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Elias Kalil, o maior de todos, foi muito bem lembrado numa das mais importantes vitórias da história do Atlético

No dia 11 de novembro de 2017, após assembleia geral na sede de Lourdes, o presidente do Conselho Deliberativo do Atlético Rodolfo Gropen, informava: “- O nome, formal, da Arena MRV, vai ser Estádio Presidente Elias Kalil. Foi uma proposta de um conselheiro, que, todos presentes, aprovaram”.

Está na memória eletrônica de incontáveis veículos de comunicação do país.

Porém, cinco anos depois, em 11 de novembro de 2022, querelas pessoais e políticas do novo comando do Galo com o filho de Elias, e também presidente fantástico, porém prefeito na época, Alexandre Kalil, fizeram com que o nome original da Arena fosse “cancelado”.

Um absurdo, inaceitável, como tantos que ocorrem em Minas e no Brasil nas mais diversas áreas, e que, lamentavelmente, nenhum mortal comum tem poder para intervir.

Vida que seguiu, e ontem o nome do saudosíssimo Elias Kalil voltou a ser o nome do estádio do Atlético.

Pelo menos nas redes oficiais do River Plate, anunciando a escalação oficial, e na flâmula do clube, que foi entregue ao capitão do Atlético antes do jogo.

Um feliz equívoco do clube argentino, que não sabia que atualmente o estádio tem apenas o nome do patrocinador que comprou o direito de uso, a MRV.

Elias Kalil merece ser bem lembrado eternamente não só pela massa atleticana, mas por todo o mundo que gosta de futebol. Foi um dos maiores dirigentes a história do futebol, no conjunto da obra. Pensava à frente, pensava grande e desconhecia a mediocridade.

Este 3 x 0, uma das vitórias mais importantes da história do Atlético, foi no Estádio Presidente Elias Kalil

E o tempo passa depressa demais. Em dezembro vão se completar 40 anos que ele deixou a presidência do Galo, depois de dois mandatos consecutivos.

Em dezembro de 2020, o ótimo repórter Henrique André, atualmente na Itatiaia, fez uma reportagem sobre essa data, para o jornal Hoje em Dia:

Em 1985: há exatos 35 anos, Elias Kalil cumpria último dia como presidente do Atlético”

Elias Kalil, em seu discurso de despedida. Foto: Centro Atleticano de Memória

Henrique André

@ohenriqueandre

30/12/2020 às 12:20.

Há exatos 35 anos, chegava ao fim o mandato de Elias Kalil, um dos presidentes mais icônicos da história do Alvinegro…

https://www.hojeemdia.com.br/esportes/em-1985-h%C3%A1-exatos-35-anos-elias-kalil-cumpria-%C3%BAltimo-dia-como-presidente-do-atl%C3%A9tico-1.818311

Na posse, em 1980, Elias Kalil (esq.) tomava posse, sucedendo a Walmir Pereira, que também foi um dos maiores presidentes do Galo. Entre eles o governador Francelino Pereira. Ao fundo, o saudoso repórter Paulo Rodrigues, na época, da Rádio Capital. Foto: Centro Atleticano de Memória


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Comentários:
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  • José Cláudio disse:

    Para quem, de fato, conhece a História do Atlético, o nome oficial da ARENA MRV deveria ser, obrigatoriamente, JORNALISTA JOSÉ FRANCISCO MORENO NETO. Desse modo ficaria eternizado o eterno agradecimento dos VERDADEIROS ATLETICANOS a quem, indiscutivelmente, ajudou o clube sem se aproveitar dele.

  • AROLDO GERALDO FILOGONIO DIAS disse:

    Está uma vergonha a campanha que a Itatiaia, com toda sua equipe, sem tirar nome nenhum, estão fazendo contra Alexandre Kalil. Da vergonha ver jornalistas tão submissos aceitando uma situação dessa.

  • Mauro Lopes disse:

    Meu caríssimo Chico Maia, a realidade atual é que a grande maioria da torcida do Atlético alterna dois sentimentos com o nome Kalil, raiva e desprezo. E não é novidade para ninguém que tudo é fruto direto das famosas contra partidas que levaram o Atlético a gastar centenas de milhões de reais extras para construir seu estádio. Numa exigência sem igual no mundo, o Atlético teve que erguer até um viaduto. Todo torcedor atleticano tem a absoluta certeza que a derrota acachapante do candidato Mauro Tramonte no primeiro turno das municipais de Belo Horizonte foi determinada pela associação com o ex-prefeito Alexandre Kalil. É difícil duvidar dessa teoria. Tramonte liderou com folga durante meses todas as pesquisas de intenção de voto. Assim que formalizou o apoio de Kalil, experimentou uma queda vertiginosa. Não estou aqui me colocando a favor ou contra um dos lados dessa contenda. Estou apenas registrando a realidade que levou ao cancelamento da homenagem a Elias Kalil.

    • Jerônimo disse:

      Prezado Mauro,

      Esta é a “realidade” que os oligaRRRRcas querem que você acredite.
      Esta é a “realidade” que é boa para os oligaRRRRcas, pois os coloca como vítimas e o Kalil como algoz.
      Esta é a “realidade” que os oligaRRRRcas mandam os meios de comunicação (deles e que depende financeiramente deles e de suas empresas) disseminarem.

      1-As contrapartidas não foram determinadas pelo Kalil. Existe uma secretaria municipal de meio ambiente e uma secretaria de desenvolvimento urbano, que são obrigadas a seguirem a legislação vigente. Essa legislação restringia uma construção daquele porte, naquele local. Logo, para o Atlético construir um estádio ali…ele teria que fazer os investimentos necessários para amenisar as perdas ambientais, com o desmatamento de área verde e o assoreamenteo de nascentes, bem como fazer as obras viárias, para que o trânsito da via expressa e do entorno, não fosse afetado. Você acha mesmo que ampliar um viaduto já existente é uma exigência muito pesada e motivo para essa pirraça toda dos oligaRRRRcas ?

      O problema é que os oligaRRRRcas são banqueiros e estão acostumados a ganharem dinheiro fácil, com juros. Eles não estão acostumados a colocarem dinheiro do bolso deles para construirem nada. A choradeira é mais sobre o tempo de “payback” do investimento, do que do valor do investimento em si. Depois você pesquise sobre o Instituto Galo e o porquê ele foi constituído…você ficará de cabelos em pé.

      2- Sobre a campanha para a prefeitura de 2024 o Tramonte não foi prejudicado pelo Kalil. A verdade é que o Tramonte, por si só era um candidato muito ruim, sem expressão. Ele liderou as pesquisas apenas por ser um rosto conhecido e que estava na TV, todos os dias. Quando começou a campanha e todos os candidatos puderam expor as suas propostas e aliados…o jogo virou. O Tramonte se sustentava apenas na sua denominação religiosa para ter votos. O que aconteceu, então, para ele perder votos? Bom, o Nikolas Ferreira entrou de cabeça na campanha do Bruno Engler e conseguiu reverter muitos votos dos evangélicos. Simples assim.

      Depois você leia isso aqui e veja como o jogo já tem as cartas marcadas: https://www.cartacapital.com.br/blogs/daniel-camargos/a-eleicao-de-bh-ja-tem-um-vencedor-rubens-menin/

      E caso você não saiba, o jogo aqui em MG sempre foi assim:
      https://noticias.uol.com.br/politica/eleicoes/2016/noticias/2016/10/21/em-64-anos-radio-de-minas-gerais-elege-24-parlamentares.htm

      • Mauro Lopes disse:

        Prezado Jerônimo, acho que você também acredita na versão que outros oligarcas querem que você acredite. Também ouço a Itatiaia. E interpreto que fazem a campanha contra o Kalil por causa de tudo que foram obrigados a pagar para ter o estádio.
        – Você fala em legislações ambientais. No Brasil? Em Belo Horizonte? O país acabou de bater recordes de incineração de matas e florestas e a cidade é exemplo mundial de destruição do clima por causa, veja só, das construções de toda espécie que não param de subir em todas as direções. A área da Arena, na boca da Cidade Industrial, iria compensar as florestas de espigões do Belvedere, do Buritis, do Coração Eucarístico, do Caiçara, da Serra, do Funcionários, do Lourdes, da Cidade Nova, do Palmares etc etc etc etc etc?
        Secretaria é cem por cento subordinada ao Prefeito. No nosso país isso quer dizer: cala a boa e faça o que eu mando.
        – Você acha mesmo pouco construir um viaduto? O que você chama de ampliação foi sim a construção de outro viaduto muito maior, mais largo e seguro do que a carcaça velha que lá estava. Com as devidas correções em todas as vias vizinhas dos dois lados da Via Expressa. Eu conheço e afirmo, nunca existiu nada parecido na Arena da Baixada, no Beira Rio, na Grêmio Arena, no Allianz Parque, Itaquerão, Fonte Nova e nem nos futuros São Januário, Vila Belmiro e o Gasômetro do Flamengo. Aliás, não era só um viaduto. Estavam previstas várias outros obras de grande porte para arrumar a vergonheira de décadas do Anel Rodoviário na região da Arena.
        – Acho risível essa afirmação sobre o desastre do Tramonte. Não foi a primeira vez que a torcida do Atlético afundou o Alexandre Kalil nas urnas. Você acha que a campanha da Itatiaia contra ele é endereçada a quem, aos torcedores do Cruzeiro? Os links que você sugere apenas comprovam tudo que eu disse.

      • Alexandre (de Curitiba) disse:

        Onde assino?