Credenciado pela Fifa, hoje voltei à realidade e estou no Rio de Janeiro, no sorteio dos grupos das eliminatórias da Copa de 2014.

Um evento grande, na Marina da Glória, que reúne todos os países filiados à Fifa e autoridades políticas e esportivas de várias partes do mundo, além de jogadores atuais e ex-craques.

Lá fora o pau quebrava, com a polícia tentando dispersar manifestantes que fizeram movimento de protesto contra Ricardo Teixeira, pedindo a sua saída da presidência do comitê organizador e da CBF.

Ele, nem aí!

 Uma festa quase 100% carioca, preparada e apresentada pela Rede Globo, com a CBF. 

O governador do Rio, Sérgio Cabral, e o prefeito da cidade, Eduardo Paes, fizeram discursos; Zico, Zagallo e Felipe Bastos, jogador do Vasco ganharam destaque.

Tá certo, o governo do Rio gastou R$ 26 milhões nessa brincadeira e precisa se justificar perante a população, que está cobrando.

Cabral disse que fica mais barato gastar essa quantia do que pagar propaganda no mundo inteiro.

Uai! Mas o Rio de Janeiro precisa de propaganda lá fora? 

Não cariocas também subiram ao palco, porque afinal a Copa é do Brasil, né, e não tinha jeito de deixar São Paulo de fora, por exemplo. O meia Lucas, do São Paulo e Neymar e Paulo Henrique Ganso, do Santos, foram entrevistados pelo apresentador oficial, Tadeu Schimit, assim como Bebeto, representando a Bahia, apesar de ter feito a vida no Rio, e ocupar até cadeira de deputado estadual aqui atualmente.

Claro que Ronaldo também não podia faltar e foi chamado de Romário, pelo Tadeu, que corrigiu a tempo e pediu desculpas.

E óbvio, Zico, tinha de estar presente. Com muita justiça, porque este sempre foi um exemplo positivo.

Dona Dilma Roussef, deu as boas vindas ao mundo, e ela é mineira, nos representa bem, não é!?

Assim como Pelé, na mesa principal, o mais ovacionado pela plateia, de mais de duas mil pessoas, entre convidados e jornalistas.

Há mais colegas do exterior do que brasileiros, como era de se esperar.

Outra mineira nos representou bem, dando um show ao lado do Ivan Lins: Ana Carolina, com o seu vozeirão.

Em seguida, Ivete Sangalo, baiana autêntica, legítima representante do Nordeste.

Estes shows rápidos, de duas ou no máximo três músicas por cantor, precisam acontecer, para que a cerimônia não fique muito chata.

Entre o sorteio de um Continente e outro, há uma curta entrevista com jogadores e ex-, que tiram os papéis da cumbuca, e em seguida uma apresentação artística.

Na exibição do filho do maestro Tom Jobim, o pai e Frank Sinatra roubaram a cena, com a imagem deles nos telões, cantando juntos, o fino da bossa nova.

 Não sei porque eventos grandes como este não feitos em um auditório específico, de um dos centros de convenções do Rio.

Preferem montar barracas gigantescas, certamente muito caras, porém, nem sempre funcionais.

Uma ventania que varreu essa região do Rio derrubou placas em volta do centro de imprensa e balançou tanto a estrutura do auditório principal que muita gente se assustou, pensando que o teto iria desabar.

Mas, deu tudo certo e foi dado o chute inicial para 2014!

A Rússia montou um belo estande na Marina da Glória divulgando a sua Copa, de 2018

A ventania derrubou placas de aço que cercam o evento na Marina da Glória

Ao invés de um auditório fixo, preferem montar tendas gigantes e nem sempre funcionais como estas

O ambiente do auditório principal parecia uma boate

Shows rápidos como o de Ana Carolina e Ivan Lins, ajudam a quebrar a monotonia

Jogo de luzes também na tribuna de imprensa do auditório principal

Mais jornalistas do exterior do que do Brasil

Foi um bom chute inicial em termos de organização. Funcionários envolvidos e voluntários gentis, bem informados e tudo em ritmo dos melhores eventos feitos pela Fifa