O Sportv fez uma bela reportagem sobre o bom momento de alguns baixinhos no futebol brasileiro.
No Atlético, o “efeito Bernard” já pode ser notado no time júnior que está disputando a Copa Brasil da categoria.
Vários de baixa estatura física estão entre os titulares.
Do site do Sportv :
* “Bernard e Wellington Nem servem
de inspiração para outros ‘baixinhos’”
Rafinha, tratado como joia na base do Flamengo, tem apenas 1,64m e
quer ser um dos próximos com ‘esta estatura’ a brilhar no futebol brasileiro
Um foi eleito revelação do Campeonato Brasileiro do ano passado. O outro é forte candidato a receber o mesmo prêmio este ano. Além de jovens, Wellington Nem, do Fluminense, e Bernard, do Atlético, têm outra coisa em comum: são baixinhos. A dupla tem inspirado outros jogadores com a mesma característica que sonham brilhar no futebol, como o meia-atacante Rafinha, de 19 anos, da base do Flamengo (Assista ao vídeo).
– Se eles chegaram, eu também posso chegar – considera o garoto.
Tratado como joia na Gávea, o jogador tem 1,64m, mesma altura de Bernard e um centímetro a menos do que Wellington Nem. Além de baixinho, Rafinha é franzino (tem apenas 55kg), o que fez com que o departamento de fisiologia do clube preparasse um treinamento especial para que possa ganhar força e massa muscular. Nos últimos 40 dias, ele já ganhou três quilos, graças aos exercícios e suplementos.
Se jogadores como ele costumam ser mais rápidos, também são mais frágeis na hora do impacto. Esses trabalhos específicos também contribuem para que desenvolvam o equilíbrio do corpo e evitem as quedas, considerando que são alvos fáceis para os marcadores.
– Sou perseguido. No jogo passado levei uma cotovelada na boca. Passei dele (marcador) e ele deixou o braço. Eles fazem isso para tentar desestabilizar – diz Rafinha.
Bernard e Wellington Nem, ambos de 20 anos, também sofrem com a forte marcação. O jogador do Galo lutou para se desenvolver neste aspecto. Magrinho, ele precisou recorrer a tratamentos caros, com acompanhamento médico. Aos avaliar os resultados, Bernard vê muitos avanços.
– Quando cheguei ao Atlético, eles sabiam que eu precisava de uma melhora ainda. Teve um cuidado sobre musculação, suplementos, ajuda alimentar… nisso acabei tendo um crescimento. Devo a isso a resistência que tenho hoje em dia. São coisas que vêm me ajudando no meu crescimento – considerou.
Wellington Nem não gosta muito de malhar, mas sempre se preocupou com esse aspecto e acredita que a natação tenha contribuído para que evoluísse fisicamente. Eleito revelação do Brasileiro quando defendia o Figueirense, ano passado, ele continua a brilhar no Fluminense, para onde voltou após empréstimo ao clube catarinense. Mesmo no profissional, não se livrou de alguns apelidos em relação à altura, levados na boa.
– Às vezes me chamam de anão, baixinho, mas em forma de brincadeira – diz Nem.
Em campo, esses baixinhos se tornam gigantes diante dos ‘zagueirões’, que costumam encarar uma exigência muito maior quando o assunto é estatura. Aqueles que não têm a altura como arma, usam outros recursos.
– Não acredito que essa coisa de tamanho seja tão determinante. Do meio para frente, o que vai determinar é a inteligência de jogo, a capacidade técnica, a capacidade tática. Isso que vai dizer se o jogador vai chegar ou não, a tomada de decisão durante a partida – afirma o fisiologista do Flamengo, Guilherme Torres.
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