O futebol e seus mistérios, incluindo suspeições, é muito parecido no mundo inteiro.

Dois fatos no futebol internacional hoje que nos remetem a exemplos brasileiros:

O poderoso Bayern Munich perdeu na estreia do Campeonato Alemão, em casa, e hoje jogou na casa do adversário, contra o Wolfsburg, que logo no início do jogo fez 1 x 0.

A festa durou pouco porque o árbitro e o bandeira viram um impedimento que ninguém mais viu.

Jogo duro, bom de se assistir, e aos 46 do segundo tempo o brasileiro de Alagoas, Luiz Gustavo, fez o gol da vitória do Bayern.

Lá, também os árbitros pendem pelo mais forte ou mais famoso.

O outro exemplo vem da França. O Paris Saint Germain, agora controlado por milionários do Qatar, continua sem vencer no Campeonato, apesar de ter sido o clube europeu que mais investiu para esta temporada: 85 milhões de euros!

Mostra mais uma vez, que não é só dinheiro farto que monta times vencedores.

Mais sobre o jogo do PSG e os milionários investimentos feitos para esta temporada, no site do SuperFC e depois na edição do dia 6, da Folha de S. Paulo:

* “Em partida válida pela segunda rodada do Campeonato Francês, o Paris Saint Germain sofreu um gol quase nos acréscimos do segundo tempo e ficou apenas no empate diante do Rennes. Como perdeu para o Lorient na estreia da Ligue 1, o PSG segue sem vencer e ocupa a 14 colocação no torneio nacional.

A equipe da capital francesa saiu na frente com gol do atacante Gameiro, aos 28 minutos do segundo tempo. Porém, já aos 43 da etapa final, Jonathan Pitroipa anotou para o Rennes. Ainda sem perder na competição, Toulouse, Caen e Saint-Étienne seguem na briga pela ponta com o primeiro levando vantagem no saldo de gols.”

* “PSG esbanja com milhões do Qatar”

FRANCÊS
Com Leonardo, clube se torna o mais gastador da Europa

DE SÃO PAULO

O país-sede da Copa de 2022 conseguiu desviar para a França a rota das contratações milionárias, normalmente concentrada em Itália, Espanha e Inglaterra.
Após a venda de 70% de suas ações para o Qatar Sports Investments (QSI), fundo de investimento do governo qatariano, o Paris Saint-Germain se intrometeu entre os ricos e virou o clube mais gastador da Europa.
O time da capital levou para a França o goleiro da seleção italiana Salvatore Sirigu, o volante da Juventus Mohamed Sissoko e o meia-atacante Jérémy Ménez, da Roma.
Mas sua grande vitória foi bater o gigante Chelsea, que também possui um proprietário bilionário e disposto a gastar muito pelo argentino Javier Pastore, do Palermo.
O meia era um dos jogadores mais desejados do mercado europeu nesta temporada e acabou acertando com o PSG por € 42 milhões (R$ 93,6 milhões), segundo negócio mais caro da atual janela.
A transferência já foi confirmada por Pastore, mas não pelo clube. Há a possibilidade de ele ser apresentado durante o jogo de estreia no Francês, hoje, ante o Lorient.
Com a confirmação do negócio, o PSG será o recordista de gastos em toda a Europa nesta pré-temporada, com € 85 milhões (mais de 193 milhões). O valor representa mais de 52% do gasto dos times franceses com reforços.
Quem controla o projeto do clube, campeão nacional pela última vez em 1994, é o brasileiro Leonardo, que deixou de ser treinador da Inter de Milão para virar manager.
Ele tentou levar para Paris os meias Ganso e Lucas. Pelo menos por enquanto, os petrodólares que, segundo o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, “compraram a realização” do Mundial-2022, não foram suficientes para isso.
O PSG não é o único clube europeu recém-elevado de patamar pelas montanhas de dinheiro vindas do Qatar. O Málaga escapou do rebaixamento na temporada passada na Espanha após passar para as mãos do empresário Abdullah Al-Thani.
Na atual janela, gastou mais até do que os dois hegemônicos clubes do país, Barcelona e Real Madrid. Agora, quer fazer frente a eles também em campo. (RAFAEL REIS)