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Depois do clássico e 11h32 de voo, Cruzeiro estreia com vitória no Campeonato Mineiro

Autor do gol da vitória, para mim, o francês/congolês Bolasie, mesmo aos 35 anos, foi uma das melhores contratações do Cruzeiro para este ano (Foto: x.com/Cruzeiro)

Parece um “feito” bonito não é? Mas quando estiver no meio das disputas importantes do ano, como o Brasileiro, Copa do Brasil e Sul-americana, haverá muitas reclamações contra o “calendário” do futebol brasileiro, cansaço, desgaste, contusões e essas coisas.


Aliás, o próprio técnico Fernando Diniz, que falou bem da estadia na terra da Disney na semana passada, já reclamou logo após o 0 a 0 com o Atlético, ainda no vestiário do Inter & Co Stadium.: “De fato, não podemos chamar isso de pré-temporada. O calendário brasileiro é muito ruim e conseguiu ficar ainda pior”.
Do Aeroporto Internacional De Orlando (MCO) ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves (CNF) são 11h32 de voo.

E manchetes como essas em jornais e portais: “Cruzeiro entrará em campo duas vezes em menos de 24h”; “Cruzeiro desembarca em Confins horas antes de estreia no Mineiro”; “Após enfrentar o Atlético, em Orlando, pela FC Series, o Cruzeiro volta a campo neste domingo”.


Depois do 1 a 0 sobre o Tombense, gol do Bolasie, aos 34 minutos de jogo, esperto e prevendo turbulências breve, Fernando Diniz reclamou de novo: “Vou reclamar de novo do calendário, porque não tem a mínima lógica jogar nos EUA ontem, clássico, e chegar hoje no hotel às 10h da manhã para poder jogar no mesmo dia. Os Jogadores estão de parabéns pela superação”.


E, pasmem, amanhã a delegação entra em avião novamente: para jogar em Brasília, quarta-feira, estádio Mané Garrincha, contra o Athletic, que vendeu o mando de campo para atuar lá, já que o seu estádio em São João Del Rey não fica pronto.


Cruzeiro e Atlético erraram ao aceitar essa aventura de “pré-temporada” nos EUA. E concordo com o comentário do Gilberto Costa, de Montes Claros, sábado, aqui no blog: “Nenhuma surpresa ter nosso maior clássico marcado para uma semana após o início dos treinamentos, pois os dirigentes de ambos os clubes nada entendem de futebol. E o pior é que, segundo consta, os dois clubes estão pagando para se apresentarem nos EUA, a título de publicidade”.

Os times no 1 a 0 de ontem no Mineirão:

Cruzeiro: Cássio; Fagner, Jonathan Jesus, Lucas Villalba e Kaiki Bruno; Walace (Fabrizio Peralta), Lucas Silva (Vitinho) e Christian (Rodriguinho); Marquinhos, Tevis (Lautaro Díaz) e Yannick Bolasie (Matheus Henrique). Técnico: Fernando Diniz

Tombense: Matheus; Júlio Henrique, Roger Carvalho (Breno Roma), Diego Guerra e Dudu Mandai; Lucas Santos (Albert Souza), Rickson e Pedro Oliveira (Diego Fernandes); Cleiton, Anderson Ligeiro (João Vitor) e Douglas Coutinho (Jefferson Renan). Técnico: Raul Cabral

Público: 16.492
Renda: R$ 431.593


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Comentários:
6
  • Paulo F disse:

    Não tô entendendo as reclamações do Diniz, ninguém obrigou o crucru a participar da copa Mickey, as datas do mineiro já estavam estabelecidas há meses.

  • STEFANO VENUTO BARBOSA disse:

    Esse torneio nos EUA foi a coisa mais sem propósito do universo, expor jogadores a um clássico, jogadores que mal voltaram de férias. Mas essa desculpa do Diniz não cola. Era só montar um time misto com jogadores que tiveram uma participação menor, para vencer a poderosíssima Tombense.

  • Marlon Caldeira Brant disse:

    Chico, bom dia mais uma vez. No final da década de 80 e começo da década de 90 lembro-me de ir na casa do meu irmão Glicério e irmos a Toca da Raposa 01, em frente ao Parque Ecológico assistir aos treinos da pré temporada. Como ele mora até hoje no bairro Paquetá, que fica quase atrás da Toca ia na casa dele fazer uma visita, já serrava a boia e depois saiamos para ver o treino de cima dos murros. Tinha um Senhor de nome Eustáquio que sempre vigiava os murros para ninguém pular, mas ele dava moral e ficávamos ali horas e horas vendo os caras treinando. Hoje, nem pre temporada tem, tudo está uma zorra, jogador fazendo ate 80 partidas no ano e sempre temos um ou mais atletas estourados antes do fim do ano. O calendário é esdruxulo, mas fazer o que, o importante é que ” a grana que vai entrar.” e fim de papo. Ainda bem que este Frances/Congolês tem se mostrado uma das maiores contratação do time. Vamos aguardar, mas para mim disputaria o tal “Mineiro” com o sub 20, que acabou de ser eliminado da Copa SP. Veja bem, dupla Rapogalo vai pegar 8 milhões de patrocínio da FMF, mas lá em SP o Novo Horizontino fechou contrato com a BET7K para receber 20milhoês ao ano de patrocínio na camisa e vai receber da FPF mais de 10 milhões para disputa do torneio. Cara, tem alguma coisa errada em MG, nem vamos citar Palmeiras, Santos São Paulo e Corinthias…….Com a palavra a família ARO

  • Alisson Sol disse:

    Todo clube do mundo hoje sabe que precisa expandir a marca. Ou acham que times de futebol americano foram jogar em São Paulo para “fazer uma viagem”?

    O mercado de Cruzeiro e Atlético-MG nos EUA é enorme. Há muitos mineiros expatriados, e descendentes que continuam a torcer pelos times. O tiquete no mercado secundário para o jogo entre os times no EUA estava entre $40 e $1000 dólares. Isto fora a venda de camisas, outras lembranças e fincar a marca no mercado futuro. Duvido e muito que os clubes “pagaram para jogar”.

    E ainda não entendo esta bobagem de jogador de futebol “cansado” por jogar a cada três dias. Jogador de basquete joga 6 vezes por semana, toda semana durante toda a temporada! Só que o sujeito, no dia de descanso, vai … descansar. Não vai para pagode, festa, etc. Já pensou se todo cidadão fosse declarar que está cansado da profissão que exerce!

  • Júlio Soares disse:

    Faltou planejamento, por que não entrou com um mistão?