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IMDD informa: clube de futebol indenizará torcedor ferido em confusão no estádio

Obrigado ao Dr. Gustavo Lopes Pires de Souza que nos enviou a primeira edição do informativo do IMDD (Instituto Mineiro do Direito Desportivo), espaço criado para ser um fórum de discussão dos incontáveis temas ligados ao setor. Como deste do título do post. O presidente do IMDD é o Dr. Lucas Otoni, outra fera nacional no assunto, que assina o editorial da primeira edição do jornal, que inclusive convida a todos a conhecerem o Instituto, o informativo e a participação nas discussões.

* Editorial

Por Lucas Ottoni

“Minha vida profissional e acadêmica no Direito Desportivo não existiria sem o IMDD. Foi através do IMDD, em 2004, que veio a primeira oportunidade e a consolidação de amizades e parcerias. Anos depois, um grande desafio: presidir a entidade que tinha me aberto tantas portas. Responsabilidade enorme para um garoto, que só “deu conta do recado” graças ao auxílio e à bondade dos amigos que o cercaram neste período. Algum tempo se passou e é hora de passar o bastão a pessoas mais capacitadas e disponíveis neste momento. Nesta transição, é impossível escapar de uma reflexão que nos leva a auto avaliar nossa gestão. Alguns planos e objetivos ficaram sim pelo caminho, mas tenho certeza que os triunfos superaram as decepções: pudemos realizar alguns eventos de altíssimo nível; editar publicações cujo conteúdo foi elogiado por gente do maior gabarito; fomentar o Direito Desportivo e divulgar o nome do IMDD pelo Brasil afora e iniciar o sonho da constituição de nossa biblioteca. Aos que estiveram comigo durante esses anos, meu muito obrigado. E ao Gustavo – nome escolhido para a sucessão, por sua índole e ricas capacidades pessoais, profissionais e acadêmicas – e sua Diretoria, reitero meus votos de boa sorte e minha sempre disponibilidade para as coisas do IMDD e do Direito Desportivo, a quem tanto devo. Vamos em frente, juntos. Contem comigo.

Um abraço, Lucas Ottoni”

Lucas Ottoni 2

Foto do devenetaonline.blogspot.com

“Jurisprudência”

Após jogo válido pelo Campeonato Paulista de Futebol de 2009 entre São Paulo e Corinthians aconteceu um tumulto na arquibancada e bombas caseiras foram lançadas na torcida. Com a confusão, Eduardo do Carmo Soares de Sousa foi pisoteado. Em razão dos ferimentos, foi submetido à cirurgia para retirada do baço e reconstrução do pâncreas. O torcedor ajuizou ação por danos materiais e danos morais contra o São Paulo Futebol Clube e a Federação Paulista de Futebol, fundamentada em falha de segurança consoante o disposto no Estatuto do Torcedor. Em decisão recursal, datada de 10/09/2015, o desembargador Eduardo Sá Pinto Sandeville, relator do processo, asseverou que é “patente” que aconteceram falhas na segurança do evento. “Embora haja alguma controvérsia sobre o que originou o referido tumulto, pela análise conjunta das diversas notícias da mídia sobre o assunto acostadas aos autos, bem como do inquérito policial instaurado e das informações dos policiais militares que trabalhavam no local no dia dos fatos, conclui-se que foram as bombas caseiras lançadas na arquibancada que desencadearam o corre-corre e a medidas tomadas pela polícia para conter a multidão”, afirmou o magistrado. “Por qualquer prisma que se analise os fatos, não há como ser afastada a falha na segurança ocorrida”, concluiu. O quantum indenizatório foi estipulado em R$ 100.000,00 (cem mil reais) e a votação foi unânime. Apelação nº 9000127-58.2009.8.26.0100. Fonte: TJSP

O informativo completo está no endereço:

file:///C:/Users/user/Downloads/Informativo%20Bimestral%20do%20Instituto%20%20Mineiro%20de%20Direito%20Desportivo_Nov_Dez_2015.pdf


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Comentários:
2
  • Jorge disse:

    Só uma pergunta pra que serve as tais reuniões antes dos jogos hem
    A Policia Militar se planeja para dar segurança ,o Ministério Publico com
    sua sapiencia aparece pra fazer o que? e a responsabilidade ainda é dos
    Clubes(ATLETICO) a policia planeja mal,não dá segurança baixa o cacete
    pra variar só na torcida do Galo ,até quando e o estatuto do torcedor que
    deveria cobrar da autoridades encarregadas da segurança pois as tais
    reuniões só serve pra aparecer na imprensa,outra coisa alguem já foi con-
    denado por brigas nos estádios,porque não cobrar do s procuradores que
    gostam de aparecer e não tomam providencias para evitar as brigas

  • Bruno disse:

    Olá Chico. Bom saber disso. Quem sabe os clubes passam a se preocupar devidamente com a segurança.
    E no caso de atendimento médico? Torcedor do Fluminense sofreu infarto na Arena Palmeiras, o atendimento demorou e ele não resistiu no hospital.
    http://globoesporte.globo.com/futebol/times/fluminense/noticia/2015/10/tricolor-morre-apos-infarto-na-arena-torcedores-reclamam-de-negligencia.html

    O que o Lucas Ottoni teria a dizer sobre indenizações nesse caso?

    Grato, Bruno