Um dos melhores clássicos dos últimos anos e muitas conclusões. A desatenção do sistema defensivo do Atlético que prevaleceu em muitos dos pontos perdidos durante todo o Brasileiro voltou a ficar evidente. No gol de empate e na virada do Cruzeiro, além de em outras várias oportunidades perdidas pelos comandados do Celso Roth.
Guilherme teve, possivelmente, a última grande oportunidade de mostrar futebol e decepcionou novamente.
Nesta reta de chegada Richarlyson fez as suas melhores exibições pelo Atlético; talvez não suficientes para segurá-lo no grupo em 2013.
Ronaldinho Gaúcho fez a diferença no time e a renovação do contrato foi a maior aquisição do Galo para a próxima temporada. Bernard foi o segundo a fazer diferença este ano; caso seja realmente negociado, o Cuca terá de quebrar a cabeça para descobrir alguém para desempenhar o papel que ele desempenha.
Leonardo Silva e Réver no ataque são perfeitos, e o corta luz que o Leo fez para o Réver marcar o terceiro gol mostrou o quanto são entrosados.
Vitor foi outra aquisição entre as melhores do Atlético nos últimos tempos.
O vice-campeonato foi justo; ficou de ótimo tamanho.
Pelo lado azul, Montillo é o jogador especial; o cérebro e motor, seguido pelo Fábio. Everton foi a grande descoberta dessa temporada e deve crescer muito mais em 2013. Martinucio pode ter sido outra aquisição especial e a melhora do time nas últimas rodadas do Campeonato está diretamente ligada ao seu ótimo desempenho. Outra descoberta importante pode ter sido do Leandro Guerreiro como zagueiro.
Celso Roth foi elegante em suas palavras finais depois do jogo como técnico do Cruzeiro. Não deu entrevista; fez apenas um rápido pronunciamento, de despedida e agradecimentos a todos, inclusive imprensa, torcida e diretoria. Parabenizou o futebol mineiro e disse um “até logo”. Ou seja; quis manter as portas abertas e certamente as terá sempre, pois se trata de um bom e correto treinador.
A vontade de ganhar dos dois times era tão grande que jogadores que nunca demonstram cansaço foram abatidos pela correria dessa partida: Montillo, Bernard e Richarlyson. E Cuca foi obrigado a substituir Ronaldinho Gaúcho, que sempre termina os jogos, mesmo cansado. Mas neste jogo seria um risco mantê-lo, pois o Cruzeiro estava embalado.
Raramente a torcida grita o nome de algum dirigente do seu próprio clube. No clássico, Alexandre Kalil se emocionou, com toda a razão, a ouvir o Independência, lotado, gritando o seu nome.
A maioria não sabe, mas ele montou uma diretoria com competências raras. Um grupo de menos de 10 pessoas, que está recolando o Atlético na prateleira de cima. Gozador por natureza o torcedor pede a permanência do cartola adversário quando este é ruim de serviço.
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