Dois amigos da imprensa escreveram sobre o tratamento da imprensa dado ao Reinaldo.
Publico na íntegra, do Luiz Carlos Alves, e do Fernando Rocha, do Jornal do Vale do Aço, de Ipatinga:
“Chico,
Estivemos com o Rei outro dia, eu e o Ronan Ramos, em Nova Lima, quando ele se tornou Cidadão Honorário da cidade. Fomos como amigos, convidados dele. Ao me entregar o convite, depois de uma pelada com ex-jogadores e a boa turma do juiz de direito Geraldo Rogério, no antigo campo do Renascença, Reinaldo estava feliz por ter jogado e feito um gol. Irradiava uma alegria sincera, impar, singela. O mesmo semblante que resplandecia, dias depois, no belo teatrinho da antiga terra do ouro. Reinaldo estava em paz consigo mesmo (desculpe-me a redundância). Uma paz que não foi quebrada sequer pela imprensa, pois ela não esteve lá. Ninguém do rádio; ninguém da TV, ninguém dos jornais. Nenhum radialista, jornalista ou assemelhado. Espantei-me! Nenhum! Nem mesmo um desses que recorrem a ele quando as pautas de suas editorias exigem repercussão. Título justo de Cidadão Honorário para o Rei não dá audiência, né? Não vende, né? O que vende é a briga com o vizinho. Pois, é! Não fosse o seu blog e o empenho de um velho jornalista, conhecido nosso, para trazer os dados e conseguir as fotos, também para a TV BH News, nada seria publicado; nenhuma cobertura. Era noite de glória para o Rei. Para quê cobrir? Em Nova Lima, só estavam os amigos dele, sua família, o doutor Madruga (que o devolveu à vida) e os anônimos admiradores de seu talento. Não tinha sangue, BO, delegado ou carro de polícia, os ingredientes ideais para vastas matérias em torno de uma ou duas noites de um infeliz incidente, no Miguelão.
Chico, velho amigo e companheiro, ocupei sua paciência, de novo. Bastaria ter dito que seu texto eu gostaria de ter assinado, com a mesma indignação.
Aceite meu agradecimento pela sensibilidade e lucidez.
Obrigado, também, pela independência ao comentar esse último banquete, servido para gente com apetite de urubus e digerido por uma sociedade mordaz e cruel, típica de uma crônica de Nelson Rodrigues.”
LUIZ CARLOS ALVES
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Olá Chico. Faça das palavras do Luiz Carlos as minhas. Gostaria de ter assinado este texto. Parabéns. E será o tema principal da minha coluna amanhã no Jornal Vale do Aço. Um abraço.
FERNANDO ROCHA
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