Blog do Chico Maia

Acompanhe o Chico

Motivos que fazem diferença na hora da conquista de medalhas

Pintura do artista paulista Eduardo Kobra, de 180 metros de largura por 17 metros de altura. Obra de arte nas fachadas dos antigos galpões das docas do Rio, mais uma atração do Boulevard Olímpico, que começa na Praça Mauá, construído especialmente para a Olimpíada.  

BOULEVARD1

Não há estatísticas oficiais sobre isso, mas se houvesse, certamente Minas Gerais apareceria como o primeiro ou dos primeiros estados em quantidade de turistas/torcedores para os Jogos do Rio. Da capital e do interior. Um deles é o Felipe Guimarães, que foi nadador do Minas Tênis Clube de 1993 a 2001. Está curtindo competições de várias modalidades. Já esteve no Parque Olímpico, em Deodoro e quando conversei com ele, estava no Engenhão, vendo de perto o jamaicano Usain Bolt, uma das maiores estrelas mundiais do atletismo. Felipe é só elogios para a Olimpíada do Rio: da receptividade carioca, à estrutura montada, “tudo correndo bem até agora”, segundo ele.

 

Poucas medalhas

A única crítica é para o desempenho esportivo dos brasileiros, que deixando muito a desejar. É a maior delegação de atletas do país em Jogos Olímpicos: 465, sendo 209 mulheres e 256 homens, superando Pequim’2008, quando o COB enviou 277. O desempenho na conquista de medalhas, por enquanto, é fraco, bem abaixo da expectativa geral. O judô e a natação, que sempre dão pódios consideráveis, dessa vez minguaram. A aposta agora é no vôlei, vela e futebol, para atingir a meta do COB de ficar entre os 10 primeiros na classificação final.

 

Nos EUA

Felipe Guimarães não critica os atletas e sim os dirigentes das federações e do próprio Comitê Olímpico Brasileiro, que nada fazem efetivamente para mudar a crônica falta de estrutura e incentivo para que atletas de todas as modalidades se preparem bem a cada ciclo olímpico. Ele conta que bateu papo com o pai da esgrimista norte-americana Katharine Holmes, que está acompanhando a filha no Rio.

 

Sem bolsa

Campeã no Pan-Americano do ano passado em Toronto, uma das principais atletas dos Estados Unidos na modalidade, Katharine não tem nenhum apoio financeiro do governo. Lá não existe “bolsa atleta”, como no Brasil. Mas existe uma política de estado, que contempla o esporte de forma permanente, envolvendo as escolas de todos os níveis. Seja quem for o presidente, ou governador de estado, o governo norte-americano entra com a estrutura para a prática de esportes para crianças e adultos. Os que se destacam e se tornam competidores de alto rendimento são apoiados financeiramente por empresas patrocinadoras ou pela própria família. Como brasileiro vive de esperança, fica a nossa, para que um dia o país siga linha semelhante.


» Comentar

Comentários:
5
  • Vinicius Campos disse:

    Falando do jogo do Galo contra o Santos.

    Na minha opinião erro de estratégia do MO.
    Pra que jogar com o time tão aberto assim? Como foi que vencemos o palmeiras?

    Por que não usar a mesma estratégia? Entrar com 3 volantes com volume de marcação no meio e explorar os contrataques ?

    Erro de planejamento. Tivemos boas chances mas o time estava muito aberto. Faltou inteligencia em avaliar o jogo.

    Vamos para o próximo confronto. Temos que vencer em casa porque depois e o Grêmio fora.

  • Alisson Sol disse:

    Além de não existir o “bolsa atleta” nem nos EUA e nem na Inglaterra (apesar de que há benefícios em impostos para apoios), a estrutura de “parque e recreações” nos EUA é do condado. É governo, mas nada de governo a nível federal, estadual, ou mesmo municipal. O “condado”, que formalmente não existe no Brasil, e alguns estados até tentaram implementar mas falharam enormemente, é que tem a função de administrar várias destas questões de infraestrutura. Isto evita que se faça política com coisas como, por exemplo, onde ficam os parques. Eles ficam distribuídos pelo condado de maneira a beneficiar todo mundo. Além disto, o sistema de reservas de quadras também é público e democrático. Mas o mais importante é que não há “Ministério de Parques e Jardins”, e nem mesmo a obrigação de que exista um setor específico para nada. O condado em que eu moro tem um “Departamento de Recursos Naturais e Parques”, e os sujeitos cuidam desde o tratamento de água à poda da grama nos parques.

    Sou fundamentalmente contra a multiplicação de cargos públicos que ocorre no Brasil onde, fosse deixado ao belprazer dos políticos, se criaria a Secretaria de Sinuca, ou o Departamento de Truco (apesar de que há suspeitas de serem estas mesmas as atividades principais de alguns orgãos já existentes). Com isto se tem bastante cargo de confiança para indicar a cada eleição, e se danem os pagadores de impostos. É muita gente à toa, e outros querendo viver de bolsas do governo ou pensões do tataravô… Tentaram abrir cartazinho pela volta da Sra. Dilma no jogo do Brasil no Mineirão. Não conseguiram por incompetência pura. Depois, tentaram gritar um “Fora Temer” no intervalo do jogo. Foram vaidados até passar vergonha!

    • ita disse:

      Ninguém me vaiou quando eu gritei.

      Vergonha é ouvir o presidente turco dizer que lá não terá golpe pq não é uma republiqueta sul-americano.

      Vergonha é a rede Globo, porta voz do golpe, ter o poder de proibir qq manifestação contra ela nos estádios.

  • Alex Souza disse:

    Cruzeiro 2 x 2 Coritiba
    Público e Renda: 13.814 e R$ 290.830,00

  • Alex Souza disse:

    20ª Rodada do Campeonato Brasileiro 2016
    Cruzeiro 2 x 2 Coritiba – Estádio Independência – Belo Horizonte/MG – 1416:00Agosto2016 – Domingo

    Cruzeiro: Fábio (Lucas França), Ezequiel, Bruno Rodrigo, Manoel e Edimar; Henrique, Robinho, Rafinha, De Arrascaeta (Willian Bigode) e Sobis; Ábila. Técnico: Mano Menezes.
    Coritiba: Wilson, Dodô, Luccas Claro, Nery Bareiro e Juninho; Edinho, Amaral, Juan e Raphael Veiga (Fábio Braga); Kazim (Vinícius) e Berola (Guilherme Parede). Técnico: Carpegianni
    Arbitro: Jailson Macedo (BA)
    Auxiliares: Alessandro Rocha de Matos (BA) e Elicarlos Franco de Oliveira (BA)
    Cartões amarelos: (Cru) Robinho e Ezequiel; (Cor) Luccas Claro, Edinho, Guilherme Parede e Amaral
    Cartões vermelhos: Não houve
    Gols: Rafinha (2’ 1ºT), Kazim (19’ 1ºT), Juan (28’ 1º T); Ábila (4’ 2ºT).
    Público/Renda: Não divulgados.

    VELOCIDADE: O Cruzeiro iniciou o jogo diante do Coritiba em alta velocidade e conseguiu abrir o placar com um gol de cabeça de Rafinha, logo a 2’, depois de grande jogada e cruzamento de De Arrascaeta pela esquerda do ataque. Parecia que o time dominaria a partida, contudo, a equipe passou a levantar insistentemente a bola na área do time paranaense, onde só Ábila estava presente para tentar conclusões.

    ERROS: Aos 19’ Kazim empatou para o Coritiba depois que Amaral desviou parcialmente uma bola que veio de cobrança de escanteio. A 28’ Henrique deu um passe errado na saída de bola, no círculo central, e a jogada originou uma falta na intermediária. Juan fez uma cobrança perfeita, no ângulo superior esquerdo de Fábio, que nem foi na jogada. O time paranaense quase fez 3 a 1 aos 40’, quando Dodô desceu num contra-ataque e chutou forte, de fora da área, com a bola passando bem perto do ângulo superior direito de Lucas França.

    POSICIONAMENTO: Chamou a atenção o posicionamento muito na extrema direita de Rafinha; em certos momentos o jogador acaba ficando muito isolado naquela faixa de gramado, quando deveria estar mais perto dos companheiros e só buscar aquela posição em jogadas de velocidade e contra-ataque.

    EMPATE E PRESSÃO AZUL: A 4’ do tempo final Ábila marcou, aproveitando um rebote de Wilson, depois que Ezequiel fez boa jogada pela direita e cruzou para conclusão de Sobis. O time passou a pressionar o Coritiba com jogadas em velocidade pelas laterais e o time do sul passou a recorres a jogadas violentas, tanto é que Luccas Claro e Edinho foram amarelados por faltas, respectivamente, em Sobis e Rafinha.

    INTENSIDADE: Depois da pressão inicial na etapa final o Cruzeiro diminuiu muito o ritmo e voltou a insistir em lançamentos longos; o meio de campo passou a cadenciar o jogo com Henrique, Robinho e Sobis. Numa das raras jogadas de real perigo Willian Bigode, livre de marcação, cabeceou para fora.

    BLITZ: No final o Cruzeiro, com as entradas de Willian Bigode e Marcus Vinícius, o time de Minas encurralou o Coritiba, que na etapa final foi só defesa. Ábila, depois de grande jogada de Sóbis e Willian Bigode, chutou para grande defesa de Wilson; Willian Bigode recebeu bola na direita, venda de Ábila, e limpou o zagueiro, contudo, o chute saiu fraco. Wilson ainda defendeu um bom chute de Marcus Vinícius, que bateu de fora da área. Em vários momentos, no final, Manoel é quem virou armador e levou o Cruzeiro à frente.

    ENGANO: É preciso jogar e ganhar; não basta fazer contas e falar em confronto direto se o time não se impuser em casa. Estes jogos do início do returno da tabela do Cruzeiro serão tão ou mais difíceis que todos os outros. A hora de jogar é agora. Vai ser preciso ter os nervos no lugar e concluir as chances que aparecerem.

    RESUMO DA PARTIDA

    Faltou ao Cruzeiro força para vencer o Coritiba, sobretudo no 2º tempo, quando os paranaenses não jogaram e só catimbaram (vai ser assim com todos da zona da degola). Muita luta, muito correria, muito empenho e muito nervosismo… A preparação das jogadas, em certos momentos, acabou sendo feita de forma precipitada e, quase sempre, naquele esticão lento para disputa pelo alto contra vários defensores. Faltou ao Cruzeiro realizar avanços alternados dos laterais, com apoio dos meias, de modo a preparar jogada veloz para dificultar o corte dos defensores, sobretudo porque o Coritiba se fechou na retranca.