A imprensa deu pouco destaque para a o excelente trabalho da Polícia Militar, que cumpriu com o seu dever e garantiu a segurança para dois jogos realizados ao mesmo tempo em Belo Horizonte, domingo.
Com isso cai a última máscara da omissão, incompetência e medo de muitos dirigentes de clubes, da FMF e até Ministério Público que proíbem ou evitam tanta coisa normal, sob a alegação de questões de “segurança”.
No início do ano o governo se rendeu às evidências e acabou com a idiotice de “torcida única”, que nunca deveria ter existido.
Quando acionada devidamente a PM dá conta, e sempre foi assim, mas ela fica sujeita a interesses políticos, já que cumpre ordens superiores.
A lamentar, o tratamento que a mídia dá a este tipo de situação. Manchetes e muitas horas de noticiário quando há confusões e pancadaria, e apenas notas e rápidas imagens quando marginais são presos no trabalho preventivo dos militares, como domingo.
Aqueles elementos estavam armados e preparados para uma guerra de gangues e usavam camisas do Atlético. Deveriam ter as caras mostradas nas capas dos jornais e noticiários da TV, com seus nomes amplamente repetidos para que passassem por este constrangimento público.
Fico na expectativa do que será feito para puni-los. Deveriam ser enquadrados, no mínimo, na lei que proíbe gente desse tipo a entrar em estádios de futebol por um bom tempo.
Mas muitos estavam era rindo diante das câmeras. A essa altura devem estar dando gargalhadas da rápida detenção e se preparando para o próximo jogo, quando esperam não ser apanhados pela polícia antes.
E com essa impunidade judicial e midiática a violência vai só aumentando em todos os segmentos do país.
Por isso, palmas para a Bolívia, que está negociando caro a soltura dos corintianos que estavam na cena do crime do rapaz no estádio em Oruro.
Quando estiverem soltos, esses, vão recomendar aos colegas que a violência ou o incentivo a ela não compensa.
» Comentar