Alisson Sol disse:

Depois de muito tempo, pude assistir ao vivo um jogo da seleção brasileira, devido à transmissão da Univision para a comunidade mexicana nos EUA. A transmissão em si foi excelente: repórteres e comentaristas que entendem de futebol e apreciam o tão famoso “Jogo Bonito”. Os comentaristas são praticamente fãs dos nomes brasileiros, mas não deixam isto influenciar seus comentários. Por exemplo: após Neymar chutar pela enésima vez exatamente do mesmo jeito no meio do gol, o comentarista claramente disse: “Ele limpa bem, abre o espaço, mas para chutar deste jeito toda hora, melhor procurar outro companheiro melhor colocado ou melhor na finalização“.

O jogo em si foi horroroso. Duas seleções que não conseguem tocar a bola sem produzir erros de passe que eu teria vergonha de cometer. Talvez seja algo com a bola, o campo, etc., mas eu não consigo mais entender como um jogador de seleção erra um passe de 3 metros. De pensar que o passe do Cerezo na Copa de 1982 é assunto de Wikipedia, apesar de ser um passe de dezenas de metros em que 3 jogadores de Brasil podiam ir na bola. E hoje, os sujeitos não conseguem dar um passe de 3 metros…

Ao final, fica o aprendizado de que quem tem talento resolve. É preciso dar chance ao talento de estar lá quando a oportunidade surgir. A falta que o Ronaldinho Gaúcho cobrou é mais uma daquelas para entrar para a História, independente de opiniões sobre ele como pessoa (e olha que ele poderia dar aulas de humildade para o rapaz que veio de troco quando o Cruzeiro vendeu o Guilherme, e hoje cria casos no Palmeiras). Era hora do senhor Dunga repensar o que fez…