Informações publicadas pela Folha de S. Paulo, ontem.
A coluna Painel FC dá como certa a queda do até então poderoso presidente da Minas Arena, que está desagradando a todos, e cuja gota d’água, foi a ameaça de rompimento do único parceiro graúdo do novo Mineirão, que é o Cruzeiro.
Barra conseguiu o quase impossível: unir Atlético e Cruzeiro, contra ele.
A colunista Mônica Bergamo entrevista o cineasta carioca Roberto Santucci, que quer transformar a vida do operador Marcos Valério em filme.
Do jeito que as coisas funcionam no Brasil, o moço sairá como “mocinho” desse longa metragem.
* “Painel FC”
Substituição 2. A Minas Arena, empresa que administra o Mineirão, estuda a possibilidade de substituir seu presidente, Ricardo Barra. A empresa contratou uma consultoria de recursos humanos para sondar nomes no mercado. Uma das pessoas que foram contatadas, no entanto, recusou o convite.
Memória. Barra foi um dos mais criticados no episódio que marcou a abertura do Mineirão, quando até água faltou dentro do estádio.
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* Mônica Bergamo
“Quero filmar a vida de Marcos Valério”
Responsável pelos dois filmes nacionais de maior bilheteria desde o ano passado (as comédias “Até que a Sorte nos Separe”, que teve 3,3 milhões de espectadores, e “De Pernas pro Ar 2”, com 4,8 milhões), o diretor carioca Roberto Santucci, 45, leva mais uma produção às telas, a partir de sexta: “Odeio o Dia dos Namorados”, com Heloísa Périssé. E agora quer fazer um longa que não seja de humor. Uma ideia que o apaixona: transformar a vida do publicitário Marcos Valério, pivô do mensalão, em um filme de ação espetacular.
Folha – Seu novo filme, ao contrário dos anteriores, não tem apoio da Globo Filmes. Qual é o peso da empresa?
Roberto Santucci – Enorme, porque o canhão de mídia dela é muito forte. Mas sempre digo: ela tem o poder de salvar um grande desastre, mas não de fazer um grande sucesso. Será, portanto, um desafio, um teste de fogo. Vai ser interessante ver o que acontece. E o calendário é pesadíssimo. Em duas semanas, entra em cartaz “Minha Mãe É uma Peça” [dirigido por André Pellenz], com grandes distribuidores e coprodução da Globo. É o mesmo perfil de filme. Será concorrência direta.
Como é o filme “Odeio o Dia dos Namorados”?
Parece uma mera comédia, mas é mais do que isso. Tem um pouco de romance e de drama. Para fazer rir, tem que emocionar também.
O que o senhor quer agora?
O que quero há muito tempo é fazer um grande filme de ação. Sou apaixonado por ficção científica, drama, várias coisas. Tenho que voltar aos tipos de filmes que fazia antes [como o policial “Bellini e a Esfinge”, de 2001].
Algum tema em especial?
A história da vida e ascensão do Marcos Valério [publicitário apontado como o operador do mensalão], por exemplo, me empolga. É espetacular. Quero fazer um filme com pegada, que seja tipo “Cidade de Deus” e “Tropa de Elite”. Para o público levantar e aplaudir. Que nem quando um cara dá porrada num político.
E qual é o maior obstáculo para realizar essa vontade?
Tenho o desafio de mostrar um outro cineasta que está dentro de mim e que adora outro tipo de filme. Não quero ficar fazendo só comédia. Quero mostrar minha cara de uma maneira mais real.
Como definiria o seu lugar no cinema nacional, que tem diretores como Fernando Meirelles [“Cidade de Deus”] e José Padilha [“Tropa de Elite” e “Tropa de Elite 2”]?
Não estou nem perto desses caras. Eu sou azarão. Quando fui fazer o primeiro “De Pernas pro Ar”, ninguém me conhecia. Pensavam que o filme ficaria vagabundo e chulo. Aí fui lá e inverti todas as expectativas. Mas as comédias, geralmente, são malvistas. Tenho medo de que minha produção entre para a história como um besteirol. Não é.
* http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/112170-monica-bergamo.shtml
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