Faltando seis dias para acabar essa Olimpíada, a única medalha de ouro que o Brasil tem é responsabilidade da piauiense Sarah Menezes. Importante destacar o estado, porque ela está fora das benesses das verbas públicas e privadas da região sudeste, Rio e São Paulo principalmente.
Perguntada sobre o que fará com os R$ 100 mil de prêmio pela conquista, respondeu sem pestanejar: “comprar a minha casa própria”.
A mesma simplicidade da brasileira tem sido demonstrada por outros grandes nomes do esporte mundial, destacados nesses Jogos. Andy Murrai, o primeiro britânico a chegar à final de Wimbledon, depois de 74 anos, chorou copiosamente por não ter conquistado o título, mas agradeceu a todos pelo momento que estava vivendo. Um mês depois, ganhou a medalha de ouro, no mesmo palco contra o mesmo adversário, o suíço Roger Federer.
Agradeceu a todos de novo e manteve a mesma simplicidade.
Aposentado
O norte-americano Michael Phelps entrou para a história, em Londres, como o maior conquistador de medalhas olímpicas: 22. Só aqui, foram seis, em sete provas disputadas, sendo quatro de ouro e duas de prata.
Na primeira entrevista concedida após a derradeira conquista, disse que era também a última conversa com a imprensa como atleta olímpico, pois estava se “aposentando” ali, aos 27 anos de idade.
Agora vai curtir a vida e fazer o que a vida de atleta de alto rendimento o proibia: tomar suas cervejas, fumar os seus cigarros, varar as noites; coisas da juventude, pois ninguém é de ferro.
Subcelebridades
O comportamento da maioria das grandes estrelas do esporte mundial se confronta com o jeito de muitos brasileiros que chegam ao estrelato. Essa é uma realidade que conhecemos, mas que ganha reforço quando é comentada por alguém que está acostumado a conviver com subcelebridades verde e amarelas, e estrelas de primeira grandeza do mundo.
É o caso do jornalista Sérgio Utsch, mineiro de Lagoa Santa, formado no Uni-Bh, ex-Itatiaia, Band, CBN, Record e Globo, hoje correspondente internacional do SBT.
Sem moleza
Morando há um ano em Londres, depois de sete anos em São Paulo, Sérgio Ustch vive a experiência sonhada pela maioria dos colegas, mas que uma minoria consegue, de ser repórter internacional, especialmente numa megalópole, como a capital britânica. Mas a vida de correspondente não é fácil e o dia a dia, com muito trabalho e coisas pessoais é intenso e duro como de qualquer cidadão em qualquer atividade profissional.
BH no mundo
Com tantos deslocamentos pela Europa, Oriente Médio, Ásia e e missões esporádicas na África, Ultsch, destaca Belo Horizonte como uma das melhores cidades do mundo para se viver, e que voltará a morar na capital mineira algum dia. Em suas poucas voltas à cidade a cada ano, vê evolução em todos os aspectos, especialmente na população belorizontina, que fazem a cidade pulsar, com nascidos na cidade e no interior.
A cidade não é conhecida no exterior, mas todo estrangeiro que a conhece, é apaixonado e se torna relações públicas dela.
Visão de fora
Um belga, que vive em Londres; e um alemão que mora em Berlim, falam para todo mundo que Belo Horizonte é a referência positiva deles no Brasil. É o que conta Sérgio Ultsch, de amigos que fez aqui, que conheceram a cidade.
Com a visão internacional que tem, inclusive de grandes eventos, ele acha que a região da Pampulha será a menina dos olhos da mídia e dos estrangeiros em geral na Copa de 2014.
E que o local precisa ser bem trabalhado pois será descoberto naturalmente pelos estrangeiros.
Destino Pampulha
Sérgio Utsch destaca uma realidade que sinto em toda cidade que recebe eventos como Copa e Olimpíada: o “boca a boca” de quem chega é que define a região que será mais frequentada. A Pampulha tem tudo para se tornar este alvo em 2014 e 2016, não só pelo que já é, mas pelo Mineirão, um dos principais palcos tanto da Copa como do futebol dos Jogos Olímpicos do Rio’2016.
E esse público vai precisar de hotéis, restaurantes e outros receptivos e atrativos que façam valer a opção por ficar na região.
Sérgio Utsch com o também mineiro, de Caratinga, Ziraldo, na visita da presidente Dilma Roussef à Bulgária
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