Senhoras e senhores,
hora de fechar a semana, que de bom, teve o futebol na Europa. De ruim, os absurdos envolvendo a Copa do Mundo no Brasil e os transtornos vividos por quem foi ao Mineirão para Brasil x Chile.
Pior tem sido ouvir de dirigentes do Comitê Organizador Local e outras autoridades que o teste de “jogo Fifa” foi muito bom.
Bom para quem?
Estamos todos sendo feitos de idiotas, enquanto gente que não tem nada a ver com o futebol fatura alto, lícita e ou ilicitamente, usando a Copa como pano de fundo.
Juca Kfouri escreveu na coluna dele, de ontem, na Folha:
“Cinco bilhões de dólares é o que se projeta que a Fifa lucrará com a Copa no Brasil. Mais de 35% acima do que ganhou no Mundial de 2010 e 110% a mais do que em 2006.
Os números são da consultoria BBO, publicados recentemente e não contestados pela entidade.”
E ela controla tudo, cegamente obedecida pelo governo brasileiro, que certamente tem essa postura mansa porque interesses inconfessáveis são defendidos lá dentro também, por gente que se beneficia deste jogo sujo de bastidores.
Da escolha dos nomes da bola que será usada ao mascote, passando pelos nomes escolhidos para participarem de sorteios e sedes de encontros Fifa, tudo depende do lucro maior que aquilo poderá proporcionar.
Em 1978 o nome da bola na Argentina foi “Tango”; tudo a ver. Bem recebido e de grande repercussão mundial, favorável à cultura argentina.
Aqui, pensava-se que seria “Samba”, por exemplo, mas puseram “Brazuca”, depois de duas outras alternativas dadas pela Adidas para que o “povo”escolhesse: Bossa Nova e Carnavalesca!
No sorteio da Copa das Confederações, em São Paulo, no fim do ano passado, puseram o cozinheiro Alex Atala, que não tem nada a ver com futebol, para retirar as bolinhas. O sujeito não participou dos ensaios e apareceu na hora do evento sem saber como funcionava. Ferrou Belo Horizonte, que deveria receber uma seleção de ponta, dentro do planejado, mas com a mancada do cidadão, ficamos com Thaiti, Nigéria, Japão e México!
Na África do Sul a vuvuzela pertencia à cultura deles e ficou famosa mundialmente por causa do barulhão que fazia nos estádios. Nada a ver conosco, que temos as tradicionalíssimas “charangas” que sempre levaram uma alegria a mais aos estádios.
Pois não é que resolveram inventar alguma coisa para que o torcedor compre e leve para os estádios durante a Copa no Brasil?
Certamente em função do seu ótimo relacionamento político, o bom baiano Carlinhos Brown foi o apadrinhado, premiado, e criou a “caxirola”, um derivado do “caxixi” tocado nas rodas de capoeira.
Com direito à bênção da presidente da república, esta semana, marcada por esta cena grotesca, da Ministra da Cultura Marta Suplicy, em evento com a D. Dilma e o Carlinhos Brown.
Foto da capa da Folha de S. Paulo, de quarta-feira: “A presidente Dilma Rousseff e a Ministra Marta Suplicy (Cultura), ao lado de Carlinhos Brown, exibem a caxirola, espécie de chocalho criado pelo músico baiano para ser a ‘vuvuzela brasileira’ na Copa do Mundo
E se você é desses que também fica indignado com tanta mutreta no Brasil, deixo uma sugestão que pelo menos serve de consolo: diariamente, das 7h30 às 9h20 da manhã, o jornalista Ricardo Boechat arrebenta com essa cambada toda.
Fala o que cada um de nós gostaria de falar com essa gente e com todo o mundo. Está atolado de processos judiciais por danos morais, mas não se intimida e continua falando.
Bom demais da conta:
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