Este empate no Mineirão serve como boa explicação para o equilíbrio e grau de dificuldade do Campeonato Brasileiro nesta fórmula por pontos corridos. Nem sempre o melhor em campo vence, mesmo sufocando o adversário durante toda a partida.
O Cruzeiro sentiu a ausência do Everton Ribeiro, suspenso, e Martinuccio frustrou a expectativa que existia nele, na volta ao time como titular, neste processo pelo qual passa de recuperação física.
O Santos entrou em campo buscando o empate e se retraiu mais ainda depois que perdeu Arouca, um dos seus principais jogadores, aos cinco minutos, por contusão. Suas poucas arriscadas ao ataque se resumiram ao Montillo, que fazia ótimas jogadas, mas não tinha para quem entregar a bola.
Além de Martinuccio, Vinícius Araújo e Luan também não se explicavam e Marcelo Oliveira tentou Élber, Borges e Lucca em seus lugares, que acrescentaram velocidade ao time, porém enfrentaram um Santos mais fechado ainda, fazendo cera e alcançando o seu objetivo.
Artilheiro de belos gols, Ricardo Goulart não estava com a pontaria equilibrada neste jogo. Desperdiçou pelo menos três oportunidades em ótima posição para marcar.
O comentarista Lélio Gustavo, da Itatiaia, informou alguns números que precisam ser muito bem analisados e trabalhados pelo Cruzeiro: neste jogo com o Santos os dois times erraram 102 passes, porém, 58 erros foram do time celeste.
Passes errados são comprometedores numa campanha, principalmente no futebol veloz que é praticado no mundo todo.
Até sexta-feira o América era o maior invicto deste ano entre todos os clubes das séries A, B, C e D e o visitante mais temido, já que foram quatro vitórias em seis jogos na casa do adversário. Perdeu para o ASA, mas tem a chance de até entrar na zona de acesso, terça-feira, no Independência, contra o São Caetano, que está lutando contra o rebaixamento.
Aí é que mora o perigo: em casa o Coelho não consegue uma sequência de vitórias.
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