Essas operadoras não dão conta nem do 3G eficiente, imagino como será com o 4G.
Reportagem do O Globo:
* “A um mês do prazo, dúvidas sobre o 4G”
Operadoras têm até o dia 30 para oferecer o serviço nas seis cidades-sede da Copa das Confederações
Os brasileiros estão prestes a experimentar a última geração de conexão à internet móvel, o LTE, mais conhecido como 4G. De acordo com o cronograma estipulado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), as operadoras têm até o dia 30 de abril para oferecer a nova tecnologia em 50% do espaço urbano das seis cidades-sede da Copa das Confederações — Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Fortaleza. As teles prometem cumprir o acordo, mas o prazo é curto e ainda restam dúvidas se o serviço estará no ar.
— Sinal, vai ter. Talvez não com toda a abrangência que o governo estipulou, mas as cidades terão o 4G — avalia Erasmo Rojas, diretor para América Latina e Caribe da 4G Americas, associação internacional que reúne fabricantes, operadoras e fornecedores da área de telecomunicações.
De acordo com o Ministério das Comunicações, todos os pontos acertados no edital de licitação serão cobrados pelo governo. A Anatel, informa o ministério, tem equipamento e pessoal para verificar a qualidade e a cobertura do sinal. Em caso de descumprimento, as operadoras estão sujeitas a punições e até à perda da autorização para a prestação do serviço.
O leilão do espectro para a implantação do 4G foi realizado em junho do ano passado. A assinatura dos contratos se deu apenas em outubro. Na época, as empresas de telefonia reclamaram do prazo.
— É 30 de abril. As teles sabiam quando participaram da licitação e agora terão que cumprir — diz Artur Coimbra, diretor de Banda Larga do Ministério das Comunicações.
O presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude, diz que o maior desafio ainda está por vir. Para cumprir o cronograma estipulado, basta que as operadoras instalem antenas 4G nos sites já utilizados para o 3G. Porém, diz o engenheiro, as empresas não querem apenas colocar o sistema no ar, mas conquistar clientes. E isso requer qualidade.
— O serviço entra no ar, com poucos usuários, cobertura irregular, mas dentro do compromisso assumido com a Anatel. Pelo prazo, as operadoras não conseguem fazer muito mais que isso — diz. — A partir daí, a cobertura vai ser melhorada, mas na medida em que haja clientes.
Esse é o pensamento do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil). Para expandir o serviço, a entidade estima que será preciso instalar, até o fim do ano, 9.566 antenas nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo. Nos municípios que abrigarão a Copa das Confederações, em junho deste ano, o déficit é de 4.814 antenas…
http://oglobo.globo.com/tecnologia/a-um-mes-do-prazo-duvidas-sobre-4g-7992920
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