Trechos do excelente blog do Cosme Rímoli, onde ele revela bastidores da tal caxirola, cópia renovada e renomeada do caxixi da capoeira.
* “Usar o amor à Patria para defender a caxirola é pura manipulação…
Foram mais de 50 mil doados para os torcedores do Ba-Vi.
A reação dos brasileiros deveria ser testada.
Havia uma preocupação por parte da Fifa e de membros do COL.
O instrumento que cabe na palma da mão tem o formato de uma granada.
A The Marketing Store tem a exclusividade de fabricação do instrumento.
Ela já faz as embalagens do Mc Donald’s.
Fatura bilhões no mundo.
E viu na caxirola um bom negócio.
Ser a dona do instrumento oficial da Copa do Mundo de 2014.
As previsões são assustadoras: cem milhões de unidades serão colocadas até a Copa.
A empresa quer cobrar entre R$ 30,00 por unidade.
Ou seja, o negócio de R$ 3 bilhões.
Parte desse dinheiro será da Fifa, já que a caxirola é produto oficial do Mundial.
E outra parte será do governo brasileiro.
Fora o lucro da multinacional.
A fabricação dos instrumentos de plástico já está em pleno vapor.
Havia a necessidade de um teste.
O evento foi escolhido a dedo, para ter a menor rejeição possível.
O maior clássico da Bahia.
O baiano é um povo alegre e Carlinhos Brown assume a autoria da caxirola.
Lá sabem que ela é uma réplica do caxixi, chocalho complemento do berimbau.
Mal assessorada, Dilma referendava o instrumento.
Ela não tem a menor intimidade com estádios de futebol.
Segue o que o seu ministro de Esportes, Aldo Rebelo, recomenda.
Só que a farra durou 45 minutos.
Mal o Bahia de Joel Santana começava outro vexame, veia a chuva de caxirolas.
Mas a realidade veio à tona.
O formato do instrumento não é para praças públicas, estádios.
O jornal inglês The Guardian foi preciso.
Um trecho…
“Se você pensou que vuvuzelas eram ruins, espere até ouvir a caxirola.
Um pequeno pedaço de plástico reciclado verde e amarelo.
E trazido para nós pelo Ministério do Esporte.”
Destaca a semelhança com uma granada de mão.
Garante que o instrumento parecido foi banido dos estádios da Europa a partir de 1996.
Se o Brasil começa a perder por dois, três gols, por exemplo, da Itália?
Na Copa das Confederações, na mesma Fonte Nova.
E surge nova chuva de caxirolas?
Desta vez para o mundo assistir ao vivo?
Marin e Aldo Rebelo vão tentar apelar à uma campanha de conscientização.
Precisam da parceira Globo.
E ela já começou a fazer isso no Fantástico, com Tadeu Schmidt.
Ele apenas leu o texto criticando os torcedores.
Disse que os brasileiros deveriam ter orgulho do instrumento.
Só que agora não há solução.
Até porque o contrato com a The Marketing Store já está assinado.
Ela tem a exclusividade da Fifa e do governo brasileiro.
É um negocio que pode chegar a R$ 3 bilhões.
Quem brinca com R$ 3 bilhões?
Pedaços de plásticos em formato de granadas não representam o país.
Elas simbolizam R$ 3 bilhões.”
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Leia o texto completo e mais detalhes no:
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Aliás, o Cosme é um amigo de longa data. Da Copa América no Uruguai em 1995 à Olimpíada de Londres em 2012, conforme mostra esta foto.
Nós no Old Trafford, o estádio do Manchester United
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