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Omissão e incompetência não deixam Villa e Tombense salvarem o ano financeiro

Todos os anos o Tribunal de Justiça Desportiva entra “em campo” no Campeonato Mineiro, na primeira e segunda divisões. Na segunda-feira a FMF divulgou os locais e horários das semifinais: Tombense x Atlético, sábado, 16 horas no Independência; Villa Nova x Cruzeiro, domingo, 16 horas, também no Independência, depois de acordo entre os presidentes dos quatro clubes na sede da entidade.

Na terça-feira um membro do TJD contestou oficialmente, pedindo que as partidas fossem remarcadas para Tombos e Nova Lima. O presidente do tribunal acatou e a FMF, cordeiramente, aceitou, abrindo mão do seu direito de recorrer para defender o interesse dos quatro que vão decidir o Campeonato. Numa situação rara, houve unanimidade em querer jogar as semifinais em um estádio para 20 mil pessoas e não em 3 mil, capacidade dos estádios do Tombense e Villa.

E o mais incrível: todo ano ocorre este tipo de discussão, mas os clubes e a Federação não emendam e não põem essa alternativa no regulamento. Preferem dar essa oportunidade de alguns minutos de fama a membros da justiça desportiva e gerar mais descrédito do torcedor.

Os clubes do interior vivem de pires na mão, uns desaparecendo do cenário profissional ou fechando as portas. Os novos que surgem ou os antigos que saem do amadorismo, puxados por algum empresário, têm vida curta.

Uma chance como essa, para Villa e Tombense pagarem todas as suas contas da temporada é rara, e terão de se contentar com as migalhas que sobrarão dos jogos em seus estadinhos.

 

Sobrevivência

Tudo bem que tecnicamente a dupla da capital tem menores dificuldades jogando aqui, mas aquele tempo das torcidas pressionando em “alçapões” do interior já não existe mais. O rigor das leis, as punições severas e limitações da capacidade acabaram com isso.

Clubes pequenos que conseguem chegar às finais do Mineiro têm isso como prêmio, pois é garantia de sobrevivência no ano seguinte.

 

Danou

Li no site do companheiro Adamar Gomes, de Patos de Minas que Mamoré e Nacional itinerante caminham para a fusão, e ainda este ano já poderão iniciar este processo, no campeonato mineiro de juniores: o Nacional mandaria seus jogos no “Bernardo Rubinger”, com a camisa do Mamoré e escudo do NEC.

Na verdade é uma saída de cena “honrosa” do Nacional de Nova Serrana.

O Nacional nasceu pelas mãos do então prefeito de Nova Serrana, Paulo César, e do então presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella. Companheiros de mesma sigla partidária, PDT, montaram quatro anos atrás um clube-empresa.

Mas o Paulo perdeu as eleições municipais do ano passado e Perrella deixou o Cruzeiro, virou Senador e mudou-se para Brasília.

Fim dos principais sustentáculos do Nacional, que mandou seus jogos este ano em Patos de Minas.

ADAMAR

Mais detalhes dessa “fusão”, inclusive com a entrevista do diretor do Mamoré, Antônio Limírio, no:

http://www.agesporte.com.br/mamore-e-nacional-caminham-para-a-fusao/


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Comentários:
15
  • Marcos 2013 disse:

    O que se pode esperar de um campeonato onde só clubes ‘sem estádio’ chegam às semifinais? Uma lástima ver a maioria das cidades mineiras com estádios melhores serem sedes de clubes que amargam as divisões inferiores do camp. mineiro…

  • Frederico Dantas disse:

    Este campeonato mineiro é uma zona!

    O time do interior almeja, no máximo, chegar à semifinal? Daí já entregam a rapadura em nome de arrecadação? Tocam uma banana para o torcedor, que acompanhou os jogos meia boca em seus acanhados estádios, na hora do jogo de maior interesse?

    É óbvio que todos os clubes do interior precisam de grana. Então que se marque logo todos os jogos de Atlético e Cruzeiro para BH.

    Porque não deixaram o Villa jogar contra o Cruzeiro no Mineirão na primeira fase mas agora pode?

    Nem Tombense nem Villa apresentaram o Mineirão ou Independência como opção de mando de campo. Basta ver no regulamento.

    Nessa toada, os famigerados times itinerantes de empresários vão, cada dia mais, ocupar o espaço dos clubes que tem real ligação com as cidades onde mandam seus jogos.

    A última do Villa Nova agora, um clube altamente ligado à cidade de Nova Lima, é jogar sua semi-final em Sete Lagoas. Muito cômodo para os novalimenses. Deste jeito é que os clubes acabam mesmo e só sobrarão os times itinerantes, cujo único objetivo é arrecadar, não importa onde nem como.

  • Marcio Martins disse:

    O FUTEBOL É UMA MÃE PARA MUITA GENTE

    O futebol as vezes funciona como uma verdadeira MÃE para determinadas figuras, pois através dele, suge a oportunidade de alguns que as vezes nunca se ouviu falar, e de uma hora pra outra tornam-se verdadeiras celebridades, siando do ostracismo e da insignificancia, vindo parar nas páginas de jornais, na telinha da tv, rádio e internet. Em um rápido exercício de memória, rapidamente me apareceu 3 figuras. Sei que tem mais e vc pode ajudar acrescentando as que ainda não citei aqui. Veja a seguir as mais recentes:
    Promotor Antonio Baeta – Promotor que proíbe tudo no Mineirão, cerveja, bandeira, radio, guarda-chuva, gritar palavrão entre outros –Promotor Antonio Baeta

    Sérgio Castro da Cunha Peixoto – Juiz que negou direitos do torcedor em ação sobre problemas na reabertura do Mineirão

    Antônio Augusto Mesquita Fonte Boa – procurador-geral do Tribunal de Justiça Desportiva de Minas Gerais que resolveu melar o acordo dos clubes na semi final do mineiro.

    Chico, é pra publicar hein….não vai ficar com medo dos ¨doutores ¨

  • rodrigo pinheiro disse:

    Bom Dia, Chico!

    Acredito que este assunto já foi bastatne comemtado e que hoje o tema é a seleção(?) e a logistica do mineirão. Mas ainda quero dar minha opinião.

    Não vejo que a renda das semifinais do campeonato min eiro faz diferença da sobrevivência dos clubes interioranos. Se lembrarmos das útimas equipes que madaram seus jogos das semifinais nos útimos 5 anos, nenhuma delas (Democrata de GV, Ituiutaba e Rio Branco) fizeram um grande campeonato no ano seguinte e, nem mesmo, uma boa Taça MG porque estavam com os cofres abastecidos por este dinheiro. Inclusive, hoje, nenhuma delas disputa a divisão de elite do Mineiro/13. Por outro lado, a Tombense que debuta na primeira divisão está ente os semifinalistas.

    No meu modo de ver, essas diretorias que hoje clamam por estas rendas, deveriam era criar um clima de festas nas cidades onde serão disputas as semifinais, e, mesmo os times da capital, ao invés de querer jogar na capital, deveriam era aproveitar a ocasião para que suas marcas tivessem um alcance mais profundos em outras localidades. Já pensou o CAM, aproveitando a força do nome de um R49 para aumentar seu poderio na Zona da Mata mineira?

    Por fim, do ponto de vista legal, também vejo uma grande incoerência com as decisões anteriores, e acho que do ponto de vista da justiça não existe justificativa para esse impedimento, antes, acredito que as próprias instuições deveriam lutar não apenas pelo dinheiro (que é importante), mas também por uma mobilização da população em torno do campeonato mineiro.

    Abraços

    Rodrigo Pinheiro

  • paulo roberto disse:

    Companheiros o tribunal agiu de maneira correta, os times do interior não podem viver na expectativa de torcedores de Atlético e cruzeiro encherem o estádio para dar renda a eles. Na fase de classificação eles endurecem contra os demais e nas finais entregam de bandeja para os grandes só por causa de uma boa renda, me desculpe sou interiorano de governador Valadares e já passei por isso a qual não concordo de maneira alguma. Haja vista o América jogar no Mineirão contra o cruzeiro para dar mais renda, e depois a imprensa mineira tenta dizer que o América é dos grandes do país. foi grande a anos atrás, hoje,para mim,é time comum.

  • hemin disse:

    perai!!! kararacas!! vcs da imprensa viviam detonando os clubes, sobre os torcedores. entao vcs acham justo, os torcedores de determinados clubes municipais, na hora do “file mignon”, onde passaram toda temporada acompanhado seus times e torcendo, em suas cidades, e com a esperança de chegar, a uma semi final e talvez a uma final. ver seu presidente transferir o jogo, q todos almejavam p outro lugar, por causa de dinheiro. vai me desculpar, mas o time tem e q jogar para seus torcedores, em sua casa, e para eles. segurança e um dever do estado e tem q selar por isso. se n ha segurança q contrate particular mas resolva. o lugar do time e com seus torcedores ou vcs vao me dizer q toda a cidade tera: transporte p a capital c alimentaçao bla bla bla.

  • Rafael disse:

    Saudades de tempos em que alguns clubes do interior botavam pressão nos times da capital em seus estádios pequenos.

    Total incompetência da Federação e seus dirigentes.

    Mas quando alguém azul viu que o Galo iria ganhar muito com os jogos no Independência, aí mexeram os pauzinhos e o resultado é esse aí.

  • valerio, pouso alegre, uberlandia, uberaba, nacional de uberaba, mamore, urt, patrocinense, social, ideal, atletico de tc, flamengo de varginha, democrata de sete, democrata de gov, guarani. villa nova, caldense, montes claros, tupi, formiga, siderúrgica, araguari, fabril, esportivo, rio branco…

    é, o campeonato mineiro já foi divertido…

  • Vinicius Campos disse:

    Infelizmente os clubes mais uma vez baixam a cabeça. Tanto Tombense como Villa Nova. ganhariam um bom dinheiro com as torccidas do Galo e do Cruzeiro. Aí vai um Zé Mané e avacalha uma situação favorável financeiramente aos dois clubes.

    Já disse, quem faz o espetáculo são os clubes. Por que os clubes não se unem e chtam o balde. “Ah é assim então não tem semifinal, não vamos jogar”. Pronto. O que vai acontecer? Os direitos dos clubes tem que ser a primeira premissa. Se houve um acerto que financeiramente vai ser bom para Tombense e Villa, pronto.

    Mas novamente digo, os clubes que é quem faz o espetáculo não tem união. É cada um por si e que se dane. Eu até me assustei quando li que vários clubes inclusive Galo e Raposa estão boicotando o São Paulo nas competições das categorias de base.

    Sem união não existe força. E sempre vamos estar no mesmo ponto.

  • Cleyton das Graças Ferreira disse:

    Chico

    Tudo bem q os clubes do interior irão arrecadar mais, mas e os torcedores destes times q compareceram ao jogos durante todo campeonato. Na hora boa, retira o jogo da cidade. Isso é justo?

    Outra coisa, enquanto essa mudança for permitida pela FMF e apoiada pela imprensa, o interior continuará com seus estádios de várzea. Se ñ tem condições de receber os jogos da fase final, q ñ se receba nenhuma partida do campeonato.

  • Stefano Venuto Barbosa disse:

    Só tenho uma pergunta “Quem é esse procurador que denunciou um acordo amigável entre os clubes e que interesses ele procurou resguardar?” A Tombense foi a mais prejudicada, porque tem um estádio com 3 mil e pouco lugares, vai ter que ceder lugares para a torcida do Galo e por questão de segurança, deve poder colocar uns 2500 ingressos à venda, com o preço médio de 45 reais, pois o ingresso custará 60 reais e meia 30, vai lucrar uns 80 mil reais. Quando poderia ganhar uns 250 mil ou mais jogando no independência. Evidente que tem o dedo sujo de alguém nisso aí.

  • João Amaro disse:

    Eu gostaria muito de saber como se “fundi” uma associação sem fins lucrativos (Mamoré) com uma empresa privada (Nacional). Debaixo deste angu tem caroço. Ao que tudo indica, o Mamoré sai de cena.

  • Chico Maia a tendencia da maioria dos clubes do interior de MINAS GERAIS é desaparecerem ,justamente por estarem quase todos a reboque dos politicos das cidades que representam,veja bem a situação do futebol mineiro,já existem atulemnte só na divisão principal 5 times itinerante se a expectativa é que apareça mais alguns nos proximos anos.
    Inclusive o MINAS da sua querida SETE LAGOAS já ameaça levantar voo.
    Esta mistura mistura já afetou até o futebol AMADOR e o futebol de VARZEA.
    Aqui em BETIM ,alem da cidade ter recebido o IPATINGA mesmo sem ter um estadio adequado para a pratica do futebol profissional,criaram mais uma modalidade o FUTEBOL CHAPA BRANCA,aqui os times só disputam campeonatos quando são bancados pelos cofres publicos ,a prefeitura paga taxas de arbitragem,fornece material esportivos ,para aproximadamente 250 times que são divididos em mais de 5 divisoes diferentes,em compensação atulmente a liga desportiva nem presidente empossado tem ,foi realizada uma eleição e o prefeito mandou cancelar e já avisou que só patrocina o campeonato se realizarem outra eleição e emposarem o candidato que ele escolheu.
    Enqunto isto o IPATINGA ,mora aqui usa o nome da cidade e atua em SETE LAGOAS e já esta alinhavando acordo para jogar em IBIRITÉ.

  • Thales rosa disse:

    Fusão do nada com o Zé ninguem…

  • Ricardo Lemos disse:

    Não acho que foi omissão. Foi incompetência mesmo deste pessoal. Fora que houve uma pressão aí inquestionável por parte da ala celeste, só porque o Galo seria o maior beneficiado financeiramente falando com a realização das partidas no Independência.

    Lamentável que estas coisas ainda aconteçam.