Sempre haverá uma justificativa para maus resultados, corretas ou não. Mas quando as coisas não vão bem as “explicações” ficam desencontradas, dentro do próprio grupo, onde cada um acha uma coisa e muita gente fala ao mesmo tempo, sem ter certeza de nada.
Ou então, culpa-se o árbitro, mesmo que seja em três jogos seguidos. Mais fácil do que assumir uma ou mais falhas do próprio goleiro, uma zaga vacilante e a demora em definir um time.
Joel Santana conseguiu cinco vitórias comandando o Cruzeiro. Depois de tirar a invencibilidade do Corinthians foi chamado de gênio por causa da formação do meio campo que surpreendeu ao adversário. Houve até quem usasse a velha, ridícula e pobre de consistência frase “nó tático” do Papai Joel no Tite.
Mudança
Na terceira derrota sob seu comando, contra o Botafogo, Joel foi vaiado e chamado de burro pela torcida e por 20 mais comentaristas. O gênio virou uma besta de uma hora para outra.
As vaias aumentaram depois das substituições do Gilberto e Fabrício, mas quem vaiou não sabia que o Gilberto já tinha manifestado verbalmente cansaço ao treinador e que Fabrício estava sentindo dores, também querendo sair. Joel pediu a ele que fosse até quando aguentasse.
Foi mal
Roger apagou incêndio com gasolina, ao dizer dizer que o “Cruzeiro ainda não se adaptou à filosofia de Joel Santana”. Coincidentemente, na capa da revista Placar deste mês, voltada a BH, o técnico cruzeirense, pede, “Me levem a sério”. A instabilidade do Cruzeiro não é culpa do Joel, como não era do Cuca. É um time cuja data de validade está vencendo, se já não tiver vencido. Alguns grandes jogadores, porém, cavalos cansados, que se machucam com frequência ou já não aguentam correr como em tempos atrás.
Foco errado
Dorival Júnior preferiu jogar, de novo, a culpa da derrota na arbitragem, agora do Sandro Meira Ricci: “Ele, árbitro, desequilibrou. Estamos tendo contra o Atlético erros constantes, que têm nos tirado pontos importantes. E aqui não é chorar, não. Não é lamentar, não. É uma constatação.” Não vi o Meira Ricci errando ao ponto de prejudicar o Galo. Mesmo depois de rever o lance na TV, não tenho convicção se houve falta do atacante do Palmeiras que originou o segundo gol verde.
Convicções
Estou convicto que o goleiro Giovani falhou feio no 1 x 0 do Palmeiras, também no terceiro palmeirense. Claro que o Dorival não vai reconhecer que a cada jogo um ou mais de seus jogadores entrega a rapadura, e nessa toada o Atlético vai marcando passo na classificação. Bola pelo alto na zaga atleticana é um suplício. Berola e Wesley entraram bem no jogo.
Dá não!
Neste sábado perdi minhas ilusões em relação a briga pelo título por um dos nossos clubes. O Atlético tem demonstrado raça, muita vontade, mas nem sempre “querer é poder”. Sem um elenco mais qualificado fica difícil. Tá certo! O Campeonato ainda tem muita bola pra rolar, e com muito boa vontade e fé, dá pra dizer que Atlético e Cruzeiro vão lutar por uma vaga na Libertadores.
Mais uma
Quando eu enviava a coluna, aos 17 do segundo tempo, o América pedia de 2 x 1 para o Coritiba, com poucas chances de reverter o quadro. Lamentável!
* Estas e outras, amanhã em minhas colunas no O Tempo e Super Notícia!
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