Foto: twitter.com/Libertadores
Dorival Knippel, filho alemães, nascido em Corumbá-MT, apelidado de Yustrich, por causa da semelhança física com um goleiro do Boca, foi lutador de boxe, goleiro, e um treinador que marcou época no futebol brasileiro nos anos 1960/1970/1980.
Dirigiu alguns dos maiores clubes do Brasil e o Porto, de Portugal. Disciplinador, exigente com jogadores e dirigentes, grosso, arrogante e valentão, com histórico de agressões físicas e verbais a jogadores, repórteres e dirigentes.
Normalmente, seus times tinham ótimo começo, com prazo de validade de três a seis meses. A partir daí, a paciência principalmente dos jogadores se esgotava e os maus resultados prevaleciam e ele caía.
Foto: Almanaque do Cruzeiro
As duas únicas grandes diferenças dele para o argentino Sampaoli eram a estatura física e a esperteza para ganhar dinheiro com o futebol. Com seu 1,9 m de altura e porte de boxeador, intimidava seus interlocutores e ganhou a fama de mau, o “Homão”.
Sampaoli mede 1,67 e se fosse ganhar um apelido aqui em Minas, seria “Tampinha”, ou daí pra baixo, o que não deu a ele a condição de ser intimidador pelo porte físico. Yustrich pagou caro pelo temperamento e pelos inimigos que fez por onde passou. Quando entrou em decadência adotou postura de gente normal, mas aí era tarde. Não deu tempo de refazer amizades, pedir desculpas ou melhorar a mudar a imagem da prepotência. Morreu sozinho e sem dinheiro em Belo Horizonte, aos 73 anos de idade, depois de quatro meses internado, lutando contra um câncer. Só não foi enterrado como indigente porque o então presidente do Atlético, Afonso Paulino e o ex-presidente do América, Wilson Gosling, bancaram as despesas.
Sampaoli faz ótimos contratos, muito bem redigidos por seus agentes e advogados, tipo Eduardo Coudet. Quando seus times começavam derrapar ou quando quer sair, começa exigir reforços, criar casos e é demitido ou negocia a demissão, sempre é ótimas condições para ele.
No mais, as outras semelhanças entre o recém contratado técnico pelo Flamengo e o falecido ex-comandante do próprio Fla, Atlético, América, Cruzeiro, Corinthians e etecetera e tal, são as mesmas.
Sampaoli tem apanhado bastante da vida, apesar dos bolsos estufando de dinheiro. Quem sabe aprendeu alguma coisa da vida fora dos gramados? Se sim, pode se dar bem no Flamengo, porque realmente é um grande treinador e o clube carioca tem dinheiro para atender a todas as exigências e caprichos dele.
Foto: acervodocoelho.com.br/1948-campeao-mineiro
A propósito, breve teremos um ótimo livro sobre o Yustrich, de autoria do jornalista gaúcho José Luiz Costa, ex-jornal Zero Hora, que está pesquisando há quase cinco anos, inclusive esteve em Belo Horizonte, conversando com muita gente que conviveu com ele.
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