Essa velha e surrada frase serve para definir a situação do Atlético no Brasileiro, e pelo que tenho visto a maioria dos atleticanos está enxergando dessa forma.
A bela campanha é conseqüência da manutenção da comissão técnica, mesmo com toda a turbulência do fim do ano passado; da aquisição pontual de bons jogadores para algumas posições, como Leandro Donizete para o meio, e Jô para o comando de ataque; de um craque especial, Ronaldinho Gaúcho, que foi um “negócio de ocasião”, e da resolução do crônico problema do gol. Para isso, primeiro foi contratado o treinador de goleiros do Grêmio, Chiquinho, que graças à sua amizade com o Victor, convenceu a ele que estava na hora de mudar de ares, e que a Cidade do Galo seria o ambiente ideal.
Com os recursos que a diretoria vinha dizendo que tinha para reforçar o time, essas aquisições foram feitas e Cuca está podendo trabalhar bem, jogo a jogo, o elenco e a estrutura que tem nas mãos.
Mesmo vencendo, como sábado, às vezes o time não faz grandes partidas, mas tem um elenco tão equilibrado que um erro é compensado por um grande acerto, e na média, a vitória sai.
Diferente de times que têm elencos comuns, como o próprio Atlético ano passado, quando jogava muito bem um tempo, ou 80 minutos, mas tomava um gol e perdia ou empatava porque não tinha forças para garantir o resultado positivo.
A diferença que Ronaldinho Gaúcho faz é clara e só não vê quem não quer enxergar. Não tem dado dribles ou arrancadas fulminantes como nos tempos do Barcelona, mas é só prestar atenção: o adversário destaca, no mínimo, dois jogadores para cuidarem dele, às vezes, três. Um no combate, um ou dois na sobra.
Quanto representa isso em um jogo, principalmente em competição acirradíssima como é o Brasileiro.
No Cruzeiro o que vejo é uma situação simples do futebol: a dificuldade de se montar um time durante a disputa do Campeonato. A começar pelo técnico e Celso Roth e os seus auxiliares diretos, passando pela maioria dos jogadores e até o diretor de futebol é novidade na Toca da Raposa para este Brasileiro.
O próprio Celso e a diretoria se surpreenderam com os ótimos resultados iniciais, pois era de se esperar mais tempo para que as vitórias convincentes começassem a chegar.
A defesa parou de tomar gols, o time voltou a vencer e chegou a liderar a competição. Mas novos jogadores continuaram chegando e os adversários mais pesados, como São Paulo, Inter e Grêmio idem. Além de serem da prateleira de cima, entraram em campo de olho no líder, que parecia ter voltado aos seus melhores momentos.
A falta de entrosamento e antigas deficiências se fizeram sentir e três derrotas consecutivas acenderam a luz amarela na Toca da Raposa. Nada de assustador, mas de atenção redobrada para nova correção de rumos.
O América está bem na busca do seu objetivo principal que é uma das quatro vagas da Série A 2013, mas a sua pretensão, mais que justa, é o título, neste ano do Centenário. Perdeu o Bruno Meneghel para o futebol chinês, mas não foi este o fator responsável pela derrota para o Goiás. O time não foi bem; o Goiás também é da prateleira de cima e jogar no Serra Dourada nunca é fácil.
Não pode vacilar é amanhã, em casa, contra o Guarantinguetá, que está lutando contra as últimas posições na tabela, e que virá babando por um início de recuperação no Independência.
Time cujo técnico é o Pintado, ex-capitão do Coelho, figura muito querida até hoje pelos americanos.
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