Marcos Caldeira Mendonça disse:

Certa vez, entrevistando o Juca Kfouri, perguntei a ele: os árbitros são humanos e erram, mas por que em jogos de finais ou semifinais jamais erraram decisivamente em favor de times de Minas, Sul e Nordeste?
Só erram pró RJ/SP. Resposta dele: porque o rio corre pro mar.

O primeiro passo é historiar os erros decisivos pró Rio e São Paulo e dar ampla divulgação nacional. Mostraria a todos como Atlético, Cruzeiro, Inter, Brasiliense, Bahia e outros têm sido prejudicados ao longo da história.

A liga proposta seria uma união entre os clubes fora do eixo SP/RJ para servir de instrumento de pressão por lisura, transparência, etc. Sem lisura, pra que disputar campeonato? Pra servir de escada pros times cariocas e paulistas brilharem? Eles já são fortes por causa do poderio econômico de ambos os estados. Com árbitros ajudando e decisões tendenciosas em tribunais, ficam quase imbatíveis.

Minas, Nordeste e Sul, vou lembrar uma frase do grande Guimarães Rosa: cacunda de bobo é poleiro de esperto.

Marcos Caldeira Mendonça.

Marcão de Varginha disse:

– Então a disputa dos campeonatos brasileiros deu-se início na era dos pontos corridos? Se anda não sabe, tal era foi criada exatamente para isso: para corrigir injustiças, mas “parece” que isso ainda não aconteceu, meu caro! Basta ser realista e imparcial prá notar esses “detalhes”…

– Alguns pseudo-torcedores vivem numa redoma de vidro, usam máscaras (ou até óculos escuros) prá tapar suas sujeiras e incompreensões, usam viseiras prá serem eternamente coniventes, e ainda esquecem os demais e pensam ser “donos da razão e da verdade”! Sim, são mal humorados e ranzinzas, e também cegos pela bola, pela paixão clubística, e às vezes incapazes de raciocinar…

Herminio disse:

1996 – Após o fim do Brasileiro deste ano, Bragantino e Fluminense seriam rebaixados, mas em 1997 surge um suposto esquema de favorecimento de alguns clubes pelos árbritos. Mas antes mesmo de alguma conclusão sobre isso a CBF rasga o regulamento anulando o rebaixamento, o que mantém o Tricolor Carioca na 1ª divisão, que cairia em definitivo no ano seguinte.

1999 – O Botafogo (junto com o Internacional) ganha pontos no STJD e passa a frente do Gama, assim o clube do Distrito Federal cai no lugar do carioca. Foi o estopim para a criação da Copa João Havelange.

Herminio disse:

Tem gente ai que se esqueceu, ou nunca soube, do Campeonato Brasiliero de 1974…..

“Na partida disputada no Mineirão, em 24/07/1974, entre Cruzeiro e Vasco que terminou empatada, o Vice-presidente do Cruzeiro, Carmine Furletti, invadiu o campo de jogo e tentou agredir o árbitro Sebastião Rufino após um lance envolvendo Palhinha do Cruzeiro e Joel do Vasco na área do clube carioca. O jornal O Globo, em sua edição do dia 26/07/1974 publicou:
“Para Sebastião Rufino, Palhinha se atirou na o chão, encenando uma falta para tentar ganhar o jogo em seu final. Na súmula, o dirigente do Cruzeiro, Carmine Furletti, sofreu violenta carga. ‘Ele tentou agredir-me'”.
Os cruzeirenses alegavam que o artigo 59 não havia sido aplicado em outras oportunidades do mesmo campeonato, por isso, não deveria ser aplicado novamente. Mas na edição do dia 31/07/1974 do jornal O Globo, o presidente do Fluminense explicou o caso:
“O Regulamento visto pelo Flu
Explicação de Jorge Frias de Paula, presidente do Fluminense, para o fato de o artigo 59 do regulamento não ter sido aplicado antes: ‘nenhum clube se lembrou de recorrer em tempo hábil. Os regulamentos existem para serem usados, desde que alguém se lembre de usá-los”. [O Globo, p. 28, 31/07/1974)
Baseada, então, no regulamento, em razão do incidente de invasão de campo na partida anterior no Mineirão, a CBD, em comum acordo com os dirigentes do Vasco e do Cruzeiro determinou que a partida fosse disputada no Maracanã. Os mineiros conseguiram ainda a escalação de Wilson Piazza que estava suspenso por três cartões amarelos e foram muito criticados pela imprensa local por estarem interessados na maior arrecadação com o público no Maracanã.
Durante a partida, o juiz Armando Marques, que junto com Arnaldo César Coelho, anulou um gol de cada equipe, gerando mais polêmica.

Dudu GALOMAIO BH disse:

Eu até nem iria comentar este assunto, porque conhecendo bem o torcedor já previa que, para aqueles que interessam a derrota do Galo a qualquer custo, TODA E QUALQUER SAFADEZA está liberada, com o falso discurso “moralista” de que “o time perdeu para si próprio”, ignorando qualquer mazela do comando podre do futebol.

O Marcos Caldeira, de certa forma tem uma boa idéia, NÃO SOMENTE PELO OCORRIDO COM O ATLÉTICO ESTE ANO, mas sim pelo que sempre ocorreu no futebol brasileiro.
Mas o que me fez manifestar-me, foi o já tão esperado exemplo de arrogância da famigerada torcidinha azul, onde o autor do texto é simplesmente chamado de “coitado”, apenas por expressar sua idéia.

Ô povinho difícil meu Deus!

André Rosa disse:

Grande idéia! Mas o que me intriga é que somos sempre roubados e diretoria nenhuma toma providencia. Parece até quie os clubes vivem na dependencia da CBF.

Herminio disse:

Alguém então me explique a razão do fim dos torneio regionais?
Os torneios do Nordeste e Minas-Sul estavam levando mais público do que o rio-sp…estavam mais atrativos ou não foi por isso que acabaram?

rio-sp não sobrevivem sozinhos podem ter certeza!
e ainda quem sabe o pessoal das outras regiões deixem de ser achar cariocas ou paulistas?

Clayton - Só Boleiro do Nova Vista/BH disse:

Não adianta nada…

Aí, iniciaria uma briga de egos entre as regiões, o que prejudicaria ainda mais o já combalido Futebol Brasileiro.

O negócio seria “tentar” moralizar e aperfeiçoar a forma que aí já está.

Essa ideia aí, tá me cheirando mais a “mi…mi…mi…” !

Reinaldo disse:

Esse papo já está ficando chato, na libertadores veremos como será!!!!!!!

Stefano Venuto Barbosa disse:

Como fazer uma liga se a maioria dos clubes está presa com o contrato de televisão e time como o cruzeiro, já adiantaram cotas até do final dos tempos? Impossível isso aí. O negócio é se organizar e montar bons times. O Galo por exemplo esteve com a taça nas mãos, não fosse resultados ridículos contra times muito fracos, como o azulim nas enseada das garças, estaria com grandes chances de ser campeão.

Newton disse:

Caro chico Maia,

Já venho conversando com o Audísio sobre isso faz tempo.
Com certeza, é a única saída para os clubes fora do eixo Rio-SP e Globo.

Geraldo Alves disse:

Infelizmente nunca veremos os Times de Minas, Bahia, Do sul e Nordeste se unindo para serem mais fortes em relaçao aos cariocas e paulistas.
Rola muito dinheiro nos campeonatos.
Os times nao poderiam boicotar as partidas, ou seriam abandonados por seus patrocinadores, e o prejuizo seria enorme.

Mas bem que poderiam criar um outro torneio, sem RJ e SP.
Mas tambem acho que ha incompetencia da parte dos times…
Quando o time e bom, ganha de todos…

Rodrigo AR disse:

Excelente idéia, vinda do ótimo TREM. Jornalismo em Itabira é historicamente de uma qualidade excepcional.

Alisson Sol disse:

Em casos pontuais, há erros de arbitragem. Mas querer culpar isto pela falta de títulos fora de Rio e SP é puro despeito. Até porque quem olha os dados e vê os “vice-campeões” da era de pontos corridos verá a lista: 2003:Santos, 2004:Atlético-PR, 2005:Internacional, 2006:Internacional, 2007:Santos, 2008:Grêmio, 2009:Internacional, 2010:Cruzeiro, 2011:Vasco. Ou seja, em 9 campeonatos, foram 8 títulos do RJ/SP, mas 6 vices de fora (e este ano de novo a “História” vai se repetir).

Pontos corridos é regularidade, e isto é o que os times fora de RJ/SP não conseguem ter. Olhando os técnicos então, fica ainda mais evidente que há campeões de regularidade, como o Muricy Ramalho, e os jóqueis de equino guarani, como o Celso Roth e o Cuca. Quem contrata no começo do campeonato já sabe o que esperar.