Quando a gente pensa que já viu de tudo no futebol, toma conhecimento de uma situação dessas.
Qual seria a sua reação se o presidente do seu time falasse em renunciar a títulos nacionais conquistados sob suspeita de armações extra-campo?
Como ficariam os jogadores e comissão técnica campeões?
Uma história muito louca, que parece roteiro de filme ou novela, mas que está ocorrendo na Colômbia com um dos clubes mais famosos do país e da América do Sul.
Considero tudo lamentável, inclusive essa ideia do presidente, já que suspeição não é certeza e todos que participaram das conquistas estão sendo desrespeitados.
Veja essa notícia da Folha de S. Paulo:
“Adversário do Palmeiras estuda abrir mão de títulos da era do tráfico”
O Millonarios, de Bogotá, estuda renunciar a dois títulos nacionais devido à influência de narcotraficantes nas conquistas. A direção do clube, 13 vezes campeão colombiano, afirmou que irá conversar com os torcedores e os antigos jogadores antes de decidir o que fazer
“Não se tomará nenhuma decisão sem antes levar em conta os acionistas, os diretores, as glórias da equipe e os torcedores”, informou o clube em comunicado.
A direção avisou que ainda não recebeu a proposta e que mantém o respeito por jogadores e técnicos que passaram pelo clube.
Na última terça, o presidente do Millonarios, Felipe Gaitán, lançou a ideia em conversas com jornalistas. Ele disse que os títulos questionados são os das temporadas de 1987 e 1988, período em que os principais traficantes do país investiam no futebol. O clube teve como dono o narcotraficante Gonzalo Rodríguez Gacha.
“É um debate ético, muito preliminar. Faltam muitas horas de análise, de discussão. Está sobre a mesa a discussão sobre a possibilidade de mantermos somente os títulos que de alguma maneira foram obtidos de forma legal”, disse Gaitán.
No comunicado, o Millonarios defendeu seu compromisso em melhorar o futebol colombiano e garantir a qualidade e a transparência do esporte. A proposta de Gaitán gerou polêmica e foi criticada pelos participantes das duas conquistas.
Técnico da equipe nos dois títulos, Luis Augusto García rechaçou a iniciativa. “Me parece uma infâmia que arranquem de nosso coração um par de estrelas que ganhamos com um grupo de jogadores e uma equipe de trabalho maravilhosos.”
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