Héverton Guimarães, (esquerda) comanda diariamente, às oito da manhã o 98 Esportes. À direita, Eduardo Panzi um dos bons comentaristas da nova safra mineira
Com repercussão nos principais jornais do estado, como nessa reportagem do Alexandre Simões, no Hoje em Dia:
* “Cruzeiro deve R$ 26 mi ao Mineirão e recebeu centenas de notificações alertando para fim de parceria”
Alexandre Simões
@oalexsimoes
A declaração do vice-presidente de futebol do Cruzeiro, Itair Machado, de que o Mineirão mandou uma notificação ao clube falando sobre a possibilidade de rompimento do contrato que existe entre as duas partes, é apenas mais uma das centenas que já foram enviadas à diretoria cruzeirense pela administração da arena nos últimos anos. A fala do dirigente foi no programa 98 Esportes, da Rádio 98, na manhã desta terça-feira (9).
“O Mineirão fez uma ação de cobrança da dívida. Como qualquer contrato, uma inadimplência pode acarretar realmente numa rescisão. Mas das centenas de notificações que a gente manda para o Cruzeiro, a gente sempre destaca que ele corre o risco de perder esse contrato. E como o próprio Itair Machado falou hoje na 98, é um contrato muito bom para o Cruzeiro”, revela Samuel Lloyd, diretor do Mineirão.
Segundo ele, a intenção é sempre pelo diálogo e pela manutenção do contrato de parceria, mas pela inadimplência de cinco anos do Cruzeiro, há sim possibilidade legal para o rompimento do contrato e inclusive com o Mineirão cobrando a multa, que é por volta de R$ 10 milhões.
Isso faria aumentar ainda mais a dívida cruzeirense com a administração do Gigante da Pampulha. Hoje, o clube já deve quase R$ 26 milhões pois na gestão do presidente Gilvan de Pinho Tavares o Cruzeiro parou de pagar as despesas dos jogos logo após o Atlético jogar no Mineirão, a final da Libertadores de 2013, numa data que era do Governo de Minas e que previa esse tipo de benefício.
O então presidente achou que isso dava ao Cruzeiro o direito de não pagar as despesas dos seus jogos como mandante porque o contrato com o Mineirão prevê que qualquer vantagem que outro clube tenha jogando no estádio, ela estará automaticamente incorporada ao contrato cruzeirense.
A batalha judicial entre as duas partes já dura alguns anos e o Cruzeiro tem sofrido derrotas seguidas na justiça.
Limite
Samuel Lloyd garante que a situação tem chegado ao limite para o Mineirão: “A gente precisa que o clube se posicione. Ele simplesmente ignora nossas cobranças. Está chegando ao limite. Não podemos mais tirar do nosso bolso para pagar os jogos do Cruzeiro. É isso o que acontece. O Cruzeiro vai lá, joga, pagamos por toda a operação, segurança, limpeza, brigadistas, o clube vai embora com a renda líquida dele, sem pagar um real para a gente e falando que está indo super bem para o torcedor”.
A reportagem tentou contato com o vice-presidente jurídico do Cruzeiro, Fabiano de Oliveira Costa, mas ele não atendeu as ligações.
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