Que outubro seja infinitamente melhor que setembro para o futebol mineiro, mas pelo menos para o América, já começou muito mal. Marcus Salum teve que se afastar temporariamente do futebol, para dar total assistência à esposa, que sofreu um acidente. Dr. Francisco Santiago é ótimo e acrescenta, mas o Salum fará falta demais, principalmente neste momento delicado do time.
Ave Alex!
No Cruzeiro o mês começou tendo o meia Alex como principal assunto. Dispensado pelo Fernebahce, fala que voltará a um dos clubes onde se deu bem: Cruzeiro, Palmeiras ou Coritiba.
Volta ao futebol brasileiro com 36 anos de idade, mas sempre foi um atleta cuidadoso com a sua extra-campo, sem excessos.
Seja para onde for, trata-se de uma aquisição de risco. Pode arrebentar, assim como também frustrar as expectativas. Mas o risco seria menor em um desses três clubes, onde ele já tem ambiente e contaria com paciência maior da torcida.
Se tiver “bala na agulha” para enfrentar os dois concorrentes, o Cruzeiro deveria encarar.
Bola de cristal
No Galo, o técnico Cuca disse que previa um setembro ruim, de baixa do time, considerada “normal” para ele. Não sei baseado em quê ele afirmou isso, mas agora acha que outubro será o mês da retomada das vitórias. Continuo sem entender a base tomada para essa previsão, mas fica a torcida para que esteja certo.
Explicações para momentos ruins são difíceis mesmo, até para os profetas do acontecido da imprensa. Agora é um tal de “eu falei”, “eu disse que isso ia acontecer”, e blábláblá…
Bairrismo exacerbado
Muitos colegas preferem culpar as arbitragens pelos empates e derrotas dos nossos times, mas esse bairrismo ocorre em todos os estados. Prestem atenção nos comentaristas do Rio, São Paulo, Sul e Nordeste. A maioria absoluta senta o bambu nos apitadores, mesmo nos lances onde há dificuldade de definição até nas reprises da TV.
No Grêmio 1 x 1 Santos os companheiros gaúchos acharam justa a expulsão do Neymar; os paulistas disseram que o árbitro quis “aparecer” ao expulsá-lo.
Mais bairrismo
Ano passado perguntei ao Carlos Alberto Parreira se ele sofria muito com o bairrismo da imprensa brasileira, e ele respondeu, na lata: “É o maior inferno para qualquer técnico da seleção; paulistas puxam para São Paulo; cariocas para o Rio; mineiros para Minas; sulistas para o Rio Grande e sempre foi e será assim”.
Sorte e azar
Muita gente gosta também de recorrer à sorte e ao azar para justificar desempenhos. Uma nota no O Globo de segunda-feira dizia que o Fred deu “sorte” para marcar o gol da vitória sobre o Flamengo, que por sua vez deu “azar” ao ver o Bottinelli perder o pênalti, defendido pelo Diego Cavalieri.
Nada a ver. Não é à toa que Fred e Cavalieri pertencem a um seleto grupo de profissionais muitíssimo bem pagos. É a famosa relação “custo/benefício”.
Se Deus quiser…
Esse tipo de argumento é o mesmo da maioria dos treinadores e jogadores: “se Deus quiser”; infelizmente “Deus não quis”; “Deus ajudou”…
Mas se esquecem que Deus está com todos, até com quem não acredita nele.
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