Blog do Chico Maia

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E ainda tem gente que questiona a fórmula do campeonato se a conquista do Cruzeiro foi justa!

É só um clube fora da trilha Rio/SP quebrar a hegemonia de títulos deles na era dos pontos corridos que a imprensa de lá começa a questionar se esta é a fórmula ideal para o campeonato e se, absurdo dos absurdos, houve “justiça” na conquista.

O fato é que, poucas vezes na história do futebol brasileiro uma conquista foi tão justa e incontestável como essa do Cruzeiro.

Mas o futebol é cenário para todo mundo falar o que quer e às vezes é menos ruim ouvir e ler determinados disparates do que ser surdo e cego.

Vejam por exemplo esta coluna da página dois da Folha de S.Paulo, de terça-feira passada, antes da oficialização do título da Raposa.

Interessante é que é um espaço de comentários políticos, além dos editoriais do jornal.

Pela primeira vez este cidadão escreveu sobre futebol.

Confira:

* “Hélio Schwartsman”

Justiça no futebol

SÃO PAULO – A virtual vitória antecipada do Cruzeiro no Brasileirão traz à baila uma discussão recorrente: o campeonato por pontos corridos é melhor que o velho mata-mata? Parece haver certo consenso de que, embora a antiga fórmula nos reserve mais emoções, os pontos corridos são mais justos. Será?

Minha impressão, amparada num pouquinho de matemática, é que seria impraticável desenhar uma competição capaz de medir com exatidão qual o melhor time e, assim, assegurar a justeza do campeonato. Na verdade, a dificuldade se coloca não apenas para o futebol mas também para a esmagadora maioria das modalidades esportivas. O problema de fundo é que essas disputas encerram uma dose muito alta de aleatoriedade.

Imaginemos dois times e suponhamos que um deles seja ligeiramente melhor do que o outro, derrotando-o em 55% das disputas, descontados os empates. A questão é que, mesmo com essa superioridade, o mais fraco vence o mais forte em 9 de 20 partidas que não terminam com igual número de gols. Para eu poder afirmar qual é o melhor com segurança estatística (margem de erro de cinco pontos e intervalo de confiança de 95%), seria necessário que eles se enfrentassem nada menos do que 269 vezes (a conta é de Leonard Mlodinow e me foi confirmada pelo Datafolha).

Se os atletas já reclamam do calendário do jeito que está, o que não diriam de uma final de 269 jogos?

É certo que evitar semifinais e finais de um ou dois jogos já reduz o espaço do acaso, mas não há como ignorar que mesmo as 38 rodadas do Brasileirão, nas quais os times se enfrentam apenas duas vezes, são uma amostra pequena demais para dizer quem é o melhor. O objetivo de “fazer justiça”, receio, é algo inatingível.

O lado bom dessa história é que nós, os torcedores dos 19 times que não foram campeões, podemos dizer de boca cheia que o fato de o Cruzeiro ter vencido, a rigor, não significa nada.

————————–

BURRICE

Fazer o quê, né!?


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Comentários:
0
  • eduardo viana disse:

    O conceito de justiça no futebol é:
    justo é o atlético ser vice campeão invicto, com mais de 10 pontos na frente do São Paulo.
    Ou Simon apitar 98 e 99.
    A expulsão do Tinga pelo Márcio Rezende.
    Vasco e Cruzeiro 74 (armando marques “tem coisa que a gente vê e coisa que a gente não ve”)
    A distribuição de recursos e de tempo na tv.

  • Thales Rosa disse:

    *40 mil

  • Thales Rosa disse:

    Paulo a resposta é simples! O Cruzeiro tem 40 socios torcedores, o publico total foi de 56 mil, somente 16 mil pagaram ingressos. Ou seja voce queria que o Cruzeiro recebesse duas vezes? Na mensalidade do socio torcedor e no final do jogo???

    Basta raciocionar um pouco que se chega a uma resposta plausivel.

  • Isael Souza disse:

    Se esse senhor quer emoção, que a Federação Paulista faça um campeonato de disputa de penaltis, emoção pura

  • Marcos disse:

    Quando é Cruzeiro é campeão sendo o senhor absoluto do Brasileirão(o único de fora do centro do país a se tornar campeão,e duas vezes, na era dos pontos corridos) todo mundo questiona os pontos corridos, dizem que essa fórmula deixa a competição sem graça. Mas quando é alguém do centrão do país que é campeão com um futebol sofrível, com ajuda da arbitragem ou de fatores extra-campo, o campeonato está sendo emocionante… vai entender.

  • Já que mencionaram o tal do “Alterosa Esporte”, posto novamente com muito prazer e grande satisfação:

    ALTEROSA ESPORTE? Será se o Senor Abravanel sabe que ainda insistem em manter esse “programa” na hora do almoço, dificultando a digestão dos telespectadores? Um programa que nada possui de “democrático”, pois, seus ditos “representantes” de clubes vivem às turras, criticando de forma pejorativa uns aos outros, desfazendo-se mutuamente, fomentando de forma velada a cólera entre as torcidas adversárias! Isto não é programa: é lixo por completo, na expressão da palavra!

    – Além do mais, antes de ficarem se ofendendo mutuamente e desfazendo de títulos e torcidas adversárias, parece que tais representantes ainda não sabem que com o advento da internet, em qualquer lugar do planeta esse poderá ser assistido, e sendo formadores de opiniões passam uma imagem negativa de nossos clubes lá “fora”… ALTEROSA ESPORTE: LIXO TOTAL!

  • Frederico Dantas disse:

    Nas 3 últimas rodadas os jogos são marcados para o mesmo horário, justamente para não favorecer ninguém quando ainda há o que ser disputado.

    Pode ser que, com o campeão definido, eles voltem a espalhar os jogos na grade. Mas como ainda há interesses em jogo para muitos times, pode ser que mantenham todos jogando as 17 horas a partir da próxima rodada.

    Hoje está passando na Globo São Paulo x Fluminense, ainda que o Cruzeiro esteja jogando no mesmo horário e em Uberlândia.

  • Paulo disse:

    Ernani,
    meu amigo que trabalha na TV alterosa me disse que o Neuber é uma pessoa muito difícil de conviver. Ele é mal educado e muito agressivo. Em alguns momentos peita a produção do programa.
    Por isso foi demitido!
    Ele postou em seu twitter dizendo o seguinte:
    “Pois é, me contrataram pensando em que o Cruzeiro seria rebaixado e ele não só não foi como conquistou o TRICAMPEONATO BRASILEIRO.”
    Eu confesso que deixei de assistir esse programa há muito tempo.
    Na minha opinião presta um deserviço ao futebol. Se eu fosse o diretor mandaria todos embora, INCLUSIVE o Dadá que é muito fraco. Não tem opinião própria e gosta de fazer média com as marias.

  • Jeferson C. Almeida disse:

    Engraçado, os últimos jogos do cru cru estão na tabela sempre no horário da tv aberta: 17:00 horas. è importante mostra ao Brasil os jogos do campeão. Até ai nada demais, mas como sabiam disso previamente?

  • Paulo disse:

    Chico e amigos,
    Vejam que interessante
    Dos R$ 5.231.711,00 de renda bruta de Cruzeiro 3 x 0 Grêmio, apenas R$ 223.632,90 constam como “saldo” do Cruzeiro:

    http://conteudo.cbf.com.br/sumulas/2013/142328b.pdf

  • Stefano Venuto Barbosa disse:

    Chico, excelente texto pra nós mineiros acordarmos…
    Piroga no Mar · 405 curtiram isso
    14 de novembro às 22:58 ·
    A REVOLTA DE MINAS

    Corinthians e Flamengo receberão cada um cerca de R$ 170.000.000,00 da Rede Globo a partir de 2016, como cota anual a autorizar a transmissão de seus jogos no Campeonato Brasileiro. A participação de Cruzeiro e Atlético está cotada em torno de R$ 75.000.000,00 per capita. Este dinheiro evidentemente é pago pelos 200.000.000 de telespectadores do Oiapoque ao Chuí.

    Se o Brasil começou no litoral, hoje é muito mais que isso. Embora exista uma diversidade de riqueza material, cultural e humana neste fabuloso país continental, ao ligar a televisão em qualquer rede nacional, o cidadão vai consumir apenas o que o gosto do paulista ou carioca ditar, como se isso fosse o interesse de todos.

    Ninguém aguenta mais fazer papel de idiota, como se os inteligentes, saudáveis e bonitos nascessem apenas na eterna “Corte Carioca” ou na “Paulicéia Desvairada”.

    Dizem que o que determina a distribuição de dinheiro e espaço na mídia é a audiência que o clube proporciona. Ora, se o telespectador tem acesso apenas ao que acontece no Corinthians ou Flamengo, naturalmente é nesses clubes que se concentra a maior audiência. De fato, cachorro gosta de osso porque não lhe oferecem filé.

    É preciso inverter este jogo, usando as cartas da verdade. E a verdade exige revolta. Enquanto o brasileiro adotar passivamente a condição de súdito-ignorante a se contentar em ser apenas massa de manobra, haverá sempre um carioca ou um paulista com um chicote na mão.

    Chega!

    Minas não se resume àquele caipira que fala “uai”, motivo de chacota nas novelas da Globo. Aqui está a segunda maior população do país, que produz boa parte da riqueza nacional. Foi o ouro de Minas que fez o Brasil se descobrir como potência territorial, embora alguns ainda insistam em valorizar apenas quem está de frente para o mar e de costas para os brasileiros.

    Em Minas nasce e vive um povo cordato, trabalhador, inteligente, confiável, mas que sobretudo sabe lutar. Aqui nasceu o sentimento de nação, quando Tiradentes, aquele inconfidente enlouquecido de coragem, plantou as sementes de um país livre, justo e igualitário para todos os brasileiros. Fincou os alicerces da República.

    Foi a ousadia do mineiro Santos Dumond que deu asas ao maior sonho do ser humano. Daqui saiu Juscelino para semear a modernização da nação; Tancredo para resgatar a voz do cidadão; Pelé para universalizar a nossa terra; Sobral Pinto para defender os torturados; Drummond para consolidar a língua portuguesa, e Guimarães Rosa para enriquecê-la. Foi entre as montanhas de Minas que Deus plantou a bondade: Chico Xavier.

    Nos lugarejos simples e sábios das Minas Gerais haverá sempre um fogão a produzir a mais rica culinária brasileira, um artista a criar a inigualável harmonia musical ou a magia de um artesanato único. Não é à toa que em Minas está Inhotim, o maior museu-botânico a céu aberto do mundo, unindo a beleza natural à criatividade mais aguda da alma humana.

    Minas, do minério e da indústria, exige respeito. Minas que mata a sede dos brasileiros, e que ilumina os seus lares com as águas altas e cristalinas de sua natureza pujante, agora se levanta em defesa dos campeões do Brasil e da América.

    A mensagem já vem sendo dada no poder das metáforas emblemáticas.

    Quando o goleiro Victor, naquele dramático jogo contra o Tijuana, defendeu aquele pênalti aos 47 minutos do segundo tempo, ele poderia apenas rebater a bola. Mas não. Deu-lhe um chute com tamanha violência que a pelota nunca mais caiu dos céus.

    Quando Éverton Ribeiro aplicou um chapéu no zagueiro flamenguista e marcou um dos mais belos gols da história do futebol, poderia apenas empurrar a bola para as redes. Mas não. Deu-lhe um chute com tamanha violência que as redes do Mineirão continuarão a balançar até 30 minutos após o fim do mundo, em reverência a uma obra de arte inesquecível.

    Está na hora dos mineiros seguirem esse exemplo, e dar um potente chute de revolta, dizendo NÃO a esta programação que desrespeita os clubes de nossa paixão. Dizer um NÃO a este critério indecente adotado para a distribuição de cotas de TV. Dizer um NÃO a esta tentativa de nos tornarem simples repetidores da vontade alheia.

    Os mineiros exigem respeito às suas instituições, às suas paixões, à sua tradição, aos seus costumes, aos seus gostos próprios. Afinal, se Deus nos fez tão originais, não aceitamos ser reduzidos a meras cópias.

    A história já ensinou: quando Minas se levanta, o Brasil muda e se agiganta. Só nos resta aprender.

  • Dirceu Lençóis Paulista disse:

    Neste momento, domingo de manhã, a Globo realiza seu sonho: Uma finalíssima entre Flamengo e Corinthians, mas… no futebol de areia. E com chuva. Bem feito!

  • Edson Morais disse:

    Olá Chico, bom dia. Há tempos não escrevo. Discordo de você quando ao autor do texto estar questionando a fórmula de disputa. Ele questiona, na verdade, é se existe uma forma justa, se é possível que se encontre. Eu, particularmente, acho que não existe, mas também acho que não é isso que se busca. O campeonato mudou para pontos corridos por uma questão mercadológica. Bobagem isso de achar que a Globo ou quem transmite prefira fases eliminatórias. Isso não faz sentido. Muito melhor que cada tine tenha um número fixo e igual de jogos, pois faz com que os patrocinadores tenham mais segurança pra investir e, no final, o valor do campeonato aumenta muito. Para a Globo é melhor uma boa audiência média que jogos que só atraiam audiência no final, quando o campeonato se afunila. Digo isso porque na cabeça do patrocinador sua marca tem que ser vista e divulgada em todo o certame e não apenas nas finais.
    Muita gente no seu blog culpa a Globo por tudo e os argumentos usados chegam a ser risíveis. Dia desses um cidadão escreveu que a emissora queria mudar a fórmula de disputa para que os times de fora do chamado “eixo” não pudessem ganhar. O engraçado é que o tal “eixo”, desde o início dos pontos corridos, só perdeu dois campeonatos.
    O Cruzeiro é campeão incontestável. Mereceu, foi o melhor time, mesmo que no papel não tenha o melhor elenco. Futebol é jogado. Jogado com salários em dia, egos suprimidos, estrutura, respaldo técnico e medicinal e, é claro, sorte. Porém acho que o campeonato, talvez, pudesse ser reduzido a 16 times. Ou 18, caindo 2 ou 3. O Náutico avacalhou a disputa. O nível é outro. Se menos times disputassem todos estariam brigando por alguma coisa e, times do meio da tabela de hoje estariam bem mais preocupados. Pense nisso. Abraço, Edson Morais

  • luiz ibirite disse:

    o chico gostaria muito de ver o W. paulista neste time do Cruzeiro ano que vem, mesmo nestes dois ultimos anos q o a raposa esteve mal ele se destacoucomo artilheiro, muitos aqui irão divergir mas seria um otimo reforço para a libertadores.

  • Lauren Goulart Boulanger disse:

    quero saber que dia que vai ser o teste de volei feminino! obrigada Lauren

    – Sabará

  • Martens disse:

    Tem que questionar esta atitude ,se alguem conhece estes trogloditas
    http://www.youtube.com/watch?v=8qDBDEqocmI

  • thales rosa disse:

    o cidadao quer aplicar metodos estatisticos a uma atividade onde o sobrenatural de almeida impera… Futebol é dos poucos esportes onde nem sempre o melhor ganha.

    Agora ganhar é uma coisa, ser campeao é outra. Ser o melhor em 38 rodadas aponta sim que o campeao é o melhor time, tanto é o melhor que pela primeira vez na historia o campeao derrotou TODOS os outros concorrentes ao menos uma vez.

    to nem ai para o choro dos paulistas e cariocas, aqui no Sul, mais precisamente em Curitiba, todos estao adorando a vitoria do Cruzeiro, quebramos a hegemonia do eixo. Vao chorar na cama que é lugar quente! Ano que vem tem mais Cruzeiro para voces!!!!!!

  • pedro disse:

    Sou atleticano, ando bem irritado com os foguetes, mas esse artigo é um absurdo! Gostaria de vê-lo falando a mesma coisa se fosse o Coringão dele (fui colega de faculdade do irmão dele lá em SP e o irmão é corinthiano, acho que ele também é…)

  • Julio Celeste-Lagoano disse:

    Enquanto o time ao qual esse cidadão torce e os outros do Rio e SP ganhavam o Brasileiro significava alguma coisa né?!
    E não só gente dos times do eixo que pensam assim, muitos atleticanos que parece que estão no desespero por tanto tempo sem levar o título do Brasileirão também defendem o mata-mata.

  • THIAGO disse:

    Depois dessa eu aqui, do lado de casa, num lote vago , capinar uma braquiaria pra esquecer a asneira que li acima. Como jornalistas do eixo insistem em ser ignorantes e prepotentes. Pena que poucos como VC Chico ainda criticam essa postura. Sera que com 16 pontos a mais que o segundo colocado não torna o campeão mais absoluto do que já e?

  • Liga não: é só a tradicional dor de cotovelo oriunda nas bandas do eternamente protegido eixo RJ-SP!

  • José Luiz de Carvalho disse:

    Adivinhe pra que time esse despeitado torce? Claro que é “curintiano”.

  • Maria Alice disse:

    Chico, esse ano não tenho ouvido falar nas malas pretas, brancas, verdes, rosas,vermelhas, bicolores, tricolores.
    Anda é cedo para que elas comecem a voar?

  • Alisson Sol disse:

    Vou fazer uma exceção ao minha determinação de não mais tecer comentários no blog para comentar sobre este absurdo, que creio ser ortogonal a controvérsias entre torcedores. Pessoas que dedicaram-se por anos a estudar e aplicar Física, Matemática e Estatística de maneira séria tem a obrigação de evitar que se multiplique informação errada, como a escrita nesta coluna pelo Sr. Hélio Schwartsman, onde se utilizou um cálculo estatístico correto de maneira completamente errada.

    Modelos matemáticos dependem de entendimento do assunto para serem corretamente aplicados. Quanto três mulheres estão grávidas, e uma está grávida de 9 meses, enquanto outra está grávida de 1 mês, e outra de 2 meses, na média ela estão grávidas por 12/3 = 4 meses. A Estatística é incontestável, mas não se pode usar tal resultado para dizer que elas devem esperar pelo parto em aproximadamente 5 meses.

    Da mesma forma, há muita gente que certamente entende de Matemática e Estatística que erra ao tentar aplicar seus conhecimentos ao futebol. Consideram que podem aplicar ao futebol modelos que consideram uma partida de futebol depois da outra como o mesmo que jogar uma moeda para o ar duas vezes. O problema é que o resultado de você jogar uma moeda para o ar pela segunda vez é independente do resultado de você ter acabado de jogar a moeda e lido o resultado (cara ou coroa). Mesmo isto, aqueles com entendimento mais profundo de Física irão contestar (pois há desgate na moeda, que já não é a mesma após a primeira medição).

    No futebol, uma segunda partida entre dois times tem enorme correlação com o resultado de uma outra partida já disputada entre os mesmos times. E tal correlação aumenta quanto mais recente frequente é a disputa. Isto apenas já torna usar o modelo que leva à “final de 269 jogos” um absurdo. Adicione a isto fatores que sabemos que influenciam partidas profissionais (presença de torcida, premiação extra-campo, motivação dos times, etc.). O importante no futebol é aquela partida que foi marcada de acordo com regras pré-definidas. Não há como “repetir partidas”. Como se faria isto? (Mesmos jogadores? Mesma torcida? Mesma temperatura? Mesma grama? Mesmo “montinho artilheiro”? Mesmos erros do juiz?)

    O modelo de campeonato de pontos corridos premia o “time mais regular durante o campeonato”. Esta é a definição de “melhor time para campeonatos”. O modelo de mata-mata (copas) premia o time que mais soube decidir jogos de ida e volta eliminatórios. Esta é a definição “melhor time para copas”. O Atlético-MG foi o melhor time da Copa Libertadores 2013. O Cruzeiro foi o melhor time do Campeonato Brasileiro 2013. Qualquer um que afirme o contrário demonstra ignorância na aplicação da Estatística a competições esportivas.

  • Felipe Melo disse:

    Chico,

    Discordo de vc… Eu acho que em um campeonato de pontos corridos longo como o campeonato Brasileiro, onde normalmente os melhores times do Brasil do ano anterior começam as primeiras rodadas de férias por causa da libertadores, não é um campeonato justo.
    Quando a libertadores acabou este ano, quase 25% do campeonato já tinha se passado. E um time brasileiro que chega as finais, não tem mais tempo de correr atrás do “prejuízo”. Esses times abrem mão de tentar ser campeões nacionais para tentarem ser campeões continentais. Se o campeonato fosse disputado em igualdade de interesses, aí sim seria o formato mais justo.

    Em ano de copa das confederações e copa do mundo, isso ainda é pior pq a libertadores se alonga até julho/agosto.

    Pra minimizar essas férias, só se todos os campeonatos terminassem +/- juntos, como acontece na Europa aonde todos os campeonatos nacionais começam antes da Champions League e terminam na mesma época das finais da copa continental.

    Pensando na outra ponta da tabela…
    Ponte, Vasco e Bahia (os 3 atualmente no Z4) vão jogar contra o Cruzeiro de ressaca pós-título sem querer mais absolutamente nada com o campeonato… É justo com os outros “concorrentes” ao rebaixamento que já jogaram contra o mesmo Cruzeiro, mas com a faca nos dentes?

    Sei lá… Eu não sei qual seria a fórmula ideal, mas não acho que essa é a “perfeita”…

    Uma idéia…
    E se, pra garantir o título ainda na fase de pontos corridos, o primeiro colocado tivesse que abrir mais de 6 pontos do segundo, na ultima rodada?
    O Cruzeiro teria que ganhar pelo menos mais um jogo, já que o Atlético-PR ainda pode chegar a 70.
    Se ao final do campeonato, a diferença entre primeiro e segundo fosse de 5 pontos, os dois se enfrentariam em confrontos de ida e volta, sendo que o segundo colocado precisaria ganhar os dois jogos pra “tirar a diferença”. Um empate entre eles dava o título ao primeiro.
    Esse foi exatamente o caso de Fluminense e Atlético do ano passado.

    Abraços,
    Felipe

  • luiz ibirite disse:

    essa foto é do cara quem publicou este artigo? os pontos corridos foram um grande passo do futebol brasileiro, agora os clubes podem vender ingressos para a temporada inteira, e se por exemplo como na 32 segunda rodada o Cruzeiro estava em 1º e o SP estava em oitavo fosse o ultimo jogo e viessem as quartas de final? o 1º jogo seria no morumbi e o 2º no mineirão, seria justo então como já aconteceu até mesmo com o Galo que perdeu um título sem nenhuma derrota? são tantas injustiças ante os corridos que ficaria por aqui relatando um monte, agora vem esse cara querendo mostrar não sei para quem que o futebol foi injusto este ano?

  • Perdoai-o porque não sabe o que fala. Quem fala demais, dá bom dia ao cavalo.

  • Paulo César disse:

    O que diriam os críticos neste ano, se um mata-mata hipotético neste ano envolvesse, como está na tabela, 2 mineiros, 2 gaúchos, 1 paranaense, 1 goiano, 1 carioca e 1 baiano, estando de fora Corinthians e Palmeiras, Flamengo e Vasco? Sao Paulo? Qual seria o peso da CdB? Um torneio Clausura brasileiro?

    Proporiam um mata-mata de 16 times (de um total de 20) para garantir a tal “audiência”? Oportunismo. E olhe que nem torço para o time campeão.

  • ernane disse:

    Chico você sabe porque o neuber foi demitido do alterosa esporte. ele era o único que defendia o cruzeiro de verdade lá. o vibrantino agente acha muito fraco.

  • Futebol é o único esporte onde Estatística não serve para nada, além de não ganhar jogo.

    Os pontos corridos pode não ser a “formula” perfeita para definir qual o melhor time da competição, mas define aquele que foi o mais regular.

    Por isso o Cruzeiro foi campeão, pois foi mais regular do que os demais participantes.

  • Marcio Borges disse:

    Engraçado que eles nao pensam que no sistema mata mata os times que ficam fora simplesmente nao participam do campeonato. Somente os perdedores é que reclamam. É o sistema de pontos corridos é o mais justo onde ganha aquele que é melhor e mais regular. O problema é que quando o cruzeiro ganha ele simplesmente HUMILHA os outros adversarios. Em 2003 tambem questionaram que o campeonato perdia a sua emoçao. Choro de perdedor e de quem quer transferir responsabilidade.

  • Marcus Vinicius Araújo Costa disse:

    É muito difícil. Pra mim, atleticano, significa que o Cruzeiro foi muito melhor que todos os outros e que o título foi merecidissimo, justíssimo. E que se o Galo tivesse jogado com mais seriedade algumas partidas, seria vice campeão com um pé nas costas.

  • J.B.CRUZ disse:

    É o famoso ressentido, que se o time dele não teve competência, tem o olhar enviezado só para os erros e defeitos do adversário e nunca reconhecendo os acertos e virtudes..É preciso lembrar a este cidadão, quando se começa uma competição a oportunidade de ser campeão é para todos, pois tudo começa do zero..O campeonato de pontos corridos é a formula mais equitativa e justa,pois quem for campeão, foi premiado justamente por sua competência,trabalho e sorte..”morra” de inveja, colega !!!

  • Flávio de Castro disse:

    O Schwartsman gosta de lógica, ciência e estatística. Sob o seu próprio ponto de vista, ele cometeu um erro lógico simples no último parágrafo. Fazendo um raciocínio que ele gosta de fazer, em uma competição de 20 times, se os outros 19 “não foram campeões”, “a rigor”, significa tudo, significa que o 20º foi! E isso é, logicamente, indiscutível!

    Nos parágrafos anteriores, ele fala um monte de besteiras. Desde quando compeonatos, quaisquer que sejam, destinam-se a fazer justiça nesse sentido abstrato? A meu ver, o vencedor, legitimamente, é quem consegue melhor desempenho dentro das regras estabelecidas. Não abstratamente, mas no campo, esse é o melhor. Dando um exemplo recorrente: desde quando a Itália de 1982 é menos campeã por ter deixado pra trás a fenomenal seleção de Telê?!

    Para além de tudo, eu concordo com a sua opinião, Chico, de que “poucas vezes na história do futebol brasileiro uma conquista foi tão justa e incontestável como essa do Cruzeiro”. Com seu apreço por estatísticas, o que Schwartsman tem a dizer da pontuação, do número de vitórias, do número de gols feitos, do saldo de gols, da distância para o segundo lugar, enfim, dos números do Cruzeiro?! Especialmente, o que ele tem a dizer desses números comparativamente aos dos times paulistas?!

    É uma pena ver como o bairrismo no futebol é capaz de imbecilizar até pessoas genais como Hélio Schwartsman…

    Abs, Flávio de Castro

  • bruno faria disse:

    Deram alguma coisa pra esse cara fumar e depois ele escreveu isso e ainda perdi meu tempo lendo. aff….

  • Roberto disse:

    Bom dia , Chico Maia,
    Fui sorteado para comprar ingressos para copa mas não enviaram o boleto para eu pagar. Liguei para o 0300 da FIFA e eles dizem não poder fazer mais nada pois já pediram o reenvio por 3 vezes. Não sei a quem recorrer pois recebi um e-mail da FIFA dizendo que se não pagar eu perderei o direito. Se vc disser na rádio pode ser que tenham outros desesperados como eu. Não tenho a quem recorrer, me ajude. Obrigado.