Recém chegado de giro pela Ásia e Oriente Médio, ainda meio tonto pelo fuso horário, mas com a criatividade intacta, o Mario Alaska, da 98FM, twittou bem cedo: @marioalaska “Dia de clássico, acordei cedo, fiz aquele café pra acompanhar o Globo Rural… Só depois fui ver que era sábado. Bom dia!”.
A frase funcionou como sugestão de pauta pra esta postagem:
A Globo paga caro para deter o monopólio da co-organização e transmissão do futebol brasileiro, envolvendo os campeonatos estaduais e nacional, além da seleção. Por isso, todos temos que engolir calados um Atlético x Cruzeiro, decisivo, num sábado. Ou um Grêmio x Internacional numa quarta-feira à noite.
Mas a Globo também tem quem manda nos rumos que ela toma: os números da audiência, verificados e projetados por incontáveis pesquisas de todos os perfis possíveis. E essas mostraram que o público se cansou. A atual fórmula dos estaduais se esgotou.
E para continuar pagando o dinheirão que ela paga às federações e aos maiores clubes, ela exige mudanças. Se é assim, continua valendo a velha frase, parafraseada pelo marqueteiro belorizontino Roberto Gosende: “manda quem pode; obedece quem tem conta pra pagar”.
Este assunto é discutido por nós aqui no blog há muitos anos e a memória eletrônica, infalível, confirma e nos remete a opiniões e sugestões interessantes de torcedores/leitores sobre o tema. Confira nestes posts, de 2011 e outro bem recente, 7 de abril, onde apresento uma sugestão, baseada em idéia de comentaristas aqui do blog.
Também sugiro a leitura do blog do sempre bem informado jornalista paulista Marcel Rizzo, que tem boas fontes nos bastidores do mundo da bola. E agradeço ao também jornalista e amigo montesclarense, Christiano Jilvan, que, via twitter, nos alertou para a coluna do Marcel no Uol sobre o assunto:
2011:
https://blog.chicomaia.com.br/2011/01/31/com-a-palavra-o-torcedor-formula-do-campeonato-mineiro/
2019:
* “Federações planejam mudanças nos Estaduais para manter acordos com a Globo”
Os principais campeonatos estaduais terminam neste final de semana e alguns não têm garantia de transmissão em 2020. Os contratos do Grupo Globo para o Campeonato Gaúcho e para o Campeonato Mineiro, por exemplo, valem até 2021, mas possuem uma cláusula de saída com o qual a emissora pode encerrar antecipadamente o acordo. A mudança no calendário anunciada pela CBF, que em 2020 diminuirá os Estaduais de 18 para 16 datas pode fazer com que competições com fórmulas mais atraentes sejam elaboradas e a transmissão interesse a emissoras e patrocinadores
Em Minas Gerais o Estadual também não usou 18 datas, mas 16, e Atlético e Cruzeiro decidem a competição neste sábado (20). O valor do contrato é próximo dos R$ 35 milhões, como o Gaúcho, e será necessário um formato mais atraente para agradar a Globo. Mesmo o Paulista, que tem um contrato mais gordo, total de mais de R$ 100 milhões e sem cláusula de saída, vai precisar alterar o regulamento para se adequar às 16 datas. Uma solução é manter o formato atual da primeira fase, com 12 rodadas…
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