Fui a duas grandes solenidades nesta noite de segunda-feira, onde havia dirigentes dos clubes, da FMF, autoridades do governo do estado, da prefeitura de Belo Horizonte e do Judiciário.
Primeiro, na entrega do Troféu Guará, no Buffet Catarina; depois na Câmara Municipal, onde o Coronel Martins, ex-comandante da Defesa Civil, atual Chefe do Gabinete Militar do governador Anastasia.
O assunto é um só: o comando do Estádio Independência nos próximos 27 anos.
Os dirigentes do Atlético, quase todos lá, não se manifestam, sob o argumento que não é de interesse do clube falar sobre isso agora. Alexandre Kalil diz apenas que o clube tem uma ótima equipe de advogados e administradores, que só age dentro da lei e que não dá tiro no escuro.
Os dirigentes do América garantem que há cláusulas no edital de licitação que impedem a vencedora de fazer acordos de co-gestão com qualquer clube da capital, inclusive o próprio América, dono do estádio. Estive com Marcus e Caio Salum, Dr. Francisco Santiago, Olímpio Naves e Teodomiro Braga.
O Cruzeiro estava no Guará com o alto comando: Dr. Gilvan, Zé Maria Fialho, Valdir Barbosa e Guilherme Mendes. Também foram apanhados de surpresa pela notícia, mas o presidente garantiu que se houver um anúncio oficial quanto a isso, vai arguir a legalidade, e caso os interesses do Cruzeiro sejam feridos, acionará a Justiça.
Conversei com funcionários do primeiro escalão do governo e especialistas em licitações, que conhecem todo o trâmite e os contratos que foram feitos, revogados e feitos de forma definitiva, entre o América, Estado e edital de licitação.
A maioria “tem certeza” que o Atlético poderia fechar um acordo desses com a BWA, a vencedora da licitação. Alguns, “tem certeza”, que a lei não permite isso.
Depois de quase ficar “rouco” de tanto ouvir, só cheguei a uma conclusão: vai ser pano pra muita manga!
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