Não eram sete horas aqui em Copenhague quando um barulho infernal de cirenes acordou a todos os hóspedes do hotel onde estou e possivelmente de todos os moradores da região central da cidade, que fica a 5 km do centro de convenções Bella Center, e a 11 km do aeroporto internacional da capital dinamarquesa.
Nesta manhã gelada e chuvosa, vi pessoas olhando pelas janelas, curiosass em saber o que estava acontecendo, assim como eu. Por um momento esqueci-me do contexto no qual estamos inseridos aqui. Liguei a televisão e compreendi tudo: lá estava ele, Barack Obama, deescendo do One Force One, sendo recebido pelas mais importantes autoridades presentes, sob um esquema de segurança que eu jamais tinha visto de perto. Ontem mesmo ruas é quarteirões já estavam fechados, e até a vizinha Suécia sofria consequências, já que o tráfego de carros, trens, ônibus e barcos foi totalmente alterado.
Alguém já disse que “carisma é quando alguém chega e enche o templo”, pois Obama apareceu e tomou conta de tudo. Na entrada do Bella Center, uma fila indiana o aplaude, junto com a mulher, Michelle. Muitos delegados do COI, que vão votar daqui a pouco, estão na fila, emocionados, boqueabertos por estarem tão perto do homem que está investido do maior poder do mundo na atualidade.
Lembrei-me agora dos filmes da tomada do Oeste pelos norte-americanos, quando os índios estavam prestes a acabar com os “homens brancos”, e a cavalaria chegava.
Se o Rio de Janeiro levar essa, teremos que aplaudir demais, a Lula, Nuzman e cia.
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