Blog do Chico Maia

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A verdade verdadeira é que paramos no tempo, há muitos anos!

O censo 2002 mostra que entre 32 e 33 milhões de mexicanos moram nos Estados Unidos, por isso, comidas típicas e as cervejas mexicanas são as mais oferecidas nos bares dos estádios da Copa América realizada no país.

TACOSCERVEJAS

É normal que o nível técnico e de competitividade dos jogos de qualquer grande competição internacional seja em alta cota de emoção nas fases decisivas. Estados Unidos e Equador demonstraram isso quinta-feira no primeiro jogo das quartas de final. Tecnicamente razoável, mas com os dois times a todo o gás, com lances de mexer com os nervos, pelos dois lados e vitória de quem errou menos, além de contar com a força da torcida de quase 100% do estádio em Seatle. Animados pelo ambiente e pela gesticulação ostensiva do técnico Klinsman, 47.322 pagantes empurraram os Estados Unidos, que venceram bem ao Equador, segundo melhor classificado em seis rodadas das eliminatórias sul-americanas para a Copa da Rússia. Não é pouca coisa e merece respeito.

Na primeira fase foram apenas três grandes jogos, que merecem destaque: México 3 x 1 Uruguai; Argentina 2 x 1 Chile e por incrível que pareça, México 1 x 1 Venezuela. Os mexicanos tiveram muito trabalho com os venezuelanos, lanternas das eliminatórias, mas que se propuseram a ser a grande “zebra” da Copa América e mostraram futebol surpreendente para isso. Não acredito que incomodem a Messi e cia, hoje às 20 horas, mas nada é impossível. Vejo a Argentina e o México como os maiores favoritos ao titulo; Estados Unidos e Chile correndo por fora.

Estou impressionado com o índice de acerto de passes e conclusões a gol de muitas seleções. E a maioria saindo de bolas cruzadas, à moda antiga, dos tempos em que os “pontas ofensivos”, bem abertos, eram responsáveis por quase a totalidade dos gols. Mas isso é fruto de muito treinamento. Evolução, técnica e tática, dos tempos em que os europeus buscavam fórmulas para enfrentar a criatividade e genialidade dos sul-americanos; brasileiros especialmente. Assim como em todas as atividades o futebol se globalizou e o Brasil parou no tempo.

 

Para refletir

 

Observem como há cada vez mais cruzamentos, na medida certa para que alguém acerte de primeira, no “sem pulo”, um cabeceio ou chute, destro ou de canhota, sem chances para o goleiro. Na Copa América isso está ocorrendo muito, mas tenho visto jogos da Eurocopa pela TV e a proporção dessas jogadas é muito maior, que impressionam mais ainda, pelo índice de conclusões certas. Sem falar que os melhores jogadores de toda seleção jogam em algum clube europeu. A América do Sul continua a maior exportadora de jogadores de futebol do mundo para a Europa, mas não evolui em termos de competitividade.

 

Não estão nem aí

 

O motivo de todo o problema, no Brasil, na Argentina e demais países do continente é simples: dinheiro! A maioria dos dirigentes só quer saber de quanto vão ganhar na venda dessas mercadorias humanas, desde a mais tenra idade. A seleção brasileira aparece com jogadores que ninguém nunca ouviu falar no Brasil. Lionel Messi é um ótimo exemplo: olheiros do Barcelona o viram quando ele tinha sete anos de idade, jogando pelo Rosário Central. Se o clube ou a seleção será campeão de alguma coisa, é uma outra história, um problema que não é com eles. É o “mercado”, e que o torcedor, que sustente essa farra toda. Que continue comprando camisas, pacotes de per-pay-view, ingressos e bugingangas mais que enchem os cofres de todos.

 

 


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Comentários:
1
  • Jorge moreira disse:

    Noite fria em BH e eu assistindo uma pelada no pior sentido da palavra,perú e colombia,
    puts que jogo feio,e pensar que aquela seleçãozinha nem passar de fase passou,e o meu
    Galo com certeza praticando um futebol(que futebol)tão ridiculo quanto