://noticias.uol.com.br/opiniao/coluna/2014/08/08/alcool-pode-transformar-em-tragedia-a-rivalidade-entre-torcidas.htm

      • Alisson Sol disse:

        Paulo de Souza,

        Você está tentando aplicar lógica e estatística em um meio de semi-analfabetos funcionais. Vão aplicar a “defesa dos 4 cães”, sem sequer ter o conhecimento do que estão fazendo. É o mesmo princípio que foi usado pela indústria do cigarro por anos:
        Meu cachorro não morde: Assim como o cigarro não causava mal. Assim como a bebida não tem correlação com a violência nos estádios. Nega-se o óbvio até que fica impossível. Detalhe: se um estudo dizia que o cigarro fazia mal, a indústria do cigarro patrocinava outro que dizia o contrário. No caso da bebida causar violência nos estádios, é bem mais fácil e barato: são poucos estudos para se compensar com o “patrocínio científico”…
        Meu cachorro morde, mas não mordeu você: Bebida causa comportamento inadequado. Mas o que você tem com isto? Você foi ao estádio, teve de aguentar bafo, sujeito urinando no copo e jogando na sua cabeça? Se não, perde o direito de reclamar, ainda que isto tenha sido exatamente o que te afastou dos estádios… Tenta-se restringir ao máximo que “pode falar do assunto”.
        Meu cachorro te mordeu, mas não te machucou: O sujeito bebado briga no estádio ou imediações, incomoda pessoas, grita. Mas, “coitado”, não fez nada demais. Ninguém morreu. Até o dia em que morre alguém. Mas ninguém entrevista morto, e se volta para regra anterior: só o morto pode reclamar!
        Meu cachorro te mordeu, te machucou, mas não foi culpa dele!: Há aquela briga absurda entre 20 pessoas que, fora daquele ambiente e sóbrias, talvez se encontrassem na igreja. Mas a culpa não é da bebida: é das “questões sociais”. Vide que mesmo na Europa, quando você acha estudos sobre a bebida e violência, aparece em sites como o Centro de Pesquisa de Questões Sociais.

        Não adianta. Esta é uma batalha perdida. Não se pode querer que todo mundo saiba sobre o fato de que as leis sobre bebidas na Europa são diferentes, assim como as preferências, devido à influência histórica dos cinturões do álcool. Não se pode querer que todo mundo tenha diploma científico para entender a diferença entre correlação e causalidade. E não se poder que todo mundo entenda que, mesmo na ausência de causalidade comprovada, se há uma absurda correlação, melhor mexer na variável independente e assistir ao movimento da variável dependente. Ou melhor é confiar na seleção natural…

      • Nelson Henrique disse:

        Paulo de Souza,
        você cita para não brigarmos com os números. Que números? O que você forneceu foi apenas artigos de dois psiquiatras e um vereador de São Paulo.
        Os números que eles citam não tem nenhum valor científico. São apenas ilações que os órgãos de segurança fizeram. Já que a lei proibindo o consumo de álcool foi aprovada e as estatísticas(?) apontam um diminuição de ocorrências, então a causadora das ocorrências era o álcool. Belo corolário. rsrsrsrs. O problema é que não existe um estudo que aponte uma correlação entre o consumo de álcool e a violência nos estádios.
        Nem mesmo a polícia inglesa que lida com os Hooligans, acredita nisto.
        Quando acontecem brigas, geralmente são por diversos motivos, e não apenas por causa da embriaguez. Em tempo. Uma das reportagens diz que as bebidas são proibidas na maioria dos países. do mundo. A que maioria de países eles estão se referindo? Se eles estiverem se referindo apenas aos países muçulmanos eu posso até concordar. Se incluir os países europeus e os Estados Unidos, aí a coisa muda de figura. Na Alemanha é permitido indiscriminadamente. Na Inglaterra teoricamente é proibido. Mas existem algumas exceções, que acabam virando via de regra, com algumas limitações. Na Itália é proibido, mas Itália é mais ou menos como o Brasil. Quando não se consegue acabar com a doença, mata-se o paciente. Ë mais fácil.
        Ia me esquecendo no Japão também é permitida a venda de bebidas nos estádios.
        Geralmente nestes países, que eu citei, ao invés de punir toda uma comunidade, impedindo-a de exercer um direito. O de se tiver vontade, beber, eles usam um método bem primitivo, trabalhoso, mas muito eficiente.
        Punem os infratores.
        Como você recomendou ao Manoel Vicente, eu me acho no direito de lhe dizer:
        informe-se meu caro…informe-se.

        • Paulo de Souza disse:

          Nelson Henrique, eu parei de ler o que você escreveu aqui: “…O problema é que não existe um estudo que aponte uma correlação entre o consumo de álcool e a violência nos estádios…”

          Você só pode estar de brincadeira, né ?!?
          Se psiquiatras, que são as pessoas técnicas especializadas para avaliarem o impacto das substancias psicoativas (alcool, maconha, cocaína, remédios em geral) sobre o compartamento do ser humano não servem de referência…quem serviria ?

          Quais são as suas estatísticas ?
          Quem são as suas referências ?
          Quais estudos baseam as suas afirmações ?

          Ao contrário do que você diz, é inequivoca a relação: consumo de alcool x aumento da violencia.
          Estudos que provam esta associação não faltam.
          Aliás, o que não tem faltado, hoje em dia também, é a hipocrisia e falta de bom senso das pessoas…

          http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462005000300004

          http://www.alcoolismo.com.br/artigos/violencia-e-alcool-uma-relacao-estreita/

          http://www.segurancaecidadania.org.br/index.php?option=com_content&view=section&layout=blog&id=12&Itemid=42

          http://www.antidrogas.com.br/mostraartigo.php?c=653&msg=A%20rela%E7%E3o%20do%20consumo%20de%20%E1lcool%20com%20a%20viol%EAncia%20urbana,%20conjugal%20e%20dom%E9stica%20%E9%20mais%20freq%FCente%20do%20que%20se%20imagina

          Aí, alguém chama um camarada que não consegue ficar 2 horas sem beber cerveja, de alcolatra, e ele apela.

          Então eu pergunto: Como devemos nominar uma pessoa assim ?!?

          • Nelson Henrique disse:

            Paulo de Souza, somente para encerrar.
            Todos que bebem nos estádios cometem crimes ou brigam?
            Ou será apenas uma minoria que já está predisposta a brigar, que se utilizam do alcool para tomar coragem? Na maioria das vezes são covardes e de cara limpa não fariam aqueles atos. Nisto eu concordo. O alcoool lhe faz criar coragem. Se você ou qualquer estatisticas me disser que todos que bebem brigam eu me curvo às suas ponderaçoes. Só que provavelmte, isto não poderá ser afirmado. Eu tenho a sensação, e é apenas senção, de que é uma minoria que bebe e comete crimes ou brigam.
            Você acha que todos devem ser punidos ou privados de algo, pelos atos de uma minoria? Não seria melhor punir está minoria? Mas como eu já disse no primeiro comentário. Dá trabalho. Não é tão simples. Hááá, vamos alegar que a culpa é do alcool e proibamos. É bem mais fácil

          • Nelson Henrique disse:

            Paulo de Souza, você podia ao menos se dar ao trabalho de ler aquilo que está constando nos artigos que você indic. Está paecendo uma analafabeto funcional que vive colocando lnks aqui no Blog, mas não lê ou se lê não entende o que está escrito. Como você não leu vou cortar e colar o que esta escrito no terceiro artigo que você mesmo indicou.
            A violência conjugal tem sido vista como um problema sério por mais de 20 anos. Nos Estados Unidos, foi identificada como um dos maiores problemas de saúde pública. Os estudos divergem sobre o fato de a associação existente entre consumo de álcool e violência ser uma relação de causa-efeito ou se essa ligação é intermediada por outras variáveis. Se, por um lado, há um consenso que os cônjuges masculinos com comportamentos violentos são geralmente consumidores abusivos de álcool e que o consumo “pesado” e freqüente de bebidas alcoólicas acompanha o comportamento violento, por outro lado, há forte discordância quanto ao fato de o consumo de bebidas alcoólicas desempenhar qualquer relação causal com a violência conjugal.
            De acordo com o resultado de trabalhos já realizados e publicados em revistas científicas internacionais, bem como por organismos que abordam o tema, a relação do álcool com a violência é conhecida há tempos. Vários estudos sugerem que quanto maior o consumo de álcool, há mais relatos de violência associados ao seu uso. Entretanto, esta relação é muito complexa e não pode ser restrita a uma causa única e simples. Há mais de 50 possíveis explicações para justificar a relação entre álcool e agressão, o que reforça a natureza complexa e multifatorial desta correlação.
            Fonte:CISA – Centro de Informações Sobre Saúde e Álcool.
            Leia até o final, por favor.

  • Pedro Vítor disse:

    Quem me dera poder saboreia uma Falke IPA no Mineirão vendo o Galo vencer o Cruzeiro, ia ser épico novamente!

  • Paulo de Souza disse:

    O brasileiro é um povo a ser estudado…
    Durante anos os estádios de futebol foram palcos de invasões de campo brigas e mortes, decorrentes da combinação: consumo de bebidas + infraestrutura precária + descaso do poder público. Os estádios brasileiros pareciam arenas medievais com o seu foço separando os jogadores das gangues uniformizadas.
    Nos últimos anos, a duras penas, o cenário vinha sendo alterado.
    Primeiro, criou-se o estatuto do torcedor.
    Segundo, proibiu-se a venda de cerveja nos estádios.
    Com isso, pode-se deixar que apenas a segurança privada fosse disponibilizada para atender às demandas dos jogos de futebol. Liberando assim, o grande contingente da PM para atender as ocorrências na cidade como um todo.
    Depois, reconstruíram-se os estádios oferendo mais conforto, segurança e adaptando-os a uma cultura de aproximação do torcedor ao campo de jogo. Foram implantados serviços de transporte público expresso que levam os torcedores do centro da cidade até o estádio em poucos minutos. (O transporte só não é melhor porque o horário de término das partidas, 23:50h, dificulta a operação do serviço. Mas essa é uma discussão para um outro momento.)
    Resultado dessas mudanças: Aumento exponencial da frequência de crianças, mulheres e idosos nos estádios.
    Agora, para atender a interesses comerciais de uma única empresa de bebidas, decide-se voltar com a venda de bebidas aos estádios.
    Como eu disse no início, há que se fazer um estudo para entender o poder de autosabotagem do povo brasileiro.
    Vale a pena voltar a vender cerveja nos estádios?
    Vale a pena encarar todos os transtornos decorrentes da mistura: cerveja + alegria ou frustação + aglomeração de pessoas?
    Vale a penas voltar a sofrer com o aumento do número de acidentes de carros após os jogos?
    Sinceramente, quando se pensa que a sociedade está caminhando para um futuro melhor nos deparamos com situações como estas nos fazem questionar: Há um bom futuro para essa humanidade?

    • Adolfo disse:

      Paulo de Souza, seus argumentos são bastante consistentes e vale a reflexão proposta. No entanto, a mudança do perfil dos torcedores passa por outros atores, embora a proibição de bebidas dentro dos estádios tenha sim sua parcela significativa de contribuição. Obviamente, a chamada elitização do futebol é um fator como maior relevância, e faço aqui uma ressalva de que o setor com preço mais baixo, a geral, extinto nessas novas arenas, tinha índice de violência menor do que a arquibancada, mais comum e com preços medianos para os padrões da época. E a melhoria das estruturas das “arenas”, que tomaram lugar dos “estádios”, é atribuída como fator de elevação dos valores médios dos ingressos. E sem dúvida, melhoram muitos, em seu interior. Inclusive na segurança dos torcedores, sob todos os aspectos. Tenho uma teoria, relativamente irônica, de que a colocação das cadeiras serviu como obstáculos aos brigões. A arquibancada antiga, de cimento, não dificultava os movimentos, como as cadeiras atuais, bem como facilitava o corre-corre. Mas isso é só uma teoria boba. Mas o certo é que a proibição da venda da cerveja potencializou que o acesso ao campo ocorra “em cima da hora”. Já no Mineirão antigo, após a proibição, era comum o contingente elevado de pessoas nas barraquinhas ao redor do estádio até 15, 10 minutos antes do início da partida. Essa cultura da cerva antes dos jogos permaneceu. Mesmo com a venda proibida dentro do estádio, muitos torcedores continuam bebendo antes e acessam os jogos já sobre os efeitos do álcool. Quem frequenta o Independência sabe muito bem o que é isso. Vale uma reflexão mais relativa sobre a influência do uso de álcool como propulsão de violência nos estádio. Com certeza, a maior causa de violência é a falta de educação e civismo da maior parte da população brasileira, embora a violência entre torcidas não seja “privilégio” exclusivo tupiniquim. Vemos, constantemente, notícias sobre brigas de torcidas em locais distintos, e muitas vezes, distantes dos estádios. Isso, na década de oitenta e noventa, era mais frequente nos países da Europa. Agora, de 10 anos prá cá, temos brigas e mortes em metrôs, ônibus, parques em muitas cidades do Brasil, ligadas, na minha opinião, ao maior mal gerado pelo mundo do futebol: as torcidas organizadas. Essas, continuam nos estádios, muitas vezes fumando seu cachimbo da “paz” e brigando entre elas, como no caso recente de duas facções (nome atribuído a grupos de bandidos) de torcedores celestes. Outro fator que mudou, embora precisa ser melhor repensado, é a punição da violência. Ainda é branda no que diz aos “brigões”, que continuam descumprindo as normas e frequentando e brigando nos estádio. Mas é maior do que já fora para os clubes. Esses sim, sentem, com multas e perda de mando de campos, as consequências das punições. Então, diferente da total impunidade de antes, hoje ela existe, ainda que precariamente. Mas não vejo isso como fator relevante para a volta de famílias aos estádios. Alias, nem vejo essa volta das famílias, a não ser em jogos com previsão de público menor. Nos grandes clássicos, nas finais, ainda que a TV mostre a presença de crianças, o público é mais adulto. E as mulheres estão frequentando mais tudo: cinema, cargos públicos, estádio, bares… Pra mim, o que fez diferença no aumento do público foram os programas de sócios torcedores e as melhorias do acesso ao ingresso, como a compra pela internet. Talvez essa lei, amparada inegavelmente pelos interesses comercias da maior empresa de bebidas da América, contribua para facilitar o acesso com antecedência ao campo. E quanto a violência, só o tempo dirá.

      • Carlos José disse:

        Talvez, a pergunta a ser respondida é: O que a venda de bebida alcoólicas dentro dos estádios acrescenta de bom ao esporte ?

        • Frederico disse:

          Tudo e Nada.
          Se existe e é vendida e as pessoas consomem nada a reclamar.
          Agora já vi jogo em buteco com torcida misturada e Nada acontece.
          Só entendo que a retirada da mesma é mais uma daquelas “leis” que o povo mete o pau mas ama de paixão!!! Tudo se resolve criando uma lei. Mas o problema continua.
          O bebum vai a campo com ou sem cerveja no campo se não tem bebe fora.
          Ora faça a segurança deu problema prende o idiota. E deixa o povo tomar sua cervejinha.

  • Geraldo Lopes disse:

    Falar em festa, o Estudiantes, responsável por um dos Mineirazzo, fez 110 anos ontem.
    Falar em cerveja, no Brasil só se resolve os problemas, proibindo ou criando impostos, taxas, multas, etc. Poucos são punidos por suas arruaças e os justos, acabam pagando pelos pecadores.
    Falara em Copa do Brasil, ano passado o Palmeiras foi adversário do Galo na CB. Vencemos o jogo de ida por 1 x 0, um dia depois do Palmeiras comemorar seu Centenário; no jogo de volta vencemos por 2 x 0, era o início da arrancada para o título.