Senhoras e senhores, eu gostaria de ser o autor deste texto. Mas não teria competência e nem saberia fazer essa genial combinação de ideias. Simplesmente sensacional! Provoca o exercício do raciocínio, e com uma poesia digna dos grandes escritores do país.
Não conheço o Adolfo Mantuano, nem sei a profissão dele, nem de que cidade é. Mas agradeço-o duplamente: por prestigiar o blog há tempos, como leitor e comentarista, e por esta joia que nos enviou hoje e repasso com prazer a vocês. Ele fala sobre as muitas reclamações do preço de tudo que envolve a Olimpíada, inclusive do que é vendido nas arenas, estádios e Parque Olímpico em si, comparando com outras festas, do nosso dia a dia, como casamento e tantas outras. Me enquadrei em várias situações descritas por ele e certamente você também se enquadrará em alguma. Confira e comente!
* “Muitos casais de esforçam para celebrar junto com seus entes queridos o momento em que estão oficializando a sua união. E festa de casamento custa caro, muito caro. Qualquer salgado custa 50% mais, porque no preço está embutido o “valor da emoção”. Sempre existem aqueles que criticam o preço da festa, que ficam indignados com os gastos. Mas estão lá, revendo parentes e amigos, comem, bebem e criticam. Existem os mais “gananciosos” que aguardam, sentados em suas certezas, o dia do fim da união. Torcem para a separação para poderem proferirem a célebre frase: “de que adiantou a festança se agora estão separados?”. Não percebem que não se alcança a felicidade com a infelicidade alheia, porque é impossível ser feliz sem a busca. Felicidade é momento. Namoros são terminados, noivados são desfeitos tal qual casamentos. Mas há uma diferença: o momento eternizado. Se há divórcio é porque o objetivo do casamento não foi alcançado. Mas há que se entender esse objetivo é constante, longo. Logo, se vivido um ano ou anos, o momento da separação encerra a caminhada, mas não apaga o caminho percorrido. Portanto a festa de casamento, cara e trabalhosa, possui seu lugar no momento não só do casal, mas de todos que com eles celebraram. Então, aqueles que foram escolhidos para ali estarem, podem escolher como querem serem lembrados, e lembrarem aquele momento. Podem se divertir ou passar a festa reparando detalhes e custos, deixando de aproveitá-la.
Desde criança ouvia, a cada Olimpíada, que o Brasil era extremamente atrasado e não realizaria uma nunca. Não teríamos outra Copa. Pois em dois anos, tais eventos estão aqui, em nosso país. Que continua atrasado e com muitos problemas sociais, estruturais, políticos. A corrupção persiste. Falta muito para acabar com todos esses problemas, o caminho é longo. A Olimpíada do Rio não estabelecerá, infelizmente, o fim desses problemas. Mas trará momentos que serão eternizados. Tal qual a Copa também trouxe. Trouxe sim! Mas existem os que só se lembram do 7×1. Só se lembram do “maracanasso”. Coitado do Barbosa!
Eu gostei muito da abertura! Linda, simples, tocante e contagiante. Emocionante!
Momentos especiais!”
Adolfo Mantuano
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