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Dói é ouvir na “Voz do Brasil” diariamente o governo fazendo propaganda mentirosa do apoio “fantástico” que dá aos medalhistas

A seleção feminina perdeu o bronze para o Canadá.

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Tudo correndo melhor do que o previsto na primeira Olimpíada na América do Sul. Nem zika, nem atentados e muito menos gringos sendo mortos aos montes no Rio ou em qualquer lugar do Brasil onde houve alguma competição. Ao contrário, foram estrangeiros os responsáveis pelos maiores escândalos, que viraram manchetes da mídia mundial. Os nadadores moleques dos estados Unidos e o presidente do Comitê Olímpico Irlandês, chefe da máfia da venda de ingressos, preso pela polícia do rio. A mesma polícia que prendeu mafiosos da mesma laia durante a Copa de 2014, por crimes semelhantes. Que assim seja até o fim, amanhã, e depois, na Paraolimpíada, que começa dia cinco. E quem nos dera se a segurança toda, até em excesso, que tivemos nestes dias fosse para sempre, no país inteiro. Mas essa é uma outra questão, mais séria, e que os governantes do passado e do presente não cuidam como deveriam. Dentro da nossa pobreza histórica na área, o desempenho dos atletas brasileiros está sendo satisfatório. Com as péssimas condições de treinos que a maioria tem, são todos dignos de aplausos.

 

Uso político de sempre

Dói é ouvir na “Voz do Brasil” diariamente o governo fazendo propaganda mentirosa do apoio “fantástico” que dá aos medalhistas, através de bolsas esmolas, que servem como paliativos a cada ciclo olímpico. Alguns atletas são obrigados inclusive a dar depoimentos elogiando estes programas de “apoio”, que são usados na propaganda oficial que será utilizada futuramente para angariar votos.

 

Futuro incerto

A seleção feminina não conseguiu ficar nem com a medalha de bronze, mas fez bonito em todos os jogos. A realidade nua e crua é que sempre teremos boas seleções, porque isoladamente temos muitas mulheres de grande talento. Mas o futebol feminino dificilmente se consolidará no Brasil enquanto não tivermos campeonatos regionais e nacional para ajudar a desenvolver e divulgar a modalidade.


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Comentários:
11
  • Leandro Fábricio disse:

    Mudando um pouco de assunto e falando do verdadeiro time do povo…

    Tô falando que tá muito estranho essa situação do datolo no atlético, a diretoria não toma postura e não explica o que está acontecendo e deixa o marcelo oliveira em maus lençois tendo que inventar mentiras para justificar as ausencias do datolo nas relaçõe para as partidas a cada jornalista que o questiona sobre essa situação…

    pelo que sei datolo já está recuperado de lesão ha mais de 2 semanas e não vem sendo relacionado para as partidas…dizem que é para se condicionar melhor a evitar novas lesões…será????

    Nepomuceno tem que vir a público esclarecer essa história direito… esse negócio tá mal contado…

  • Leandro Fábricio disse:

    Excelente chico mais uma vez…. nem vou ousar fazer colocações em cima desse seu cometário…

  • Alex Souza disse:

    Olá Chico Maia,

    Creio que a questão do apoio seja fundamental para os atletas poderem trabalhar e que, realmente, há talentos de sobra que podem ser desenvolvidos.
    Chamou a minha atenção a questão da PREPARAÇÃO FÍSICA.
    Neste aspecto muito bem preparado o atleta das medalhas na canoagem (Isaquias Queiroz), a atleta do judô (Rafaela Silva), o do salto com vara (Thiago Braz), o das argolas (Arthur Zanetti) e os da ginástica artística (Diego Hipolito e Arthur Nory), além velejador do Robert Scheidt e das medalhistas da Vela na classe 49erFX (Martine Grael e Kahena Kunze). Ainda destaco a dupla do volei de praia masculino (Bruno Schmidt e Alisson Cerutti) e feminino (Agatha Bednarczuk e Bárbara Seixas).
    O baixinho Bruno, do voleibol, está em ótima forma física e técnica; salvou bolas incríveis e pontuou sobre gigantes bloqueadores superando-os na técnica pura. Foi incrível ver o sacador adversário procurando sacar sempre no Alisson Mamute, muito mais alto e forte, para fugir da técnica do Bruno.
    Parece que faltou uma preparação física melhor para alguns lutadores, para o handball, o basquete masculino e para a própria saltadora Fabiana Murer (parece que estava com um problema médico).
    No caso da Seleção feminina de futebol faltou pernas para sustentar o jogo diante da limitada seleção da Suécia e depois na disputa do bronze com o Canadá. O próprio voleibol masculino chegou com muitos problemas físicos na competição (tá indo na raça).
    Creio que é preciso, em cada modalidade, olhar as questão de perfil na preparação física; a maioria dos atletas vem competir em Olimpíadas “voando” e o Brasil precisa levar isto em consideração. Gente para ser trabalhada é o que não falta.
    Outra coisa que parece atrapalhar são os excesso e exageros de algumas coberturas (tudo indica para tentar obter exclusivas): é negócio de “musa” pra lá, “musa” pra cá; “garotos e meninos” e uma tentativa de fazer das derrotas drama e das vitórias história de superação, como se só o Brasil tivesse que conviver com dificuldades.
    Já passou de hora do Brasil parar de patrocinar este tipo de “chanchada” e passar a treinar a concentração e especialmente o preparo físico dos atletas. É preciso assumir o favoritismo, levar a coisa a sério: Há menos de 2 anos o Brasil venceu o Handebol feminino e, de forma inexplicável, o time não rendeu nas Olimpíadas.

  • José Eduardo Barata disse:

    Leandro, Alex, Marcão, Ita…. domingo tem jogo do GALO pelo campeonato brasileiro. Estamos ali, nas “cabeça”. Quarta entramos na Copa do Brasil. Vamos focar? Ah!, e os azuis vão ter que se virar contra o Figueira, pois o Mecão ‘tá chegando. Pra cima deles, GALOOO!

    • Marcão de Varginha disse:

      Caro amigo, independente se tiver ou não jogo do maior clube do futebol mineiro de todos os tempos, todo dia é dia do Galo, um clube genuinamente mineiro e que não compra arbitragens! Abs… Gaallôooooo…
      – #benecyeternomito

    • Alex disse:

      …tamo junto até o final…..Gallloooooo…..”eu acredito”….por falar nisso, a torcida brasileira adotou esse slogan…..é o Galo ditando regras…..

      • José Eduardo Barata disse:

        Cuidado Alex , daqui a pouco você será chamado
        a se explicar .
        Já não nos foi dito que este canto não é nosso ?
        Que veio de não sei onde , de quando também
        não sei ?

  • Marcão de Varginha disse:

    Seria ingenuidade de nossa parte se acreditássemos que o Poder Público não aproveitaria a oportunidade para vangloriar-se às custas de atletas que não possuem patrocínio e que se vêem na “obrigatoriedade” de aceitar merrecas por parte desse mesmo governo, mas graças à sua capacidade esses atletas treinam exaustivamente em busca de pódio para orgulhar nosso país… à esses atletas, meus parabéns!
    – #benecyeternomito