América e Atlético fizeram um grande jogo e o título continua imprevisível. Porém, tomara que o campeão, seja quem for, não se esqueça que ainda está muito frágil para as suas pretensões nacionais. Chegamos ao fim do Campeonato Mineiro e depois de tantos jogos tenho uma certeza e várias dúvidas.
A certeza: o América é o que está mais perto do seu objetivo. Tem time quase pronto para pensar em uma das quatro vagas da Série A para 2013. Precisa reforçar o seu banco de reservas.
Atlético e Cruzeiro são incógnitas. Não sou pessimista a ponto de dizer que vão brigar de novo para não cair, e nem otimista para acreditar que disputarão na cabeça.
O Galo, por exemplo, com Guilherme e Bernard, foi um time totalmente diferente ontem, contra o América, do que foi eliminado da Copa do Brasil, quinta-feira, pelo Goiás. Richarlyson, também foi bem contra o Coelho, mas abaixo da crítica contra os goianos. O goleiro Giovani falhou no gol contra o Goiás, mas ontem fez boa defesa em lance idêntico, num chute do Alessandro. Ou seja: instabilidade e elenco insuficiente são os grandes problemas do Atlético.
Curto-circuito I
Normalmente cobradora e crítica, a imprensa também vive seus problemas e o estádio Independência está sendo motivo de lavação de roupa suja, em público. Álvaro Damião reclamou no ar, pela Itatiaia, que a Associação Mineira de Cronistas Esportivos não está defendendo a categoria no que se refere às condições de trabalho. E com razão: internet, estacionamento, postos de trabalho…
Curto-circuito II
Álvaro Damião cobrou também o fato de o presidente da AMCE ser, ao mesmo tempo, assessor de comunicação do clube dono do Independência, o que gera conflito de interesses. Lembrei-me que Carlos Cruz teve discussões quase violentas com o Cel. Natal, então presidente da Ademg, na defesa da imprensa, quando a Arena do Jacaré estava prestes a ser lançada como a “nova casa do futebol mineiro”.
Pré-conceito
A indicação do árbitro alagoano Francisco Carlos do Nascimento para apitar o clássico causou estranheza geral. A dúvida quanto à competência dele para apitar esse jogo era absoluta. Um apitador “da terra do Fernando Collor de Melo?”. Pois, ele foi muito bem, assim como os auxiliares, o que comprova que competência e honestidade não têm nada a ver com origem geográfica.
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