Para o futebol mineiro essa rodada do Brasileiro só foi ruim mesmo para o América, que decepcionou em casa, perdendo uma partida que não poderia perder para o Bragantino e começa a complicar o sonho do retorno para a Série A. Atlético e Vasco fizeram um jogo “protocolar”, em que o Galo tinha que vencer o lanterna do Campeonato, mesmo fora de casa, mas jogou menos do que se esperava dele, conforme reclamou o próprio técnico Levir Culpi na coletiva depois da partida. Os jogadores passaram a impressão de que não viam no Vasco um adversário capaz de lhes tirar pontos, mesmo atuando em casa. Uma prepotência que poderia comprometer de vez a corrida atrás do Corinthians, que aliás, mostrou contra o Palmeiras que não vai perder fácil os pontos que tem de vantagem sobre o Galo. A defesa do Cássio aos 46 minutos do segundo tempo, da cabeçada do Leandro Almeida foi impressionante. Já estava praticamente “batido” e contrariou a máxima de que nenhum goleiro consegue escapar de um gol quando pego no contrapé. Cássio conseguiu e garantiu o empate, evitando que a “secada” da massa atleticana funcionasse 100%. E o Palmeiras mandou no segundo tempo inteiro.
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Nem o próprio Mano Menezes imaginou que a estreia fosse tão feliz no comando do Cruzeiro. Casa cheia, apoio total da torcida e novamente Willian mostrando o faro apurado para os gols, o que não acontecia há tempos. Tanto que andou ficando até fora do banco de reservas em alguns jogos com o Vanderlei Luxemburgo. Grande exibição do time todo contra um adversário perigoso, bem montado.
Óbvio que em apenas um jogo e sem treinos, impossível dizer que um time já está jogando de acordo com o estilo do novo treinador. Mas além de acreditar no Willian, que ele já conhecia, Mano Menezes posicionou Willians de forma tal que ele foi muito mais importante do que vinha sendo. Fez muitas vezes na partida o papel de lateral, inclusive nos cruzamentos para o Willian.
A motivação extra pelo fato de um novo treinador estar chegando também dá fôlego especial aos jogadores. Mesmo com o jogo às 11 horas debaixo de um calor terrível, Ceará, 35 anos completados em 18 de junho, teve atuação de fazer lembrar os melhores momentos da carreira e não precisou ser substituído.
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Nem a comissão técnica do América consegue explicar o que está acontecendo com o time que caiu absurdamente de rendimento. De brigão pela primeira posição caiu para sétimo lugar, 35 pontos, em quatro rodadas e está há três do quarto colocado que é o Vitória que tem 38.
E amanhã estará na casa do concorrente direto, o Sampaio Correa, de Leo Condé, que defenderá a 3ª colocação com 39 pontos.
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