Estacionar em local proibido, durante o dia ou na madrugada, em qualquer lugar, é garantia de reboque imediato nos Estados Unidos. Como este carro nas imediações da Calçada da Fama, em Hollywood/Los Angeles.
Os 7 a 0 do Chile no México surpreenderam até aos chilenos, os atuais campeões da Copa América. E provocou uma enxurrada de “descobertas da pólvora” por parte de analistas que, cada um à sua maneira, deram explicações das mais malucas para este placar. Obviamente que a maioria pôs a culpa no técnico colombiano Juan Carlos Osório, ex-São Paulo, o menor dos culpados, mesmo que ele tenha assumido a culpa. Foi político e estratégico, para manter a confiança que os jogadores têm nele, por não ter medo de perder o cargo e por saber que a federação mexicana não o demitiria por causa desse jogo.
A explicação é simples, quase a mesma de sempre quando dois times fortes se enfrentam e só a vitória interessa: falhas individuais e desespero depois do terceiro gol, que faz com que cada jogador queira resolver sozinho e todos se esquecem que o futebol é coletivo e que há um sistema de jogo a ser seguido. Vira bagunça, facilitando para o adversário ampliar o marcador.
O México está com um ótimo time e era, junto com a Argentina e o próprio Chile, candidato ao título. O primeiro gol foi aos 15 minutos de jogo, numa falha do excelente goleiro Ochoa, que espalmou uma bola nem tão difícil nos pés do Purch. O jogo ficou melhor ainda e o Chile voltou a marcar aos 43, numa antecipação do Vargas ao zagueiro, que cochilou no lance; ou seja: outra falha individual. No segundo tempo não havia outra alternativa para Osório, que tinha que mandar o time para o ataque, buscar o empate, já que tinha condição pra isso. Mas, aos 4 minutos, o volante Hererra perdeu uma bola que virou contra ataque chileno e o terceiro gol, do Sanchez. Aí bate desespero geral e o México se tornou uma bagunça só. Dois minutos depois tomou mais um e os outros três gols foram fáceis, em contra ataques e mais falhas individuais e coletivas.
Semifinalistas
O Chile não fez grandes partidas iniciais, cresceu no terceiro jogo da primeira fase e tem bons jogadores. Deverá passar pela Colômbia, que fez um jogo horroroso contra o Peru e se classificou nos pênaltis. Jogo na quarta-feira, quando já saberá quem será o outro finalista, que deverá ser a Argentina. Na terça os comandados do Gerardo Tata Martino, deverão passar pelos anfitriões, os esforçados norte-americanos, comandados pelo alemão Klisnsmann. Os argentinos têm, de longe, a melhor seleção desta Copa América e é total favorita ao título. Atropelou a Venezuela, 4 a 1, sem precisar fazer muito esforço.
Bobagens ao vento
Depois da derrota de 3 a 1 para o México, na estreia na Copa América, o presidente da federação uruguaia, Wilmar Valdez disse numa entrevista:
“Ficou claro que este torneio está armado para o México”.
Levantava suspeita sobre os interesses da Televisa, a poderosa rede de TV mexicana, detentora dos direitos de transmissão da competição.
Outra bobagem, dita pelo mesmo cartola: “A Conmebol se equivocou. Poderá ser uma grande copa no marketing e no show, mas o futebol sul-americano é outra coisa. Os Estados Unidos têm uma cultura diferente, onde não se sente o futebol…”
Recorde de público na história da Copa América, mais de 40 mil pagantes de média, por partida.
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