De vez em quando o leitor Alexis Campos Alves sugere pautas muito interessantes, como neste e-mail que me enviou hoje para a minha coluna do jornal O Tempo:

01 – “. . . essa mania do politicamente correto dos jogadores não comemorarem gols contra ex-clubes (até o Fernando Torres fez isso ao marcar pelo Chelsea contra o Atlético de Madrid), o que acaba sendo agravado por essas cláusulas de contratos também mais que estranhas dos clubes de exigirem que seus ex-jogadores não joguem contra eles (o exemplo de Jadson e Pato no clássico Corínthians e São Paulo foi o mais recente). Acho que o futebol perde com isso, além de o fato de os jogadores não comemorarem os gols é até uma falta de respeito com o atual clube, que paga seus salários e etc. Seria o mesmo que ir numa festa e não dançar ou beijar a atual namorada porque a “ex” se encontra no recinto…”

02 – “. . .Outro assunto que causou estranheza e é muito comentado nas rodas de conversas entre amigos é a escalação de Sandro Meira Ricci como árbitro brasileiro na Copa do Mundo. Qual o critério para a escolha? Afinal, Ricci até pouco tempo era um total desconhecido e, atualmente, é mais conhecido pelas atuações desastrosas do que por alguma magistral… Por que um Paulo César de Oliveira, um Willson Luís Seneme, que estão há mais tempo “na praça”, foram preteridos?”

Concordo inteiramente com o Alexis, a quem agradeço pelas sugestões de temas.

Sobre jogadores não comemorarem gols, até falei sobre isso este ano, quando o Obina não comemorou os gols que fez contra o Atlético na primeira fase do Campeonato Mineiro.

Recentemente o Julio Baptista não comemorou o gol que fez pelo Cruzeiro contra o São Paulo, onde alavancou a carreira dela.

Ontem o André, do Atlético, não entrou nessa, e comemorou os dois gols feitos contra o Santos, clube que o revelou e onde ele se projetou. Aliás, o segundo gol foi de artilheiros afiados: sentiu que ali estava uma oportunidade e bateu de bico, golaço!

Foto: SuperFC

No primeiro gol ele agradeceu ao lateral Alex Silva que fez uma ótima jogada e quando a bola parecia perdida deu uma “meia bicicleta” para conseguir efetivar o cruzamento.

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Sobre a indicação do Sandro Meira Ricci para ser o árbitro brasileiro na Copa, também concordo que há vários outros melhores e menos polêmicos que ele.

Mas no futebol brasileiro é assim: quando mais lambão o apitador, mais prestigiado ele é. Especialmente se as lambanças favorecem algum clube de interesse dos cartolas que mandam, da cúpula.

Se não for escalado para uma Copa ou Olimpíada, ganha emprego de comentarista de TV.