Foi menos difícil do que se imaginava.
O Atlético cadenciou o jogo e o The Strongest aceitou, talvez pensando que quando empreendesse a correria o time do Cuca não aguentaria.
Mas o cadenciamento foi tão bem feito que não foi preciso muita força para aguentar.
Tanto que, tomou o gol de empate no fim do primeiro tempo e conseguiu desempatar e se garantir na próxima fase, por antecipação, nesta Libertadores.
Foi o jogo onde o coletivo mais funcionou desde que Ronaldinho Gaúcho chegou a Belo Horizonte. Ele correu como todos, na medida certa, do jeito que todos correram por ele.
Se o Celso Roth estivesse contratado como comentarista de alguma emissora de rádio ou TV para trabalhar neste jogo, diria: “o Atlético conseguiu o equilíbrio; envolveu os bolivianos, por ter melhores jogadores e não se deixou envolver fisicamente”.
Jô serviu com perfeição ao Tardelli para o 1 a 0 aos 9 minutos, que deu uma sossegada logo de cara no dono da casa.
A altitude se fez visível em dois lances fundamentais: aos 43, também do primeiro tempo, no gol de empate do The Strongest, quando em um chute de longe a bola bateu no peito do goleiro Victor e sobrou para o atacante Reina, aliás, muito bom; e no desempate do Galo, aos 36 da segunda etapa. quando o goleiro deles vacilou, não cortou o cruzamento de Serginho e o zagueiro Mendez não teve tempo de tirar a perna, vendo a bola bater em sua canela e entrar.
Em condições normais essas bolas não teriam mudado de trajetória a ponto de enganarem os goleiros. Até o da casa dançou.
Tardelli se encaixou com luvas no time e o entrosamento com Ronaldinho melhora a cada jogo.
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