Mano Menezes mexeu com o psicológico do Galo ao mandar a campo o time reserva. Transferiu toda a responsabilidade da vitória ao Thiago Larghi. Em caso de vitória, não teria feito mais que a obrigação. Se perdesse, teria sido derrotado por reservas do maior rival.
E quase funcionou, pois até um jogador experiente como o Ricardo Oliveira chutava qualquer bola, de qualquer distância, em qualquer ângulo, na ânsia de marcar um gol. Com o status que tem, recusava-se a empatar ou, pior dos cenários, perder para os reservas do maior adversário. E essa ansiedade dele contaminou todo o time, que errava passes e chutes a gol. O Cruzeiro apostava nos contra ataques, sem perigo, e o jogo corria moderrento, com cara de zero a zero.
A expulsão do Mancuello, justa, diga-se, logo no início no segundo tempo, mudou a história. Por incrível que pareça o Cruzeiro passou a correr mais e ameaçar pra valer ao Victor, permitindo que o Atlético passasse a explorar contra ataques. E em um desses, o Roger Guedes se aproveitou e saiu o gol da vitória que põe momentaneamente o Galo na liderança. Vitória que espanta a crise, dá moral a jogadores e comissão técnica e pode significar um embalo no campeonato.
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