O América está em vantagem nos preparativos para a decisão contra o Atlético, já que não tem compromisso no meio de semana. O técnico Givanildo pode trabalhar à vontade no CT Lana Drumond, e o departamento médico mais tempo para recuperar jogadores com algum problema.
O Atlético tem a pauleira contra o Goiás pela Copa do Brasil, dentro e fora de campo. Se passar vai para as nuvens e terá a força total da torcida, motivada e confiante. Em caso contrário, a pressão aumenta com cobranças intensas para cima de jogadores, comissão técnica e diretoria. É na base do “calça de veludo ou bumbum de fora”.
Técnica e fisicamente vejo os times equilibrados, com uma ligeira superioridade física do Coelho, de elenco mais jovem e menos contusões.
Essa volta ao Independência é uma oportunidade e tanto para o Atlético iniciar uma nova era, tendo como ponto de partida a Copa do Brasil.
A busca impressionante pelos ingressos mostrou que há uma expectativa positiva da torcida em torno disso. Chance de quebrar o tabu com o Goiás e avançar na competição, o que criaria um clima mais otimista em torno do novo estádio do Horto, que pode se tornar um caldeirão alvinegro. Se houver competência, os jogadores podem iniciar uma nova história, para eles e para o clube. Mas a recíproca é verdadeira: um fracasso aumentaria a desconfiança da torcida em relação a todos.
O Cruzeiro está diante de desafio parecido. Precisa superar o Atlético Paranaense na Copa do Brasil para levantar o astral interno e principalmente externo, já que a eliminação do Campeonato Mineiro reforçou a opinião dos mais realistas, de que o time é fraco para o Brasileiro; e acordou os mais apaixonados, que finalmente viram a fragilidade em várias posições, que podem comprometer a campanha na competição mais importante, que começa este mês.
Muita gente está estranhando os preços dos ingressos cobrados no Independência, mas trata-se apenas do começo da volta à realidade. Com a ida dos jogos para a Arena do Jacaré e outros estádios fora de Belo Horizonte, o torcedor se acostumou a pagar barato, já que essa era a forma dos clubes incentivarem o público a comparecer. O ingresso em Minas vinha sendo um dos mais acessíveis do Brasil, mixaria, em relação a Rio e São Paulo. Agora os clubes vão começar a recuperar os preços, visando não só investir mais na montagem dos times, como também arcar com o custo da obra, já que o Estado foi apenas o financiador desse luxo e modernidade do Independência. A conta começa a ser cobrada já!.
O questionamento é grande em torno dos possíveis motivos que levaram os melhores jogadores do Cruzeiro a cair de produção. Fábio em dois cruzamentos que originaram gols do América nos dois jogos da semifinal. Neste de domingo, então, a situação foi mais grave, já que a bola estava mais para ele que para o Alessandro ou Vitorino, que acabou marcando contra.
Vitorino não tem sido o mesmo zagueiro firme e decisivo dos seus primeiros meses de Cruzeiro, e Montillo não foi nem a sombra do grande articulador e finalizador que é, talvez devido a sucessivas contusões.
Até hoje não foi preso o marginal que agrediu a mãe do volante Dudu, do América, depois do jogo contra o Cruzeiro, domingo, na Arena do Jacaré. Como disse o Lélio Gustavo, ontem, na Itatiaia: “Um vagabundo, que não deve ter mãe!”. Ou como twittou o empresário Roberto Tibúrcio: “Depois de preso deveriam deixá-lo só cinco minutos a sós com o Dudu”.
A polícia precisar encontrar esse sujeito.
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