Fui informado pelo repórter-fotográfico Euler Junior, que a presidente Eneida da Costa, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais, foi ágil em se posicionar, no mesmo dia, e colocar a entidade à disposição do companheiro Gladyston Rodrigues, inclusive em ação judicial por danos físicos e morais, contra os despreparados empregados da Xuxa.
No site do Sindicato foi publicada nota de repúdio, assim como foi feito na semana anterior, quando outro fotógrafo, João Miranda, foi detido ilegalmente pelo delegado de polícia civil Architon Zadra.
Muito bom saber, que pelo menos uma entidade de classe nossa está cumprindo bem com o seu papel.
Confira as notas:
* “Nota de repúdio contra agressão a repórter do “Estado de Minas””
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais repudia com veemência a agressão injustificada e violenta sofrida pelo repórter fotográfico do jornal Estado de Minas, Gladyston Rodrigues, na tarde de quinta-feira, 15 de agosto.
Gladyston Rodrigues, acompanhado do repórter Ivan Drumond, foi agredido pelos seguranças da atleta da equipe do Flamengo, Sasha Meneghel Szafir, porque fotografou a equipe que participava de campeonato de vôlei no ginásio do Minas Tênis Clube.
Os seguranças da filha da apresentadora Xuxa Meneguel e do ator Luciano Szafir, sargento bombeiro reformado, Ricardo Rocha de Souza e Magno Jesus da Silva foram para cima do jornalista ordenando que ele apagasse as fotos.O profissional se recusou. Os seguranças partiram para agressão, tentaram tomar seu equipamento, arrancaram a lente de sua câmera, deram joelhadas, socos e o ameaçaram.
Gladyston ficou ferido, está com suspeita de lesão na coluna, usa uma cinta lombar, ficará afastado do trabalho por dez dias. A ocorrência foi registrada na Polícia Militar que lavrou um Boletim de Ocorrência (BO).
O Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais entende que Gladyston estava exercendo o legítimo direito ao trabalho, que ele não violou nenhuma regra e agiu em conformidade com os preceitos da profissão e do Código de Ética dos Jornalistas.
O Sindicato exige respeito com os profissionais e vai tomar todas as providências cabíveis nesse caso, buscando na Justiça a reparação cível e criminal.
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O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais repudia veementemente a ação truculenta e injustificada praticada pelo diretor do Departamento de Transporte da Polícia Civil, Architon Zadra, contra o repórter fotográfico do jornal Estado de Minas, João Gustavo Soares de Miranda, no início da noite desta quarta-feira, 7 de agosto.
O jornalista fazia cobertura na Câmara Municipal de Belo Horizonte, quando percebeu uma grande movimentação de viaturas policiais na unidade da Polícia Civil, que fica ao lado do Parlamento Municipal. Dentro do mais legítimo instinto profissional, João Miranda fez uma foto de veículos que serão distribuídos pelo governo estadual a várias unidades da polícia no Estado.
Nesse momento, Architon Zadra atravessou a via que separa seu departamento da Câmara Municipal e disse, aos berros, que o jornalista não podia fazer fotos, que ele estava invadindo área de segurança. Ao mesmo tempo, o policial segurou João Miranda pelo braço e o conduziu para o interior do prédio da PC, onde ficou detido por cerca de 40 minutos sob a vigilância de outro policial.
A ação praticada por Architon Zadra remete aos tempos da ditadura. O Sindicato entende que houve cerceamento do direito ao trabalho e violação dos direitos humanos e exige que os fatos sejam apurados com as devidas consequências e punições cabíveis.
SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DE MINAS GERAIS
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Presidente do Sindicato dos Jornalistas, Eneida da Costa, quando foi recebida pelo governador Antonio Anastasia, que na oportunidade falou sobre as providências tomadas para apurar a morte dos repórteres Rodrigo Neto e Walgney Assis Carvalho, na região do Vale do Aço, que seria a principal prioridade do Sistema de Defesa Social do Estado.
Foto: Agência Minas
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