Estádio Giulite Coutinho, nova casa do Fluminense, palco do jogo contra o Cruzeiro neste domingo.
O atraso do futebol brasileiro segue a linha do atraso do país. O público de Fluminense x Ypiranga, pela Copa do Brasil, foi de 492 pagantes, em Volta Redonda. Contra o Cruzeiro, pelo Campeonato Brasileiro, o jogo será no Giulite Coutinho, estádio do América, em Edson Passos, cuja capacidade é para 13 mil pessoas. Um dos maiores clássicos do nosso futebol, na “Fazendinha” tricolor.
O Estádio Luso-Brasileiro, da Portuguesa do Rio, também conhecido como Estádio dos Ventos Uivantes, virou da noite para o dia “Arena Botafogo”. Aliás, também era chamado de Arena da Ilha, até este acordo entre a Portuguesa e o Botafogo. Fica na Ilha do Governador, recebeu investimentos de R$ 5 milhões em arquibancadas metálicas, reformas de vestiários, sala de imprensa e outras obras para que o Botafogo mande lá seus jogos no Brasileiro. Palco de outro dos mais importantes clássicos do nosso futebol, contra o Flamengo, com 15 mil ingressos liberados para a venda. Jogo sábado à tarde, 3 a 3, mas pela manhã, um botafoguense foi morto a pauladas em confronto de facções organizadas dos dois clubes pelas ruas das imediações.
Aliás, os paraquedistas que desembarcaram no futebol nos preparativos para a Copa de 2014, tinham uma fixação louca pela palavra “Arena” como sinônimo de estádio de futebol. Certamente nunca entraram numa Arena de verdade, na Europa, Estados Unidos, Japão ou China. Nem passaram na porta, pois se assim o tivessem feito, jamais cometeriam este sacrilégio de chamar nossas praças esportivas onde se joga futebol, de Arenas. Nem o Independência, que recebeu investimentos públicos de quase R$ 300 milhões, se assemelha a uma Arena. Faltam itens básicos para esta classificação, como centro de compras, opção de adaptação para espetáculos de teatro, música, outras modalidades esportivas e por aí vai.
E grande parte da imprensa apenas engole e sai repetindo o que estes burocratas impuseram. Papagaiamente ficam repetindo: “… na Arena Independência . . . na Arena isso… aquilo e tal…”
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