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A tragédia de Paris e a tragédia de Mariana; tudo a ver!

14 de novembro de 2015 às 07:57
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No mundo atual parece que estamos vivendo um filme de terror e suspense, aqui ao nosso lado e longe de nós, mas que na realidade se torna perto nessa aldeia global. Uma barragem rompida, uma bala perdida, um assalto, homicídio, latrocínio ou algo assim pode nos alcançar a qualquer momento. Atentados estão se tornando comuns e loucuras como esta de ontem em Paris nos deixam incrédulos em relação a tudo. Paralelamente pessoas fazem piadas nas redes sociais com assuntos tão graves e por incrível que pareça muita gente acha graça e sai repassando idiotices, sem pensar que vítimas diretas e indiretas estão sofrendo uma dor incomensurável.

A tragédia de Paris é tão grande quanto a do rompimento das barragens da Samarco/Vale, que devastaram e vão continuar devastando pessoas e o ecossistema de Minas até o oceano atlântico. Fruto da ganância, ação criminosa, previsível e evitável, mas contando com a cumplicidade de muitos políticos e a omissão de outros.

Fala-se com a boca cheia em multa de R$ 250 milhões, como se isso devolvesse vidas. E pior: nenhuma garantia que essa multa será cobrada e se for, para onde vai o dinheiro. Semanas atrás o governo de Minas anistiou multas aplicadas a criminosos ambientais. Dentro de algum tempo, quando a poeira baixar e a lama secar, possivelmente uma nova anistia poderá pintar por aí. E nisso, tucanos, petistas e outros menos votados se irmanam e se confundem. Difícil definir quem é mais quem!

BENTO

* Governo de Minas decide perdoar multas ambientais dos últimos quatro anos

http://www.hojeemdia.com.br/noticias/politica/governo-de-minas-decide-perdoar-multas-ambientais-dos-ultimos-quatro-anos-1.327009

PEIXES

* Se pagar em 20 dias, Samarco terá 30% de redução em multa

Gesto de boa vontade do Governo federal vale para as cinco multas de R$ 50 milhões cada, aplicadas pelo Ibama, que somam R$ 250 milhões; economia seria de R$ 75 milhões

http://www.otempo.com.br/cidades/se-pagar-em-20-dias-samarco-ter%C3%A1-30-de-redu%C3%A7%C3%A3o-em-multa-1.1168575

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Comentários:
14
  • Edson Dias disse:
    16 de novembro de 2015 às 15:04

    Papai Vicente, atleticano da primeira estirpe, sempre me disse: cuidado que você está criando cobra pra te picar…

    Infelizmente, o que se viu na França neste fim de semana foi um bote da cobra.

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  • José Eduardo Barata disse:
    16 de novembro de 2015 às 09:29

    O conluio entre políticos e grandes empresas é no mínimo uma chaga que não cicatriza nunca .
    Um derrame como este , tirando vidas e aniquilando a natureza , é tratado com um voo de
    helicóptero e uma cobrança de multa , COM DESCONTO .
    Essa gente não tem limite na hipocrisia , na safadeza , nas mentiras e no deboche .
    É a lama , literalmente . Um mar de dejetos este nosso país .

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  • ita disse:
    15 de novembro de 2015 às 16:20

    As multas tem que ser muito maiores que o investimento necessário para fazer uma barragem à prova de falhas e a reconstituição de TUDO que foi destruído. Do contrário, fica muito fácil economizar no projeto e depois pagar uma multinha. Mas o que importa mesmo é saber quem vai preso.

    obs.: Vendo os noticiários antes e depois dos atentados de Paris, um desconfiaria que a Vale tem participação na França.

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  • Thiago disse:
    15 de novembro de 2015 às 00:01

    E quem vai responder criminalmente? Se eu sou o promotor de justiça indiciava os diretores e engenheiros da empresa, fiscais da secretaria do meio ambiente, o governador e o secretário de meio ambiente. Alguém de coro grosso tem que pagar na cadeia senão será mais uma impunidade!

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  • Raul Otávio da Silva Pereira disse:
    14 de novembro de 2015 às 21:45

    Todo castigo é pouco para esses gestores. Que paguem pelas mortes e vidas destruídas. Dane-se a empresa e seus acionistas.

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  • Raws disse:
    14 de novembro de 2015 às 18:33

    Novamente a física, “para toda ação, existe uma reação igual ou contraria”.
    A maioria dos governantes mundiais assinaram um contrato em branco para os EUA invadirem uma nação soberana, Iraque. Com a justificativa(revanchismo), pelo 11 de setembro, os americanos assassinam o presidente e tomam posse do país que se transformam em um caus. Como percebem que estavam dando murro em ponta de faca, picam a mula e tchau. O capitão américa, volta para seu país gabando-se por ter resolvido o problema do terrorismo no mundo. Ledo engano, as células do terror como bactérias, foram se multiplicando, mais insanas, mais cruéis e mais radicais. Aproveitando-se da situação, infiltram-se em meio aos refugiados e penetram no coração da Europa. Só vejo duas soluções, ou extirpa-se o núcleo dessas bestas humanas da face da terra para amenizar o problema, ou apliquem o antidoto correto para todos os povos, LIBERTÉ, ÉGALITÉ E LIBERTÉ.

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  • Jorge disse:
    14 de novembro de 2015 às 11:40

    Vergonha,vergonha ,desconto de multas a uma irresponsabilidade desta só neste lugar chamado Brsil quem paga os impostos em dia pra sustentar esta cambada só se F,enquanto quem paga com atraso ainda tem desconto,porque não fazem isto com o IR,porque não diminuem a carga tributaria vale a pena ser honesto ,pagar contas em dia

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  • Marcão de Varginha disse:
    14 de novembro de 2015 às 10:42

    Minha solidariedade às vítimas e familiares de ambos acontecimentos… perdas irreparáveis! Tristeza!

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  • Rogério Perdigão disse:
    14 de novembro de 2015 às 10:37

    Já consigo imaginar alguns calhordas, assassinos, malfeitores, pilantras ligados ao conluio minerador comemorando os atentados de Paris. Voam felizes pelos ares as rolhas das garrafas de finos e caros champagne! Agora a mídia corporativa, aquela que diz, na maior cara de pau que a lama da Vale não é tóxica, e os políticos bancados pelas mineradoras esquecem de vez o ATENTADO AMBIENTAL de Mariana e bacia do Rio Doce. O rio e as populações condenados ao sofrimento e mortes pela ganância, vítimas do descaso, do despreparo, da corrupção e da omissão dos “representantes do povo mineiro”.

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  • Luiz disse:
    14 de novembro de 2015 às 10:32

    Chico e amigos do blog,
    Você disse tudo, concordo plenamente com sua observação.
    Indignação , perplexidade e incredulidade é o meu estado de espirito!Imagino que de todos vocês também. Vivemos no país da impunidade.Essa tragédia de Mariana ,previamente anunciada não encontrou respaldo nem nos “defensores” do meio ambiente.Denunciada há mais de dois anos pela fragilidade de contenção das represas, nenhuma providência foi tomada e só poderia ter dado nisso.
    Quanto ao atentado na França,mesmo à distancia, imagino que essas potencias mundiais serão sempre alvos de grupos de guerrilha, defensores de alguma ideologia político-religiosa, de tentativas de libertação, independência. Muito difícil saber quem está por trás disso. O mundo passa nesse momento por uma reorganização político-territorial. Entre outros temos a Síria , o Estado Islâmico, o curdos, etc etc A única maneira de mostrarem alguma força, está nesses ataques paranóicos, porque não conseguem medir forças bélicas com os exércitos poderosos. Por outro lado há de se pensar nas atrocidades que as grandes potencias sempre fizeram contra os países pobres e oprimidos. EUA contra o Oriente Médio, a própria França contra a Argélia.
    Então, é uma via de mão dupla!
    Agora,sofrem os inocentes seja no Vale do Rio Doce, seja nas Ruas de Paris ou em qualquer outro lugar onde acontecerá a próxima tragédia.Outro dia foi o avião russo abatido,antes as Torres gêmeas e assim vão acontecendo .E não precisa ser Nostradamus para prever isso. Questão do relógio correr! Que Deus nos livre e nos ajude.
    O mundo precisa ser menos intolerante. Somos frágeis demais. Na nossa dimensão,precisamos primeiro amar ao próximo e se isso não for possível pelo menos respeita-lo.Seja no respeito á cidadania, ás diferenças religiosas, sociais,raciais. Tudo começa dentro de cada um de nós.Somos impotentes demais para modificar coisas tão gigantescas,porém somos generosos e podemos ,gota a gota, aliviar algumas mazelas ao estendermos as mãos para alguém próximo de nós.
    Dias difíceis,mas que certamente serão abrandados. Enquanto isso, a bola rola!
    Que bom que você abriu um espaço nesse blog esportivo.

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    • José Eduardo Barata disse:
      16 de novembro de 2015 às 15:46

      Terra de ninguém , prezado Luiz .
      O setor ambiental de Minas é um descaso só , fora o resto .
      Regularizações fundiárias , que possibilitariam a entrada de recursos para a conservação e manutenção de enormes áreas de preservação ambiental são tratadas de forma negligente , POR
      TODOS OS GOVERNOS .
      Só que a natureza tem seu tempo , suas regras e suas leis , que nossos políticos teimam em não
      respeitar , a não ser que lhe rendam frutos eleitoreiros , para dizer o mínimo.
      E como disse em outro comentário , a hipocrisia dessa gente NÃO TEM LIMITE .
      E a covardia daqueles que estão à frente das instituições de fiscalização e controle faz o resto .
      É o fim da linha . É o teatro do absurdo .

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  • Tonho ( Mineiro ) disse:
    14 de novembro de 2015 às 08:45

    Triste demais, e como vc disse tem gente que ainda consegue fazer piadas do acontecido. Liberdade de expressão ???

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    • Alisson Sol disse:
      14 de novembro de 2015 às 17:05

      Por mais que doa ler, e por mais absurdo que seja o que se leia, conteste mas não tente proibir opiniões divergentes. É justamente da proibição à expressão de idéias diferentes que nasce a radicalização.

      Há países onde há a censura estatal. Censura prévia, e que proíbe e reprime sistematicamente qualquer contestação à versão oficial dos fatos, e às idéias “oficiais”. Da Coréia do Norte às regiões controladas pelo Estado Islâmico, a primeira coisa que um estado radical quer é proibir o fluxo de informação. A população sofre então com o “segundo nível de ignorância”: não sabe da existência daquilo que não sabe. Além disto, é constantemente bombardeada com “notícias” sobre como os “agentes inimigos” querem destruir seu modo de vida, destruir seus valores, roubar seus pertences. Impedir o diálogo com o “inimigo” é essencial para manter o controle.

      Há países onde não há a censura prévia, mas há a censura comercial. Por exemplo, nos Estados Unidos a morte de um americano no exterior é noticiada amplamente. As mortes de milhares de pessoas na África, ou em ataques americanos no Afeganistão, Iraque, etc., não são noticiadas, ou recebem pouco destaque. Isto é talvez pior do que a censura estatal: é uma escolha da ignorância, sabendo que se está fazendo tal escolha. Não estou falando do “politicamente correto”, que também existe. Estou falando do “comercialmente correto”, que faz do noticiário da TV americana uma “versão de um lado só”. Nada diferente, por exemplo, do que por anos ocorreu no Brasil durante o regime militar. Apenas, sem a imposição do estado: uma censura auto-imposta pela própria imprensa, para evitar perder audiência desagradando o espectador com “notícias que o fazem pensar e questionar o que está ocorrendo”.

      Que o Brasil continue a ter piadas sem graça, e programas de mal-gosto, brincando com tópicos que gerem discussão. Que notícias desagradáveis sobre fatos que não deveriam ocorrer, indo de inundações anuais a roubos por políticos pilantras continuem a irritar todos nos noticiários. Porque tais notícias tem de desaparecer apenas de um jeito: com o desaparecimento do fato. Que quando não houver mais notícias e piadas sobre desvio de verbas públicas, a população respire aliviada: acabou ou diminuiu a roubalheira. Ao invés de ressabiada sobre o que será que a imprensa e os humoristas estão recebendo para parar de falar do que continua ocorrendo.

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      • Tonho ( Mineiro ) disse:
        15 de novembro de 2015 às 21:58

        Liberdade de expressão, como disse Papa Francisco se falar de minha ……… Liberdade de expressão e bom para quem respeita o proximo, fora de disto e provocação !!!! por favor respeite minha opinião ou seja minha liberdade de expressão !!!!

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