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E o Muriqui, hein!? Foi parar no site da FIFA!

Na terra onde vão jogar Anelka e Drogba, ex-atacante do Atlético é a maior estrela. 

Do site da FIFA: 

* “Muriqui, a estrela maior da China”

(FIFA.com) Terça-feira 28 de fevereiro de 2012

MURIQUI

O francês Nicolas Anelka recorreru a metáfora cinematográfica para mostrar o quão confiante está em ter a companhia de Didier Drogba no futebol chinês. “É como quando você faz um grande filme. Quando uma estrela como Jackie Chan entra no elenco, Jet Li decide confirmar sua participação e outros atores passam a levar fé”, disse o ex-jogador do Chelsea, agora do Shanghai Shenhua.

O campeonato local realmente vai engrandecendo seu elenco de estrelas. Mas, por mais glamorosas que sejam as novas atrações, quem entra na temporada 2012, a partir de março, com o maior cartaz é Luiz Guilherme da Conceição Silva, o Muriqui. Ele mesmo, o brasileiro de 25 anos que ganhou o prêmio de melhor jogador do país no ano passado e também foi o artilheiro, com 16 gols, liderando Guangzhou Yiyao a uma campanha arrasadora pelo título.

Só não tente você convencer esse jogador de Mangaratiba, no Rio de Janeiro, a se convencer que seu futebol deva ser elevado a qualquer ponto de destaque, ao lado desses nomes consagrados. Ele ainda opta pelo papel de coadjuvante. “Meu principal objetivo é ajudar meu time a conquistar títulos. Depois que vou pensar no individual”, diz o atacante ao FIFA.com, durante pré-temporada na Espanha. “É bom ter seu trabalho sendo reconhecido, mas preciso continuar trabalhando para jogar bem.”

Dá até praia
Sobre o atacante revelado pelo Madureira não se sentir exatamente uma estrela no país em que vive há um ano e meio, pode se entender um pouco pelo ponto de vista de não querer se distanciar dos companheiros. Mas também é fácil assimilar o discurso por um viés geográfico: a população de Guangzhou é superior a dez milhões de pessoas. Normal se perder nessa multidão.

“Tem sido tudo bem tranqüilo. A população chinesa é muito grande. Você consegue passar despercebido em determinados momentos. Normalmente as pessoas que me reconhecem são as que acompanham o futebol de perto”, conta o brasileiro, que viveu a melhor fase de sua carreira brasileira pelo Avaí em 2007, tendo já defendido também Vasco e Atlético-MG, último antes de ampliar horizontes.

Ao topar a empreitada de jogar em um país bem distante do seu, Muriqui não sabia muito sobre o cenário que ia encontrar. Na verdade, nem isso. “Não conhecia nada do futebol”, admite. Mas isso significa também que, apesar da gigante diferença cultural que essa mudança envolve, mal podiam ele e a esposa imaginar que conseguiriam ir para a praia frequentemente. “Quando não tenho atividade pelo clube, ou fico em casa vendo filme, ou vou ao shopping. Mas tem boas opções de lazer. Procuro viajar para outros lugares, principalmente os que tenham praia. Durante boa parte do ano, faz muito calor. É uma cidade boa para morar.”

Sem máscara
Quando entra em campo, é hora, porém, de o atacante deixar a moderação de lado. Fica difícil, aliás, quando olha para as arquibancadas e vê milhares de Muriquis aplaudindo. Virou moda entre os torcedores do Guangzhou Yiyao o uso de máscaras que estampem seu rosto. “Vi pela primeira vez  só na Internet, mas não entendi muito bem o que estava acontecendo”, diz o atleta cujo clube tem a Liga dos Campeões da Ásia como prioridade na temporada. “Só fui ver o que realmente estava rolando quando cheguei ao estádio num jogo seguinte, e os torcedores estavam com as máscaras na arquibancada. É uma emoção muito grande.”

Diante desse sucesso de Muriqui no campeonato local, era natural que os demais clubes procurassem reforços no Brasil. Ainda mais depois que o argentino Dario Conca, ex-Fluminense, deixou seu Guganzhou ainda mais forte ao chegar durante a temporada, que terminou com 15 pontos de vantagem para o vice Beijing Guo’am.

O polivalente Jumar, ex-Vasco, o meia Davi, um dos destaques do emergente Coritiba, e o atacante Weldon, ex-Santos, Cruzeiro e Benfica, foram alguns dos últimos contratados. “Não acredito que seja devido ao meu rendimento, e, sim, pelo talento do jogador brasileiro. O Brasil sempre exportou muitos”, diz o atacante, novamente modesto.

Mas os reforços não se limitam aos compatriotas, algo que Anelka pode confirmar. Muriqui, do seu lado, não se sente intimidado. “Para o futebol chinês foi muito positiva a contratação do Conca”, cita como exemplo o argentino que se tornou um dos jogadores mais bem pagos do mundo. “Esperamos que os clubes possam investir cada vez mais”, completa. Para ele, ao contrário, então: que venham. Com ou sem máscara, é o astro a ser superado.

* http://pt.fifa.com/worldfootball/clubfootball/news/newsid=1590713.html?cid=twitter_voiceofthesite


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