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Enquanto peladas ruins rolavam pela Copa do Brasil, dois jogos sensacionais pela Libertadores

Jornal La Nacion, da Argentina: “Los jugadores de Atlético Nacional, que ya habían terminado en un escándalo contra Huracán por sus actitudes sobradoras, repitieron las provocaciones frente a los futbolistas de Rosario Central después del gol del 3-1 definitivo. Y los futbolistas argentinos reaccionaron de la peor manera.”

Sinal dos tempos. Nós que ficamos admirados com a qualidade do futebol europeu, agora batemos palmas até para os vizinhos de América do Sul. As redes de TV estavam lotadas de futebol ontem à noite, com ofertas para todos os gostos.

Jogos da Copa do Brasil em alguns e da Libertadores da América em outros.

BOCA

Assisti mais cedo o Boca Juniors tomando sufoco em La Bombonera do Nacional de Montevidéu, mas passando às semifinais nos pênaltis. Ótimo jogo!

De vez em quando zapeava por um jogo ou outro da Copa do Brasil: só peladas, da pior qualidade.

Mais tarde Nacional de Medellin e Rosário fizeram um  jogação, na bola e na porrada, durante e depois do jogo. Os colombianos em situação parecida com a do Galo. Tomaram um gol, foram pra cima, mas tiveram competência para marcar o gol da classificação aos 50 minutos do segundo tempo.

Seria motivo só para comemorações, porém o autor do gol, Berria, resolveu humilhar o goleiro do Rosário, que estava desolado, sentado, ruminando o gol tomado. Tomou uma porrada de um argentino, que cego de ódio partiu pra cima pra bater mais, sozinho, sem tomar conhecimento que estava na casa do adversário. Encarou e afinou um monte de jogadores, seguranças e funcionários do Nacional. Daí a pouco, depois do apito final, até o treinador do Rosário partiu pra porrada.

Só hoje entendi bem o motivo de tanta raiva dos argentinos e aquela confusão toda, ao ler o jornal La Nacion, um dos principais de Buenos Aires: os colombianos já tinham provocado muito o Huracán, adversário anterior e mesmo o Rosário, no jogo da ida. E a rixa entre argentinos e colombianos é antiga.

Mas valeu ficar acordado até de madrugada para assistir tudo. O São Paulo vai enfrentar este ótimo Nacional nas semifinais.

Veja a reportagem do La Nacion, inclusive trecho das imagens da confusão:

Los jugadores de Atlético Nacional, que ya habían terminado en un escándalo contra Huracán por sus actitudes sobradoras, repitieron las provocaciones frente a los futbolistas de Rosario Central después del gol del 3-1 definitivo. Y los futbolistas argentinos reaccionaron de la peor manera.

* “Otro escándalo de Copa: a Central lo eliminaron en el último minuto y estalló la pelea”

Los jugadores colombianos actuaron de manera sobradora y los argentinos reaccionaron de la peor manera

Marco Ruben encaró a Franco Armani como habrá enfrentado a cientos de arqueros. Mano a mano. Un duelo que él suele ganar. Pero eligió pasarle la pelota a un compañero. La jugada se diluyó, el arquero se recuperó. Era el 2-2 y la clasificación para las semifinales. Pero no lo fue.

Lo que siguió fue el gol de Orlando Enrique Berrío y el escándalo. Una película repetida de laCopa Libertadores. La peor cara, la que ya se ha hecho habitual.

Los jugadores de Atlético Nacional, que ya habían terminado en un escándalo contra Huracán por sus actitudes sobradoras, repitieron las provocaciones frente a los futbolistas de Rosario Central después del gol del 3-1 definitivo. Y los futbolistas argentinos reaccionaron de la peor manera.

La primera pelea había sido minutos antes de la jugada que falló Ruben. Pero apenas después del gol definitivo hubo otra agresión. Al finalizar el partido, la batalla fue generalizada y duró varios minutos.

En los últimos minutos fueron expulsados Burgos, Musto y Lo Celso, de Central, y Berrío, de Atlético de Nacional, por sus actitudes antideportivas.

Los antecedentes de Atlético Nacional y los incidentes ante Huracán

http://canchallena.lanacion.com.ar/1900673-otro-escandalo-de-copa-a-central-le-empataron-en-el-ultimo-minuto-y-estallo-la-pelea?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

 


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Comentários:
10
  • Leandro Fábricio disse:

    Argentino reclamando de provocação???? eles são os mestres nesse artifício e agora reclamam quando se faz com eles….

    quem comprou a briga na provocação ao goleiro sosa foi o volante musto, e ele não intimidou ninguém não chico, os jogadores do atl.nacional só não o agrediram porque quem tinha a perder eram eles que provavelmente teriam jogadores expulsos. o argentino vendo que vaca tinha ido pro brejo não tinha nada a perder…

  • Pedro Vítor disse:

    Ontem não acompanhei futebol, mas penso que São Paulo vai pegar uma equipe da mesma categoria do Galo, porém melhor treinado!

    E Boca pra mim é favorito ao título!

  • André Corrêa disse:

    Bom dia, Chico.

    Não vi Boca x Nacional; pelo que os amigos disseram, foi mesmo um bom jogo. Eu assisti foi esse confronto entre Nacional x Rosario. Grande partida, a altura do que se esperava. Acho que o atleticano que assistiu a essa partida foi dormir triste.

    Sei que você não é dado a teorias da conspiração. Eu tenho tentado evitá-las, mas o desenrolar dos fatos vai propondo um quebra-cabeça que eu não resisto em montar.

    Já vi alguns elencos do Atlético cismarem com treinador. Em 2009 aquela companhia liderada por Tardelli e Ricardinho, fazia bom Brasileirão. Eram treinados pelo sempre polêmico Celso Roth e estavam tirando o Atlético da lama.

    Esse time perdeu os últimos sete jogos do campeonato. A expectativa de título não virou nem vaga na Libertadores. O antepenúltimo jogo daquela campanha, contra o Internacional, em BH, foi um show de horrores. Os gaúchos fizeram um gol antes dos 15 minutos; depois disso o Galo teve 80% de posse de bola e deu um chute a gol, aos 45′ do 2º tempo. O que eu posso concluir disso?

    Em 2010 e 2011 o que se fez com Vanderlei Luxemburgo e Dorival Júnior foi público e notório: zona de rebaixamento em 2/3 do campeonato e desempenho melhor que o dos campeões no terço final, sob outro comando. Coincidência? Em um grupo capitaneado por gente como Diego Souza, Daniel Carvalho e o próprio Ricardinho? Tenho dúvidas…

    Ontem vieram à tona evidências de que os bastidores na Cidade do Galo não estavam tão bons quanto se achava. Apareceram sinais de um grupo que não estava fechado com o treinador que, por sua vez, afirmou ter pedido para embora há um bom tempo.

    Quarta-feira o Atlético começou atropelando, tomou um gol esquisito antes dos 15 minutos e não jogou mais. Eu desliguei a TV aos 47′ do 2º tempo; ontem recebi um vídeo pelo WhatsApp mostrando uma falta a um passo da linha da área, frontal ao gol. Chance excepcional para bons batedores. Levando em conta a qualidade do chute de um Dátolo e a incompetência da defesa adversária em bolas aéreas, era uma chance de ouro para achar o gol da classificação.

    Quem vai bater? Pratto. Desde quando ele é cobrador de faltas? Dátolo estava em campo. Pelo que me contaram, ninguém sequer chegou na bola querendo bater. Pior do que tudo isso foi a cobrança: a bola caiu lá na na Silviano Brandão! Acho que nem um Emerson Conceição conseguiria fazer aquilo em um lance daquela magnitude. Teria sido o extremo da grosseria de um ótimo atacante? Ou foi de propósito? O cronômetro marcava 50′ (!) do 2º tempo e aquele deve ter sido o último chute do jogo.

    A postura que vimos no confronto brasileiro foi bem diferente da do Nacional de Medellín. Os colombianos partiram para a guerra contra o Rosario. Chutaram tudo que puderam e – infeliz coincidência – acharam o gol aos 50′ minutos da etapa final.

    Por mais que nós não queiramos saber de teorias conspiratórias, é sabido que jogadores de futebol são malandros. Já descobriram o tamanho de seus poderes, talvez orientados pelas figuras dos empresários nascidos com a Lei Pelé.

    Não é só o Atlético que tem seus exemplos de jogadores-conspiradores; o próprio Cruzeiro teria ido à Segunda Divisão se continuasse até o fim com Luxemburgo – e eu tenho minhas dúvidas se foram apenas as competências técnicas de Mano Menezes que salvaram o time.

    O próprio Pratto deixou a alma em campo contra o Racing e virou mais um nos jogos seguintes. Qual é a causa dessa diferença de comportamento?

    Sejam quais forem as explicações, se esse time cair nas mãos de Marcelo Oliveira terá grandes chances de ganhar algo importante no segundo semestre. Marcelo parece calmo, conciliador, boleiro. Se a minha aposta estiver correta o grupo vai correr por ele. Com a qualidade técnica que possui, terá chances reais de conquistar algo.

    De qualquer forma, tudo isso desaponta a esfera mais consciente da torcida.

    Ao longo dos anos estão dando poderes demais aos atletas. Oferecem muito dinheiro, garantias legais além do que é dado a qualquer trabalhador e uma supervalorização que os coloca em posição de agirem dessa maneira. Estão conseguindo quebrar o encanto do futebol com isso.

    Até meados dos anos 90 uma Copa do Mundo parava o país, que se pintava nas cores da bandeira e chorou lágrimas de sangue em algumas eliminações. Hoje, o 7×1 foi motivo de chacota e de risadas entre os próprios brasileiros, que não estavam nem aí para o time de Felipão. Ou seja: com a seleção eles já conseguiram acabar.

    Seguindo essa linha, penso que o amor do torcedor pelos seus clubes, que é o que move o futebol, está seguindo esse mesmo caminho. Perguntem à Globo como andam os índices de audiência dos campeonatos ao longo dos anos. Isso, por si só, já oferece um bom indicativo da mensagem que eu quero transmitir.

    • mauricio souza - serrano disse:

      Só pra lembrar, o Marcelo Oliveira, foi mandado embora do Palmeiras, pelo fato dele queimar o Leandro Almeida em público, e os colegas dele, pararam de correr, consequência, queda do Marcelo.

      • André Corrêa disse:

        Leandro Almeida é cria do próprio Marcelo, na base do Atlético. Foi jogador dele no júnior e promovido ao profissional por ele mesmo, em 2008.

        Essa atuação desastrada no caso do Palmeiras pode ter duas explicações: queima proposital, por vingança de alguma coisa, ou inabilidade mesmo – se este foi o caso, espero que tenha aprendido.

        Mas, de fato, isso aí arrebentou com a passagem de Marcelo em SP.

    • Leandro Fábricio disse:

      O andré mais uma vez vc foi cirurgico na sua análise, perfeito…

      sempre falei isso com amigos e já falei isso aqui também, esse negócio de treinador estrategista, treinador que estuda adversário e blá blá blá isso na prática é o de menos, treinador só consegue levar um clube a conquistas se tiver o grupo nas mãos, se tiver os atletas do seu lado, do contrário pode contratar messi, neymar, pode montar uma seleção que não vai ganhar nem torneio de verão, quando os jogadores não gostam do treinador eles o boicotam mesmo e quem paga o pato é o torcedor, o presidente e funcionários do clube e as vezes jogadores que são oriundos da cidade que terão que sofrer a humilhação e consequencia de uma queda pra serie-b ou perda de um titulo, os outros vão embora pra outros clubes, não moram na cidade enfim não estão nem aí pra torcida e pro clube, pensam apenas no seu ego…
      hj o treinador se quiser ganhar titulos em um clube, muito mais que treinamentos e estratégias de jogo ele vai ter que ser psicólogo futebolistico, vai ter que primeiro angariar a simpatia do grupo, senão….

      • André Corrêa disse:

        Eu penso como você, Leandro. Não acredito muito nesse negócio de estratégia, estudo, variação tática e não sei mais o que.

        Ter estratégias e um esquema de jogo definido pode ser importante, mas não é o essencial. Importante mesmo é o treinador saber conduzir o grupo. Precisa ter comando, ser respeitado, ganhar a confiança dos atletas. Fazer com que corram por ele. Se não for assim, esqueça. Nada vai funcionar. É como você disse: pode contratar uma seleção de craques que vai naufragar.

        Treinador hoje precisa entender muito mais de gente do que de bola. É aí que os estrangeiros estão se destacando muito mais que os brasileiros.

        Lamentavelmente, tem muito jornalista por aí achando um barato fazer análises táticas mirabolantes – felizmente não é o caso do Chico, que por isso mesmo tem um público fiel nesse espaço. Esquecem que a linha entre o sucesso e o fracasso tem pouco a ver 4-2-3-1’s, linhas de marcação avançadas, trocas de posição e não sei mais o que.

        Por essas e outras que o futebol brasileiro está perdendo tanto espaço mundo afora.

  • DUDU GALOMAIO BH disse:

    Chico, a história do Galo poderia ter sido exatamente a mesma. Mas o Pratto, que nunca cobrou faltas no Galo, chutou a bola no Rio Arrudas… rs.

    Sobre o Chá com Torradas, estou dentro!
    Eu, juntamente com o Clayton e Raws estávamos combinando de tomarmos umas na Chopperia Guarani, no trevo das avenidas Waldomiro Lobo e Cristiano Machado. Porém, nesse interim o Clayton se mudou do Floramar.
    Vamos ver o local e combinarmos então rapaziada.

    Abraços!

    • Jorge moreira disse:

      Se me permite gostaria de me convidar,moro no bairro silveira e pelo nivel dos posts,penso que seria bem legal falar de futebol com voçês.Caso queiram me convidar sabem como ,e seria uma alegria conhece-los e tambem molhar a palavra é claro

      • DUDU GALOMAIO BH disse:

        Caro Jorge Moreira, se sinta convidado, desde já.

        Certamente o bate-papo é dos mais agradáveis. No último encontro em 2012, conversamos bastante e curiosamente um dos assuntos pouco abordados foi o futebol… rs.
        Abraço!