Até os anos 1980 a Europa levava os principais clubes brasileiros e argentinos para disputarem os torneios de verão e amistosos das pré-temporadas. Era comum Atlético, Cruzeiro e demais grandes se cruzarem em aeroportos, antes e depois de enfrentarem Barcelona, Roma, Milan, Inter, Manchester United e City, Liverpool, Paris Saint-Germain, Hamburgo, Benfica, FC Porto e tantos outros.

Depois, os europeus passaram a importar em massa nossos principais jogadores, e com um marketing internacional perfeito, dominaram a cena mundial do futebol.

Hoje vemos crianças e adultos em grandes e pequenas cidades de qualquer parte do mundo, vestindo as camisas deles.

Agora há pouco, na Vila Pan-Americana, em Guadalajara um retrato desse domínio: no horário de Barcelona x Viktoria Plzen (da cidade de Pilsen e da cerveja, na República Tcheca), pela fase de grupos da Champions League, os televisores estavam sintonizados nessa partida. Mesmo com várias disputas do Pan em andamento.

Nunca tinha ouvido falar desse Viktoria Plzen, mas a cidade de Pilsen, tive o prazer de conhecer ano passado:

Legal demais da conta, apesar do gelo que estava. Cada bar de causar inveja, com a melhor cerveja do mundo…

E, óbvio, fui conhecer a fábrica da mais famosa…

Cuja entrada da primeira unidade construida é essa aí, onde hoje é um memorial.

Mas, voltando ao Pan:

Em Guadalajara discute-se os campeonatos europeus em pé de igualdade com o mexicano. Quando pergunto a alguém sobre o Brasil, lembram do Santos, do Pelé, que continua endeusado por aqui.

Por causa do idioma, conhecem mais, na América do Sul, os argentinos River Plate e Boca Juniors.

Em compensação os jogadores brasileiros são muito mais famosos aqui do que qualquer argentino. Claro, os que jogam na Europa. Pouca gente já ouviu falar de Neymar, mas Robinho ainda é tido como candidato a “sucessor de Pelé”.

Perguntei ao engenheiro civil tapatío (que nasce em Guadalajara) Javier Santena, qual o jogador brasileiro que ele mais conhece: “Messi”, respondeu.

E se assustou quando eu disse que “este é argentino!”.

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