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Uma sugestão interessante em defesa do direito do consumidor: substituição ao jogador que for expulso

O jornalista José Maria Rabêlo está indignado com a quantidade de expulsões no futebol brasileiro, e o que ele considera uma espécie de estelionato contra o cidadão que paga para assistir a um espetáculo com 22 jogadores expulsos, mas de repente um ou os dois times ficam incompletos em campo. Depois de ouvir pelo telefone a revolta do Zé Maria, que não é especializado em futebol, tomei a liberdade de pedir a ele que nos honrasse com um texto com essa crítica para que eu pudesse compartilhar com as senhoras e senhores do blog.

Aí está:

* “AS EXPULSÕES E O DIREITO DO TORCEDOR”

José Maria Rabêlo

Essa questão da expulsão de jogadores tem sido discutida sem levar em conta um aspecto importantíssimo: o direito de quem paga pelo espetáculo. Eu, você e milhões de outros torcedores que vamos aos estádios e esperamos ver uma partida com os 22 figurantes anunciados. Sem nenhuma consideração por todos nós, um juiz qualquer, justa ou injustamente, não importa, retira de cena um ou mais de um dos personagens, provocando irreparável comprometimento do nível técnico da exibição. Estamos, sem dúvida, diante de uma quebra de compromisso contratual e, até mesmo, para sermos mais rigorosos, de um estelionato praticado contra o público, que não recebe pelo que pagou.

Há casos dramáticos dessa ação frustradora contra os espetáculos futebolísticos, como o sempre lembrado Atlético x Flamengo pela Libertadores de 1981, quando o juiz (José Roberto Wright) expulsou nada menos que cinco jogadores atleticanos, terminando o jogo no primeiro tempo por falta do número mínimo de atletas em campo e dando a vitória ao Flamengo.

O problema das expulsões voltou à ordem do dia nas últimas rodadas do Brasileirão, provocando veemente reação dos clubes prejudicados. Existem muitos motivos para debater o assunto, mas se deve colocar em primeiro plano o direito do torcedor em assistir à apresentação dos dois times completos. O que acontece com o futebol seria o mesmo que se uma ópera ou uma peça teatral fossem apresentadas com a ausência de um ou de outro de seus integrantes, o maestro ou o ator principal, por exemplo. Alguém aceitaria isso?

Pois nós vivemos essa situação a cada momento, tendo de assistir a partidas com equipes mutiladas pelas expulsões.

Porém, a solução desse problema, um flagrante desrespeito aos direitos do público, repito, não é tão difícil assim. Vejam bem uma fórmula que poderia funcionar. Quando um jogador for expulso, ele será substituído por outro, entre os que estão no banco, não afetando assim a composição da equipe. Ele será julgado posteriormente sofrendo a pena que merecer, como acontece no vôlei e em outros esportes, sem que o clube, e especialmente o torcedor, sejam prejudicados pelo erro de um atleta.

Poderia mencionar outras medidas para a elevação do padrão da arbitragem brasileira, como o acompanhamento eletrônico das partidas para dirimir possíveis controvérsias e a profissionalização dos juízes, tal como já acontece em vários países. Mas isso é tema para os entendidos; eu sou apenas um curioso a dar meu palpite sem maiores pretensões.

José Maria Rabêlo


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Comentários:
8
  • Tonho ( Mineiro ) disse:

    Jogadores como Ronaldinho, Messi , Cristiano Ronaldo etc teriam uma carreira bem curta, os primeiros minutos de jogo seriam para cacar jogadores com classe.

  • jmjm0111@yahoo.com.br disse:

    Há meu vê parece ser interessante sim, mas quer vê uma coisa, o time já fez 3 substituiçoes número máximo permitido na mesmo partida, o treinador perceber que fez mudanças erradas ou que o adversário fez mudanças que anularam que esse time fez, o próprio treinador pede para um determinado jogador forçar um expulsão e o mesmo coloca outro jogador no lugar desse expulso e conserta a besteira que fez…..aqui no brasil tudo pode…principalmente ser for para ajudar os time do eixo..

  • João Apolinário disse:

    Sem contar que os árbitros expulsam conforme a camisa. Nos últimos jogos vi jogadas violentíssimas sem expulsões, enquanto Léo Silva e Marcos Rocha foram expulsos de graça. Acho esta ideia muito boa!

  • RicardoB disse:

    Com todo o respeito ao grande homem público, grande jornalista e grande brizolista José Maria Rabelo, a implementação dessa ideia seria um desastre. Eu não pago pra ver 22 sujeitos correndo em campo, eu pago pra ver um jogo disputado honestamente. Se essa ideia vingasse, um técnico poderia escalar um brucutu pra quebrar o craque do time adversário nos primeiros minutos e substituir o tal brucutu pelo craque do seu próprio time, que começaria o jogo no banco, de propósito. Então, não viajemos na maionese.

    • Alex disse:

      Ia dizer o que o amigo disse ai acima. Em boa parte dos casos a expulsão é causada por uma falta violenta e o juiz só aplica a regra pra proteger os demais jogadores e o espetáculo pelo qual pagamos. Se a expulsão fosse convertida em substituição, todo time ia ter o seu próprio Jose Aldo. Mas a ideia do autor é bem válida se for aplucada apenas nas expulsões por reclamação e simulação de falta. No qual o jogador nunca prejudics o adversário, e somente se o time ainda tiver substituições a fazer.

  • Alisson Sol disse:

    Vejam, por favor, este lance: link. Quem joga futebol sabe que não precisa se chegar a este extremo. Às vezes, o sujeito te “mostra as travas da chuteira”, e você sai morrendo de dor. E a punição é só a substituição do jogador?

    Já pensou o que iria ocorrer com Messi, Cristiano Ronaldo e outros? Era uma partida em campo e 10 no DM se recuperando. Já notaram como os artilheiros de hoje, com poucas exceções, são velocistas? É só gente como o Gareth Bale, literalmente “dando a volta” no defensor. Por que? Porque se você tenta dominar, controlar a bola e jogar futebol, lá vem o Magno Alves e te mostra o que fazer com seu controle de bola! E é só substituído? Em nome do “direito do consumidor”?!

    O Brasil é mesmo o país dos “direitos”. Deveres são para os outros…

  • Paulo disse:

    O cruzerin é um time pequeno mesmo. cruzero pirangi, cruzeiuro do sul e agora:
    http://www.otempo.com.br/superfc/flamengo-comete-gafe-e-erra-o-escudo-do-cruzeiro-1.1110100

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  • Julio Avila (mariana) disse:

    Devia ter punições mais pesada pra jogadores que simulam falta toda hora,jogadores que pressionam o juiz toda hora,dirigentes e tecnicos que antes do jogo já pressiona o juiz,mas no brasil é melhor jogar a responsabilidade no mais fraco!