Muito interessante a situação do atacante Jonatas Obina, nascido em Sete Lagoas, onde começou no Democrata, com passagens pelo Boa e pelo Atlético. Por idéia de um empresário foi naturalizado como guiné-equatoriano, para defender a seleção de Guiné Equatorial nas eliminatórias da Copa Africana de Nações prevista para o Marrocos em 2015. Ele não tem nenhuma ligação com o país, que conheceu apenas quando foi chamado, duas vezes, para servir à seleção que é dirigida pelo técnico brasileiro Gilson Paulo. Situação normal do futebol, não fosse a ameaça do ebola, doença ainda misteriosa que está assombrando o mundo, principalmente aquela região (Guiné, Libéria, Serra Leoa, Nigéria e Senegal), onde há o maior registro de casos.
Mais três brasileiros também já serviram à mesma seleção: Emmanuel, do América-PE; Eduardo Santos, do Piauí-PI; e Ronan, do Botafogo-DF. Obina não teme contrair a doença e diz que toda vez que for chamado irá, já que sonha disputar a Copa 2018. Além do ebola a malária é outra ameaça à região e já matou um jogador, colega de Obina: o zagueiro Claudiney, conhecido como Rincón, 33 anos, ano passado, picado por um mosquito. Apesar de nascido em Sete Lagoas, Obina não guarda boas lembranças da cidade e em 16 de julho de 2011, quando estava no Atlético, deu entrevista ao Globoesporte.com manifestando a sua mágoa. A Copa Africana de Nações corre o risco de não ser disputada já que o Marrocos está temeroso em realizá-la e a África do Sul se recusa a “quebrar o galho” como opção.
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