Amigos, estou de volta a Belo Horizonte.
Este é um post paroquial, ou seja, interessa diretamente a todo setelagoano, ou quem mora lá, ou é de alguma das cidades daquela região.
Mas, interessa também a todo cidadão brasileiro que já lutou na vida para alcançar um objetivo pessoal e profissional.
Para toda cidade, pequena, média ou grande, que sonha com um futuro melhor para sua população, especialmente para os jovens, cada dia mais nas drogas e na criminalidade, muito em função de falta de perspectivas de futuro sustentável.
Escrevi ontem, para o nosso jornal SETE DIAS, que circula hoje em Sete Lagoas e região:
Chico Maia
De Comandatuba-BA
A Iveco e o novo ciclo sustentável da economia regional
A Iveco está reunindo, desde terça-feira, até domingo, parceiros de todo o país e América do Sul, no Hotel Transamérica, na Ilha de Comandatuba-BA, para a apresentação do seu mais recente produto, o caminhão Stralis 460NR Eurotronic, com o que há de mais avançado na tecnologia mundial.
Os detalhes deste novo caminhão os senhores verão no próprio SETE DIAS e na imprensa nacional. Para mim, que sou nascido e criado em Sete Lagoas, o mais interessante disso tudo são as transformações positivas que a empresa vem operando na região. E que a nossa cidade é o berço de todas essas ações, com benefícios gerados.
A Iveco convida para eventos como este, representantes de todos os segmentos internos e externos envolvidos no processo. De operários aos mais altos executivos do grupo, fornecedores, concessionárias, representantes, imprensa e consultores das mais diversas áreas, de várias partes da América do Sul e outros continentes.
Nestes 10 anos de ótima convivência com Sete Lagoas, a Iveco agregou benefícios diretos e indiretos difíceis de mensurar.
Para ficar em um exemplo emblemático, cito o Carlos Eloi Barbosa Dias, chefe de seção no acabamento pesado. Nascido em Santana do Pirapama, atravessava de canoa o Rio das Velhas, andava 7 Km diariamente, entre Barra do Jatobá e a escola em Pirapama, para estudar.
Depois cursou a Escola Técnica em Sete Lagoas (Técnico Mecânico), trabalhou na Formin e quando a Iveco estava para chegar, apresentou seu curriculum. Dos primeiros contratados, menos de um ano depois estava sendo enviado à Itália para fazer cursos.
Seguindo a sua trajetória, mais dois irmãos foram trabalhar na Iveco e mais de 50 conterrâneos de Pirapama também trabalham na empresa, indicados por ele.
Neste tempo, Eloi, formou-se em Administração pelo UNIFEMM (2007), e fez Pós-Graduação em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina.
Assim como ele há muitos outros exemplos de outras cidades da região e principalmente Sete Lagoas, como o Magno Galeno, do Bairro Manoa, há um ano na Iveco (acabamento); Alexandre Cruz, Bairro Jardim Europa, sete anos de empresa (pintura); Alex Carvalho, do Nova Cidade, seis meses de casa, funilaria; Lemuel Santiago (filho do Pastor Humberto Santiago, da Igreja Batista Aliança), de Belo Horizonte, que adotou Sete Lagoas com a sua cidade para viver.
Há também aqueles que fazem o caminho inverso de tantos jovens setelagoanos, da minha geração, que tinham de buscar oportunidades fora da terra natal, por absoluta falta de mercado na cidade. É o caso do Emiliano Oliveira, do setor de tecnologia, que pega estrada todos os dias, de Belo Horizonte para Sete Lagoas, porém, com planos de mudar-se, para evitar estrada diariamente e curtir a qualidade de vida que ainda temos.
E há, também, exemplos italianos, paulistas e de outros lugares do mundo que já estão morando em Sete Lagoas ou procurando imóveis para alugar ou adquirir. Resumi estes casos regionais porque mostram a realidade de qualquer um de nós, nascidos em Sete Lagoas, na região ou vive nela há muitos anos.
A Iveco representa hoje para a cidade, em termos econômicos e sociais, o que foi a Rede Ferroviária Federal no início do Século XX, quando houve um salto em desenvolvimento sustentável.
O pirapamense Carlos Eloi (em pé, de boné à esquerda) entre Alexandre,
Lemuel, Alex, Magno e Emiliano Apolinário, que inclusive é sobrinho de um dos grandes fotógrafos da imprensa mineira, o Célio Apolinário.
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