Em dois tempos completamente distintos.
Correria infernal na primeira etapa, atuação perfeita do sistema defensivo do Galo; Bernard e Tardelli trocando de posições no ataque, confundindo a defesa são-paulina, e o árbitro carioca Marcelo de Lima Henrique deixando a bola rolar; só apitava falta quando era muito dura. Bem ao estilo dos árbitros do resto do continente.
Aos 12 minutos, Marcos Rocha, que fazia ótimo jogo, bateu lateral bem à sua maneira, dentro da área adversária, como se fosse um lançamento; pegou Ronaldinho Gaúcho malandramente livre, quase ao lado do Rogério Ceni, de quem tinha acabado de ganhar uma água. Cruzou na medida para Jô fazer 1 a 0.
O São Paulo tentou mas não conseguiu reagir, mesmo com Tardelli errando muitos passes; situação normal para quem chegou há uma semana e pouco treinou com o time. Os paulistas não deram nenhum trabalho ao goleiro Victor.
Foto: Bruno CantiniSe existe cereja, ele é o bolo todo: o nome do jogo; Ronaldinho continua fazendo diferença
No intervalo, o técnico Ney Franco, os jogadores do São Paulo e grande parte da imprensa, apostavam que o Atlético fosse sentir a falta de jogos e se cansaria.
Eu também pensava que pudesse ocorrer e até escrevi isso no blog e nas colunas de segunda-feira.
Perguntado pelo assunto na volta dos times, o preparador físico atleticano, Carlinhos Neves manifestou estranheza, de até o Ney Franco, um professor de Educação Física, pensar e manifestar isso.
Neves sabia o que dizia, pois o Atlético não sentiu, e apesar da volta mais arrojada do São Paulo, o time não se perturbou e ainda fez 2 a 0, aos 27.
De novo Ronaldinho, caiu pela direita, foi à linha de fundo, cruzou na medida para Réver marcar.
Ney Franco foi para o tudo ou nada, colocando o artilheiro Aloísio e em seguida Paulo Henrique Ganso.
Chegara a hora de Victor trabalhar, em dois lances fundamentais: cara a cara com Luiz Fabiano, mandando para córner; e minutos depois, espalmando um chutaço à queima roupa, do Aloísio.
O Atlético perdeu oportunidades com Jô e Bernard, continuou levando perigo ao gol do Rogério Ceni, principalmente depois que o Luan entrou no lugar do Tardelli, cansado.
Em poucos minutos, Luan conseguiu agradar à torcida.
O gol são-paulino, marcado pelo Aloísio, aos 39 minutos, gerou reclamações do Atlético, alegando falta do atacante no Júnior César.
Realmente ele usou o braço para deslocar o lateral alvinegro, mas o árbitro manteve o critério que adotara no início do jogo: só apitava falta quando era coisa escandalosa.
Aí, ele fez lembrar árbitros do Campeonato Mineiro: na dúvida, favorecem o trio da capital contra os times do interior.
Um grande jogo; atuação impecável do Atlético, contra um São Paulo também muito bom; porém, com mais pecados nesta estreia na Libertadores.
Competição duríssima e a derrota do Boca Juniors, em La Bombonera, para o mexicano Toluca, por 2 x 1, evidencia isso.
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